sexta-feira, 1 de setembro de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 4,16-30 - 04.09.2023

Liturgia Diária


4 – SEGUNDA-FEIRA 

22ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



O Evangelho de Lucas 4,16-30 narra o momento em que Jesus, em Nazaré, proclama sua missão messiânica, enfrentando a incredulidade de seus conterrâneos e revelando a complexidade das reações humanas.


Evangelho: Lucas 4,16-30


O Espírito do Senhor repousa sobre mim / e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 16veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”. 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?” 23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo, no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. – Palavra da salvação.


ESTUDO DO EVANGELHO

O trecho do Evangelho de Lucas 4,16-30 narra um episódio importante da vida de Jesus durante sua visita à cidade de Nazaré, onde ele cresceu. Aqui está a interpretação do texto:


Jesus em Nazaré: Jesus volta à sua cidade natal, Nazaré, e segue sua prática religiosa ao entrar na sinagoga no sábado. Isso mostra sua devoção à fé judaica e seu costume de participar nas atividades religiosas.


A Leitura de Isaías: Jesus é convidado a fazer a leitura da Escritura, e lhe é entregue o livro do profeta Isaías. Ele lê uma passagem de Isaías 61:1-2, que fala sobre o Espírito do Senhor repousando sobre alguém para anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos cativos, a recuperação da vista aos cegos, a libertação dos oprimidos e anunciar um ano da graça do Senhor. Esta passagem se refere ao messias esperado.


Cumprimento da Escritura: Após a leitura, Jesus fecha o livro, devolve-o e declara que essa passagem das Escrituras se cumpriu naquele momento, indicando que ele é o Messias prometido.


Reações dos Presentes: As pessoas na sinagoga ficam impressionadas com as palavras de Jesus e começam a questionar se ele é o filho de José, conhecido por eles como um morador local.


Desafio de Jesus: Jesus antecipa a descrença deles e menciona um provérbio que diz que um médico deve curar a si mesmo. Ele indica que eles podem querer que ele realize os mesmos milagres que ouviram ter feito em Cafarnaum em sua própria cidade natal.


Exemplos do Antigo Testamento: Jesus lembra aos presentes que, em tempos de Elias e Eliseu, Deus realizou milagres fora de Israel, demonstrando que a incredulidade de seu próprio povo pode levar a Deus a agir de maneiras surpreendentes.


Rejeição e Tentativa de Matar Jesus: As palavras de Jesus enfurecem a multidão na sinagoga, e eles o expulsam da cidade, levando-o até um monte com a intenção de lançá-lo de um precipício. No entanto, Jesus passa pelo meio deles e segue seu caminho ileso.


Este episódio ilustra a tensão e a incredulidade que Jesus enfrentou em sua própria comunidade, mas também mostra sua autoridade como Messias e como aquele que cumpre as profecias das Escrituras.


REFLEXÃO

"Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir." (Lucas 4,21)


Esta frase é crucial porque representa o momento em que Jesus proclama sua identidade messiânica e sua missão divina. Ele afirma que as profecias do Antigo Testamento estão sendo cumpridas nele, que ele é o Messias prometido e que veio para realizar as promessas de Deus, incluindo a proclamação da Boa Nova aos pobres, a libertação dos cativos, a restauração da vista aos cegos e a proclamação do ano da graça do Senhor. Essa declaração é central para a compreensão da missão de Jesus e de sua autoridade divina.


O Evangelho de Lucas 4,16-30 nos oferece uma reflexão profunda sobre a natureza da fé e a reação das pessoas diante do divino. Neste trecho, Jesus, após ler e interpretar as Escrituras, proclama ser o cumprimento das profecias messiânicas, o Ungido do Senhor com a missão de trazer boas notícias aos pobres, libertar os cativos e curar os enfermos.


No entanto, em vez de aceitação e celebração, seus conterrâneos em Nazaré reagem com descrença e até hostilidade. Eles se perguntam se Jesus, o filho de José, realmente poderia ser o Messias prometido. Em resposta, Jesus cita o provérbio: "Médico, cura-te a ti mesmo", sugerindo que eles queriam ver os mesmos milagres realizados em sua cidade natal que tinham ouvido ter acontecido em outros lugares.


Jesus também recorda a incredulidade de Israel nos tempos dos profetas Elias e Eliseu, quando Deus realizou milagres em favor de estrangeiros em vez de seus próprios compatriotas. Essas lembranças servem como um lembrete de que a fé verdadeira requer humildade e abertura para o inesperado.


