terça-feira, 5 de setembro de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 6,1-5 - 09.09.2023

Liturgia Diária


9 – SÁBADO 

22ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Evangelho: Lucas 6,1-5


Neste trecho do Evangelho de Lucas 6:1-5, Jesus desafia as normas religiosas ao colher trigo em um sábado, provocando um diálogo sobre a interpretação da lei e a misericórdia.

Aleluia, aleluia, aleluia.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 1Num sábado, Jesus estava passando através de plantações de trigo. Seus discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. 2Então alguns fariseus disseram: “Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” 3Jesus respondeu-lhes: “Acaso vós não lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando estavam sentindo fome? 4Davi entrou na casa de Deus, pegou dos pães oferecidos a Deus e os comeu, e ainda por cima os deu a seus companheiros. No entanto, só os sacerdotes podem comer desses pães”. 5E Jesus acrescentou: “O Filho do Homem é senhor também do sábado”. – Palavra da salvação.


INTRODUÇÃO

Este é um trecho do Evangelho segundo Lucas, capítulo 6, versículos 1-5, que relata um episódio em que Jesus e seus discípulos estavam passando por plantações de trigo em um sábado. Os discípulos de Jesus estavam colhendo espigas de trigo e comendo, debulhando-as com as mãos. Isso atraiu a atenção e a crítica dos fariseus, que questionaram por que eles estavam fazendo algo que não era permitido no dia de sábado, de acordo com as leis religiosas judaicas.


Jesus respondeu aos fariseus referindo-se a um incidente envolvendo o rei Davi e seus companheiros. Ele mencionou que Davi, quando estava com fome, entrou na casa de Deus, pegou os pães consagrados (que normalmente só os sacerdotes poderiam comer) e os comeu, e até deu a seus companheiros. Isso foi considerado uma ação quebrando a lei cerimonial, mas Davi não foi condenado por isso.


Jesus concluiu dizendo: "O Filho do Homem é senhor também do sábado." Com essa declaração, ele estava enfatizando sua autoridade sobre as leis religiosas, indicando que ele tinha o poder de interpretar e aplicar a lei de maneira diferente da tradição dos fariseus. Ele estava enfatizando a importância da compaixão, da misericórdia e do entendimento das necessidades humanas em relação à rigidez das regras religiosas.


Essa passagem mostra um dos muitos conflitos entre Jesus e os líderes religiosos de seu tempo, que frequentemente questionavam suas ações e ensinamentos.


REFLEXÃO

 "O Filho do Homem é senhor também do sábado." 


O Evangelho de Lucas 6:1-5 nos apresenta uma reflexão profunda sobre a relação entre a tradição religiosa e o cuidado com as necessidades humanas. Nesse episódio, Jesus e seus discípulos são criticados por colher e comer espigas de trigo em um sábado, algo que era considerado uma violação das leis religiosas judaicas.


A reflexão aqui gira em torno da rigidez das regras religiosas em contraste com a compaixão e a misericórdia. Jesus, ao mencionar o episódio envolvendo o rei Davi, mostra que a lei não deve ser seguida de maneira cega e inflexível quando a necessidade humana está em jogo. Ele enfatiza que o sábado foi feito para o homem, e não o contrário.


Essa passagem nos convida a pensar sobre como interpretamos e aplicamos as regras religiosas e morais em nossas vidas. Ela nos lembra da importância de não perder de vista a compaixão e a empatia pelos outros, mesmo quando seguimos tradições religiosas ou normas sociais. Também nos desafia a considerar se estamos dispostos a quebrar algumas regras em prol do bem-estar e da dignidade das pessoas ao nosso redor. É uma chamada à reflexão sobre o equilíbrio entre a lei e o amor ao próximo.


HOMILIA

A Autoridade de Jesus sobre a Lei e a Prioridade da Compaixão


Queridos irmãos e irmãs em Cristo,


Hoje, somos convidados a refletir sobre o Evangelho de Lucas 6:1-5, um trecho que nos apresenta uma lição profunda sobre a autoridade de Jesus sobre a lei e a prioridade da compaixão.


No cenário desse Evangelho, encontramos Jesus e seus discípulos caminhando por plantações de trigo em um sábado, o dia de descanso e observância religiosa. Os discípulos, com fome, colhem espigas de trigo e começam a debulhá-las com as mãos para comer. Este ato aparentemente simples desencadeia uma reação dos fariseus, que questionam a ação dos discípulos, considerando-a uma violação das leis do sábado.


Este conflito entre Jesus e os fariseus nos oferece uma profunda lição sobre a relação entre a tradição religiosa, a lei e a compaixão.


Primeiro, devemos reconhecer a importância da lei e da tradição religiosa. Elas são um guia valioso para a vida espiritual e moral, fornecendo diretrizes e princípios para orientar nossas vidas. No entanto, a rigidez na aplicação da lei pode nos cegar para as necessidades humanas e sufocar a compaixão. Os fariseus estavam tão focados na observância estrita do sábado que perderam de vista a fome e as necessidades básicas dos discípulos de Jesus.


É aqui que Jesus entra em cena, e sua resposta é reveladora. Ele cita um episódio envolvendo o rei Davi, que entrou na casa de Deus, pegou os pães consagrados e os comeu quando ele e seus companheiros estavam famintos. Esse ato era tecnicamente uma violação das leis cerimoniais, já que apenas os sacerdotes tinham permissão para comer esses pães. No entanto, Davi não foi condenado por suas ações. Jesus usa esse exemplo para destacar a importância de mostrar misericórdia e compaixão diante das necessidades humanas reais.


Assim, a mensagem central deste Evangelho é clara: a compaixão e a misericórdia devem prevalecer sobre a rigidez das regras religiosas. Jesus, como o "Filho do Homem", demonstra sua autoridade sobre a lei e enfatiza que a lei existe para servir o homem, não o contrário.


Hoje, somos desafiados a aplicar essa lição em nossas próprias vidas. Quantas vezes nos encontramos presos a regras e tradições, esquecendo-nos das necessidades reais das pessoas ao nosso redor? Somos chamados a seguir o exemplo de Jesus, que priorizou a compaixão, a empatia e a misericórdia em suas ações.


Isso significa que, em certas situações, podemos ser chamados a quebrar as regras em nome da compaixão. Não estou sugerindo que devemos viver sem lei, mas que devemos lembrar que as leis e as tradições existem para servir o bem-estar e a dignidade das pessoas.


Portanto, que este Evangelho nos inspire a equilibrar nossa observância religiosa com uma compaixão ativa. Que possamos ser sensíveis às necessidades dos outros e, quando necessário, estar dispostos a quebrar regras em nome do amor e da misericórdia.


Que o Espírito Santo nos guie nesse caminho, para que possamos verdadeiramente refletir a autoridade de Jesus sobre a lei e viver a prioridade da compaixão em nossas vidas. Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

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