Liturgia Diária
27 – SEXTA-FEIRA
29ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Evangelho: Lucas 12,54-59
Nesta passagem, Jesus usa a observação da natureza para nos lembrar da importância do discernimento, justiça, reconciliação e perdão nas nossas escolhas e ações diárias.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo,
54 Disse também a multidão: "Quando vedes uma nuvem que se levanta do lado do poente, logo dizeis que vai chover, e assim acontece.
55 E, quando vedes soprar o vento sul, dizeis que haverá calor, e assim acontece.
56 Hipócritas! Sabeis discernir a face da terra e do céu; como é, pois, que não sabeis discernir este tempo?
57 E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?
58 Pois, enquanto vais com o teu adversário a caminho, procura livrar-te dele, para que ele te não arraste ao juiz, o juiz te entregue ao carcereiro, e o carcereiro te ponha na prisão.
59 Digo-te que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo." - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?"
Este trecho do Evangelho de Lucas nos lembra a importância de observar e compreender os sinais dos tempos e as situações que nos cercam. Jesus censura a multidão por sua capacidade de prever o clima, mas não a capacidade de discernir os acontecimentos espirituais e morais à sua volta.
A referência aos ventos e às nuvens serve como uma metáfora para a capacidade de observação e discernimento. Jesus os chama de hipócritas, destacando a falta de atenção deles para com as questões espirituais. Ele os incentiva a julgar por si mesmos o que é justo e a tomar decisões sábias.
A parábola final sobre o adversário no caminho ressalta a importância da reconciliação e do perdão. Jesus nos aconselha a resolver nossos conflitos enquanto estamos a caminho, antes que a situação se agrave a ponto de precisar de um juiz, carcereiro e prisão. Isso também se relaciona com a importância do arrependimento e da busca pela paz.
Em última análise, este trecho nos lembra de prestar atenção aos sinais do Reino de Deus ao nosso redor e agir com justiça, discernimento e compaixão, reconciliando-nos com nossos irmãos e buscando a paz em vez de conflito.
HOMILIA
"Discernindo a Justiça Divina"
Queridos irmãos em Cristo,
Hoje, na leitura do Evangelho segundo Lucas, somos desafiados por Jesus a refletir profundamente sobre a importância do discernimento, da justiça e da reconciliação em nossas vidas. A passagem começa com Jesus fazendo uma observação simples, algo que todos nós fazemos: prever o tempo com base nas mudanças na natureza. No entanto, Ele nos exorta a perceber que, embora tenhamos essa habilidade, muitas vezes falhamos em discernir os sinais espirituais ao nosso redor.
O que essa passagem nos ensina é que a justiça divina é algo que devemos buscar ativamente em nossas vidas. Não podemos apenas ser observadores passivos das circunstâncias. Jesus nos chama de hipócritas quando discernimos o tempo, mas não discernimos as questões mais profundas da justiça e da retidão.
A pergunta que ecoa em nossos corações é: como podemos discernir o que é justo? Primeiramente, isso exige autoexame e a capacidade de julgar nossas próprias ações à luz dos princípios morais e espirituais que Deus nos revelou. A justiça não é uma mera questão de cumprir regras, mas de agir com compaixão, misericórdia e amor.
Além disso, Jesus nos adverte sobre a importância da reconciliação. Ele usa a metáfora do adversário no caminho, nos lembrando que os conflitos não resolvidos podem nos levar a consequências prejudiciais. A reconciliação e o perdão são chaves para evitarmos cair em situações de juízo e condenação.
Neste mundo cheio de divisões e conflitos, a mensagem de Jesus permanece profundamente atual. O discernimento da justiça divina e o compromisso com a reconciliação e o perdão são caminhos que podem curar feridas e construir pontes em nossa sociedade.
Portanto, convido todos nós a olhar para nossas próprias vidas e para o mundo ao nosso redor com olhos de discernimento, justiça e reconciliação. Lembremo-nos de que, como seguidores de Cristo, somos chamados a ser agentes de paz, amor e justiça em um mundo que frequentemente carece desses valores.
Que Deus nos dê a graça de discernir Sua vontade, buscar a justiça, praticar o perdão e promover a reconciliação, para que possamos verdadeiramente viver de acordo com os princípios do Reino de Deus. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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