A mensagem subjacente é que a fé não é determinada pelo conhecimento prévio ou pelo senso comum. Às vezes, as maiores bênçãos vêm quando nos abrimos para a possibilidade do divino naqueles que nos são familiares e estranhos. A falta de fé pode cegar-nos para as maravilhas que Deus está realizando ao nosso redor, enquanto a verdadeira fé nos permite ver e experimentar a presença de Deus, mesmo nas circunstâncias mais surpreendentes.


Portanto, a reflexão a partir de Lucas 4,16-30 nos convida a examinar nossa própria fé e disposição para aceitar as manifestações divinas em nossa vida cotidiana, bem como a evitar a armadilha da incredulidade baseada em preconceitos e familiaridade. Ela nos lembra que Deus muitas vezes age de maneiras inesperadas, e nossa fé deve estar disposta a abraçar o extraordinário nas pessoas e eventos que nos cercam.


HOMILIA

"Tendo Fé na Simplicidade: Reflexões sobre Lucas 4,16-30"


Querida comunidade,


Hoje, contemplamos um trecho do Evangelho de Lucas (Lucas 4,16-30) que nos oferece lições profundas sobre a fé, a identidade de Jesus e a maneira como reagimos às manifestações do divino em nossas vidas.


Imaginem a cena: Jesus está em Nazaré, sua cidade natal, e entra na sinagoga no sábado, como era seu costume. Ele é convidado para fazer a leitura da Escritura e lhe é entregue o livro do profeta Isaías. Ele lê uma passagem que proclama sua missão messiânica, sua unção para trazer boas novas aos pobres, libertar cativos, dar vista aos cegos e proclamar o ano da graça do Senhor. Então, ele fecha o livro, devolve-o e declara: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir."


Essa declaração é poderosa e profunda. Jesus está afirmando que Ele é o Messias prometido, aquele que veio cumprir as profecias do Antigo Testamento. Ele é o Ungido do Senhor com uma missão divina. Mas o que é notável é a reação das pessoas.


Inicialmente, todos ficam impressionados com suas palavras cheias de graça, mas logo a dúvida se instala. Eles começam a questionar: "Não é este o filho de José?" A incredulidade toma conta, e Jesus percebe isso. Ele menciona o provérbio: "Médico, cura-te a ti mesmo", sugerindo que eles querem ver os mesmos milagres que ouviram ter acontecido em outros lugares, em sua própria cidade.


Jesus também os lembra dos tempos de Elias e Eliseu, quando Deus realizou milagres para estrangeiros, em vez de seus próprios compatriotas incrédulos. Isso os enfurece, e eles tentam lançá-lo de um precipício. No entanto, Jesus passa pelo meio deles e continua seu caminho.


Esta passagem nos ensina várias lições valiosas:


Primeiramente, a identidade de Jesus. Ele é o Messias, o Filho de Deus. Sua missão é cumprir as promessas divinas de amor, libertação e graça. A pergunta que devemos nos fazer é: reconhecemos Jesus como o Messias em nossas vidas?


Segundo, a fé e a incredulidade. As pessoas em Nazaré inicialmente creem nas palavras de Jesus, mas a dúvida logo se instala. Às vezes, nossa fé é forte, mas pode ser abalada por circunstâncias ou questionamentos. Precisamos cultivar uma fé sólida, baseada na confiança em Deus, mesmo quando não entendemos totalmente.


Terceiro, a aceitação do divino na simplicidade. Jesus volta à sua cidade natal, onde todos o conhecem como o filho de José, o carpinteiro. Às vezes, buscamos o divino no espetacular, mas Deus muitas vezes age de maneiras simples e humildes. Estejamos abertos para reconhecer o divino em lugares e pessoas inesperadas.


Por fim, a rejeição do divino. A reação da multidão em Nazaré nos lembra que nem todos aceitarão a mensagem de Jesus. Pode haver momentos em que enfrentaremos rejeição e resistência por causa de nossa fé. No entanto, como Jesus, devemos continuar nosso caminho com amor e compaixão.


Nesta reflexão, somos desafiados a olhar para nossas próprias vidas. Reconhecemos Jesus como o Messias? Como está nossa fé? Estamos abertos para o divino na simplicidade? E, se enfrentarmos resistência, continuaremos a compartilhar o amor e a graça de Deus com o mundo?


Que esta passagem nos inspire a seguir a Jesus com fé inabalável, mesmo quando enfrentamos desafios, e a reconhecer o divino nas pequenas coisas da vida. Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia #salmo #oração

#primeiraleitura #segundaleitura #santododia

Nenhum comentário:

Postar um comentário