segunda-feira, 6 de outubro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 11,5-13 - 09.10.2014 - Pedi e recebereis.

Pai,
que a minha oração seja plena de confiança em ti,
pois sei que queres dar-me o que tens de melhor,
o Espírito Santo.
5ª-feira da 27ª Semana Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 11,5-13

Pedi e recebereis.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,5-13

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
5E Jesus acrescentou:
'Se um de vós tiver um amigo
e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser:
'Amigo, empresta-me três pães,
6porque um amigo meu chegou de viagem
e nada tenho para lhe oferecer',
7e se o outro responder lá de dentro:
'Não me incomoda! Já tranquei a porta,
e meus filhos e eu já estamos deitados;
não me posso levantar para te dar os pães';
8eu vos declaro:
mesmo que o outro não se levante
para dá-los porque é seu amigo,
vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele
e lhe dará quanto for necessário.
9Portanto, eu vos digo:
pedi e recebereis; procurai e encontrareis;
batei e vos será aberto.
10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra;
e, para quem bate, se abrirá.
11Será que algum de vós que é pai,
se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra?
12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
13Ora, se vós que sois maus,
sabeis dar coisas boas aos vossos filhos,
quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo
aos que o pedirem! '
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Lc 11, 5-13

A oração é uma busca constante de viver na presença de Deus e procurar estar em diálogo com ele para que ele nos ajude em nossas necessidades, mas devemos nos lembrar das palavras de são Tiago: pedis sim, mas pedis mal, pois não sabeis o que pedir. Muitas vezes pedimos, e pedimos muito, mas não pedimos o que deveríamos, nossos pedidos são mesquinhos, materialistas e visam simplesmente a satisfação de interesses pessoais e imediatos, não sabemos pedir os verdadeiros valores, que são eternos, não pedimos a salvação, o perdão dos pecados nossos e dos outros, não pedimos pela ação evangelizadora da Igreja, pela superação das injustiças que causam guerras e tantos sofrimentos, mas principalmente, não pedimos a ação do Espírito Santo em nossas vidas.
Fonte CNBB



SENHOR ENSINAI-NOS A REZAR Lc 11,5-13
HOMILIA

No evangelho de ontem, Jesus responde ao pedido: Senhor, ensina-nos a orar, instruindo seus discípulos nos elementos da oração apropriada, pelo modelo de oração que ele dá. Hoje ele dá ênfase na importância da fé na oração feita com persistência conforme aparece claramente na parábola do amigo a meia-noite.
Nesta parábola, um homem é surpreendido na calada da noite por um hóspede inesperado e está embaraçado por não ter nada para alimentá-lo. Para cumprir esta exigência da hospitalidade do Oriente Médio, ele vai ao seu amigo vizinho, à meia-noite, pedindo três pães. A resposta é abrupta e insensível: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar.
A reação do suplicante, contudo, é insistir, sem se acanhar, até que seu “amigo” veja que há menos inconveniência em honrar o pedido do que continuar uma discussão a essa hora da noite. A moral da história, indicada no versículo oito, é que a “persistência” ou a “falta de acanhamento” do hospedeiro embaraçado conseguiu seu objetivo numa situação em que os laços de amizade e de afinidade mostraram-se ineficazes. Portanto, a aplicação da parábola é para encorajar a persistência e a fé esperançosa na oração.
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á.
É importante reconhecer que esta parábola é simplesmente ilustrativa, e não simbólica, pois Deus não é certamente um amigo insensível e de má vontade e ele não nos vê como vizinhos importunos, desavergonhados. O argumento, então, raciocina do menor para o maior, do pior para o melhor. Se verdadeiramente somos amados de Deus em vez de desprezados e se ele está ansioso antes que hesitante para ouvir nossos pedidos, por que a fidelidade na oração não produziria, não somente um ouvido atento, mas uma boa vontade em dar tudo o que pedimos que for consistente com sua sabedoria divina?
Jesus completa suas instruções em Lucas 11 sobre a fidelidade na oração indo além da certeza de que Deus ouve a oração de seu filho, a uma concentração no objeto da súplica. Enquanto há, certamente, exemplos de abusos cometidos contra crianças em volta de nós, a maioria das pessoas, não importa se são más, não dão intencionalmente aos seus filhos presentes perigosos. Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? De novo, o argumento é feito contrastando o pior com o melhor. Se pudermos confiar nos humanos para fazerem a coisa certa pela razão errada ou por causa da “afeição natural” por seus filhos, não podemos ser absolutamente confiantes em que Deus, que é mais do que apenas um amigo e pai, tanto ouvirá como dará suas melhores dádivas (seu Filho e a influência de seu Espírito) àqueles que lhe imploram persistente e fielmente?
Esta mensagem de Lucas 11 deve fazer do teu coração o lugar da acolhida do projeto de Deus na tua vida. Com fé, esperança e confiança, bate a porta, suplique, chore apresentando todas as preocupações. Tenho plena certeza de que o Todo-Poderoso ouvirá, atenderá, e responderá abundantemente de acordo com o tamanho da nossa oração. O desafio se chama: persistência, disciplina e fidelidade na oração. Portanto, como disse Paulo aos novos convertidos de Tessalônica também digo a ti: reze sem cessar, ou seja: Não pare de rezar!
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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