Pai,
sejam minhas mãos usadas
somente para a prática do bem.
Livra-me de mantê-las fechadas
a quem precisa de minha ajuda,
e de usá-las para fazer o mal.
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Verde. 4ª-feira da 2ª Semana Tempo Comum
Evangelho - Mc 3,1-6
É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São
Marcos 3,1-6
Naquele tempo:
1Jesus entrou de novo na sinagoga.
Havia ali um homem com a mão seca.
2Alguns o observavam
para ver se haveria de curar em dia de sábado,
para poderem acusá-lo.
3Jesus disse ao homem da mão seca:
'Levanta-te e fica aqui no meio!'
4E perguntou-lhes:
'É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal?
Salvar uma vida ou deixá-la morrer?'
Mas eles nada disseram.
5Jesus, então, olhou ao seu redor,
cheio de ira e tristeza,
porque eram duros de coração;
e disse ao homem:
'Estende a mão.'
Ele a estendeu e a mão ficou curada.
6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes,
imediatamente tramaram, contra Jesus,
a maneira como haveriam de matá-lo.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Mc 3, 1-6
A vivência legalista e proibitiva da religião é uma das
maiores manifestações da dureza de coração que pode acontecer na vida das
pessoas. Quando isso acontece, as pessoas não são capazes de descobrir os
valores que devem marcar o nosso relacionamento entre nós mesmos e entre nós e
o próprio Deus, e a religião acaba por se tornar um mero cumprimento de
obrigações e de ritos, numa verdadeira bruxaria. Esta forma de religião acaba
por ter como um dos seus principais fundamentos a relação de poder, o
autoritarismo e a estratificação social a partir da fé das pessoas. É por isso
que as autoridades do tempo de Jesus procuram descobrir a maneira como haveriam
de matá-lo.
JESUS CURA O HOMEM DA
MÃO ALEIJADA Mc 3,1-6
HOMILIA
Nesse texto podemos ver claramente como o fanatismo e
sectarismo cegam nossa mente. O homem se torna capaz de compreender o real
sentido da fé, da espiritualidade e do bem estar da alma. Ele não é capaz de
compreender que só com amor e fazendo bem ao próximo é que conseguirá ter a
festa no céu. Que é vivendo e praticando a solidariedade com os que passam
necessidades, com os doentes, com os que sofrem as catástrofes naturais no Rio
de Janeiro, em São Paulo e m tantos outros lugares no Brasil e do mundo
possuirá como herança a vida eterna lá no céu.
Sem amor a Lei pouco importa. Ela é morta e os que lhe são
submissos estão condenados a desaparecer com ela. Aliás, a Lei não foi criada
somente pra punir, mas, pra mostrar os limites ao homem. Quando Deus disse:
"Não matarás", ele quis dizer que este ato é ruim, tanto para vitima,
quando para o assassino. Mas, nossos desejos, maldades e cegueira não nos
deixam compreender isso com facilidade. Assim o imbecil, com uma arma na mão,
após matar uma pobre vitima, se acha esperto e até zomba da pobre alma que foi
tirada da vida. No entanto, não sabe ele, que matando um inocente, ele está
também matando a se próprio. Pois, cada vida tirada é uma penalização aumentada
no carma de quem mata. Mesmo sem a antiga máxima de "olho por olho dente
por dente", Jesus deixou claro que: "Quem com ferro fere com ele será
ferido".
Então o
que eleva a alma não são as leis, mas, os sentimentos que tem que ser puros,
inocentes e iluminados. Por isso Jesus nos disse que se quisermos entrar no
Reino dos céus temos que voltar a sermos crianças. E o que nos faz ser
inocentes, puros de coração e de alma é o amor. Pois como nos ensina São Paulo,
o amor é o vínculo da perfeição. E para São João, Deus é amor. Quem ama
permanece em Deus. E para tal se manifestar o amor de Deus em nós, não temos
outro caminho senão colocar seus mecanismos em pratica, que são caridade,
humildade, misericórdia e bondade. Diz: dei-vos um exemplo, para que assim como
eu fiz façais vós também.
Voltando ao evangelho de hoje, nos perguntamos: Então como
Jesus poderia deixar de ajudar o pobre homem só porque era sábado? O sábado no
Antigo Testamento que para nós cristãos o Domingo, é um dia consagrado ao
Senhor. E o Senhor é o Senhor da vida e não da morte. Da saúde e não da doença.
Da alegria e não da tristeza. Do perdão, da misericórdia, da liberdade e na da
condenação.
Na verdade o que temos que praticar é o amor, a amizade e a
misericórdia, para que o amor divino se manifeste em nós.
Pai, sejam minhas mãos usadas somente para a prática do bem.
Livra-me de mantê-las fechadas a quem precisa de minha ajuda, e de usá-las para
fazer o mal.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
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