Liturgia Diária
30 – SEGUNDA-FEIRA
30ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Evangelho: Lucas 13,10-17
Neste trecho, Jesus realiza um ato de cura e libertação em um dia sagrado, desafiando convenções religiosas e destacando a importância da compaixão e da igualdade.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo,
"10. Jesus estava ensinando numa das sinagogas, em dia de sábado.
11. Apareceu uma mulher que tinha um espírito que a fazia andar encurvada e incapaz de se endireitar.
12. Vendo-a, Jesus a chamou e disse-lhe: 'Mulher, estás livre da tua enfermidade'.
13. Impôs-lhe as mãos e imediatamente ela se endireitou e glorificava a Deus.
14. O chefe da sinagoga, indignado por ver Jesus curar no sábado, disse à multidão: 'Há seis dias para trabalhar. Vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no dia de sábado'.
15. O Senhor lhe respondeu: 'Hipócritas! Cada um de vós não solta no sábado o seu boi ou o seu jumento da manjedoura e o leva a dessedentar?
16. Esta filha de Abraão, que Satanás tinha preso já dezoito anos, não devia ser liberta dessa prisão no dia de sábado?'
17. Estas palavras envergonharam todos os inimigos de Jesus, mas o povo alegrava-se com os prodígios que ele fazia." - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Esta filha de Abraão, que Satanás tinha preso já dezoito anos, não devia ser liberta dessa prisão no dia de sábado?" (Lucas 13:16)
Neste trecho do Evangelho de Lucas, Jesus demonstra seu amor, compaixão e poder para curar uma mulher que sofria de uma enfermidade que a mantinha encurvada por dezoito anos. Este episódio ocorre em um dia de sábado, um dia dedicado à observância religiosa e descanso de acordo com a tradição judaica. A presença da mulher encurvada na sinagoga neste dia é emblemática, pois mostra sua busca por alívio espiritual e físico, mesmo que isso a levasse a infringir as normas religiosas.
Jesus não apenas cura a mulher, mas também a liberta do espírito que a oprimia. Ele a chama de "filha de Abraão", reconhecendo sua dignidade como parte do povo escolhido de Deus. Isso destaca a mensagem de igualdade e inclusão que Jesus pregava, mostrando que todos, independentemente de sua condição ou aparência, são dignos de amor e compaixão divinos.
O chefe da sinagoga, por outro lado, repreende Jesus por curar no sábado, enfocando a observância estrita das regras em vez da compaixão e da justiça. Jesus responde com uma lição poderosa, destacando a hipocrisia da situação. Ele compara a ação de curar a mulher à prática comum de cuidar dos animais no sábado. Isso destaca a prioridade da compaixão e da liberdade sobre a rigidez das regras religiosas.
Essa passagem nos convida a refletir sobre a importância da compaixão, da justiça e do amor ao próximo em nossas vidas. Jesus nos ensina a não nos apegarmos cegamente a tradições e regras, mas a priorizar o cuidado e a libertação daqueles que sofrem. É um lembrete de que o amor e a compaixão devem sempre prevalecer sobre a rigidez legalista, mostrando-nos o caminho para a verdadeira liberdade e redenção.
HOMILIA
"A Libertação e a Compaixão de Cristo: A Importância de quebrar Barreiras"
Caros irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje, somos agraciados com um trecho do Evangelho de Lucas que nos convida a refletir sobre a compaixão, a liberdade e a prioridade das necessidades humanas em relação às convenções religiosas. A história da mulher encurvada nos ensina lições eternas que ecoam através dos séculos e continuam a ser relevantes em nossas vidas.
Imaginem, por um momento, a angústia de uma vida encurvada por dezoito anos. A visão limitada do mundo, a dor constante e a dificuldade em olhar para o céu. Esta mulher, anônima para nós, representa todas as almas que enfrentam aflições, seja físicas, espirituais ou emocionais. Ela buscou o lugar onde a cura poderia acontecer, a sinagoga, na esperança de encontrar a paz, a cura e a libertação.
Jesus, nosso Senhor e Salvador, a vê. Ele não a ignora. Ele a chama "filha de Abraão", restaurando sua dignidade, destacando que ela faz parte da aliança divina, merecedora do amor de Deus. Ele a cura, libertando-a de sua aflição. Mas, a cura não ocorre apenas no nível físico. Ela é libertada do jugo de Satanás, da opressão que a manteve encurvada por tanto tempo.
No entanto, o líder da sinagoga, representando a rigidez das regras e tradições religiosas, repreende Jesus por curar no sábado. Jesus responde com uma pergunta retórica poderosa, expondo a hipocrisia: "Esta filha de Abraão, que Satanás tinha preso já dezoito anos, não devia ser liberta dessa prisão no dia de sábado?" Ele nos ensina que a compaixão e a libertação têm prioridade sobre as regras, pois o sábado foi feito para o homem, e não o contrário.
O que podemos aprender com esta passagem hoje? Primeiramente, devemos ser instrumentos da compaixão de Cristo. Devemos olhar para os oprimidos, os marginalizados e os necessitados ao nosso redor e agir em amor e misericórdia, não importa o dia ou as convenções. Em segundo lugar, devemos lembrar que somos todos "filhos e filhas de Abraão," membros da mesma família humana, merecedores do amor e respeito uns dos outros.
Nossa sociedade moderna muitas vezes coloca grande ênfase nas regras, na eficiência e na aparência. No entanto, esta passagem nos lembra que a compaixão e a justiça devem ser os alicerces de nossas ações. Às vezes, é necessário desafiar as normas para cumprir o chamado do amor e da compaixão.
Portanto, em nossa jornada de fé, que possamos seguir o exemplo de Jesus, ser fontes de cura e libertação para os necessitados ao nosso redor, independentemente de quaisquer barreiras que se apresentem. Que possamos sempre lembrar que somos todos "filhos e filhas de Abraão" e, como tal, temos o dever de amar e servir uns aos outros em todas as circunstâncias.
Que o Espírito Santo nos guie e nos fortaleça para viver a mensagem profunda e atual deste Evangelho em nossas vidas diárias. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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