quarta-feira, 26 de julho de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 11,19-27 - 29.07.2023

Liturgia Diária


29 – SÁBADO 

SANTOS MARTA, MARIA E LÁZARO


(branco, pref. comum, ou dos santos – ofício da memória)



Jesus entrou numa aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa (Lc 10,38).


Marta, Maria e Lázaro moravam numa pequena aldeia, chamada Betânia. Eram muito amigos de Jesus, a quem hospedavam com frequência. Numa das visitas do Mestre, Marta ocupou-se com o serviço da casa, enquanto Maria ficou sentada aos pés do Senhor. A exemplo dessa admirável família, sejamos hospitaleiros em relação a Jesus, presente na Eucaristia, e aos nossos irmãos e irmãs.


Evangelho: João 11,19-27


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eu sou a luz do mundo; / aquele que me segue / não caminha entre as trevas, / mas terá a luz da vida (Jo 8,12). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 19muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas, mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá”. 23Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. 24Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. 25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?” 27Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”. – Palavra da salvação.


Evangelho opcional: Lucas 10,38-42.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 11,19-27

«Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária»


Rev. D. Antoni CAROL i Hostench

(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, também nós que estamos ocupados com muitas coisas devemos ouvir o que o Senhor nos recorda: «No entanto, uma só é necessária» (Lc 10,42): o amor, a santidade. Este é o objetivo, o horizonte que não podemos perder nunca de vista no meio de nossas ocupações cotidianas.


Porque ocupados estaremos sempre se obedecermos à indicação do Criador: «Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a!» (Gn 1,28). A Terra! O mundo: é aqui o nosso lugar de encontro com o Senhor. «Eu não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno» (Jo 17,15). Sim, o mundo é o altar para nós e para nossa entrega a Deus e aos outros.


Somos do mundo, mas não podemos ser mundanos. Muito pelo contrário, somos chamados a ser como a bela expressão de João Paulo II sacerdotes da criação, sacerdotes do nosso mundo, de um mundo que amamos apaixonadamente.


Eis aqui a questão: o mundo e a santidade, o trabalho diário e a única coisa necessária. Não são duas realidades opostas: temos que procurar a confluência de ambas. E essa confluência se produz em primeiro lugar e sobre tudo em nosso coração, que é onde se pode unir o céu e a terra. Porque no coração humano é onde pode nascer o diálogo entre o Criador e a criatura.


É necessário, portanto, a oração. «O nosso tempo é um tempo em constante movimento, que freqüentemente desemboca no ativismo, com o risco fácil de acabar fazendo por fazer. Temos que resistir a essa tentação, procurando ser antes de fazer. Recordamos a este respeito a reprovação de Jesus a Marta: «Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária (Lc 10,41-42)» (João Paulo II).


Não há oposição entre o ser e o fazer, mas sim há uma ordem de prioridade, de precedência: «Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada» (Lc 10,42).


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«A vida de Marta, é nosso mundo; a vida de Maria é o mundo que esperamos. Vivamos a de aqui com retitude para obter plenamente a outra» (Santo Agostinho)


«A palavra de Cristo é muito clara: não desprecia a vida ativa, e muito menos a generosa hospitalidade; mas lembra o fato de que a única coisa verdadeiramente necessária é outra: escutar a Palavra do Senhor» (Bento XVI)


«É tão grande a força e a virtude de Palavra de Deus, que ela se torna para a Igreja apoio e vigor e, para os filhos da Igreja, solidez da fé, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual» (Catecismo da Igreja Católica, n° 131)


Jesus trás para você uma palavra de ressurreição

HOMILIA


“Então, Marta disse a Jesus: ‘Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Teu irmão ressuscitará’. Disse Marta: ‘Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia’. Então, Jesus disse: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim, não morrerá jamais’”. (João 11, 21-26)


Meus irmãos e minhas irmãs, é o quinto domingo da Quaresma e nós temos a graça de contemplar a manifestação de Jesus mais uma vez. A manifestação de Jesus que não só ressuscita Lázaro, mas também traz a cada um de nós uma palavra de ressurreição, pois nós também temos necessidade de sermos ressuscitados em nossa vida.


Quantos de nós não precisamos, hoje, desta palavra de Jesus, essa palavra de ressurreição, esse ânimo novo, um sentido novo de viver! Eu pergunto: quem nunca sentiu uma profunda solidão num momento de morte? Quem nunca disse adeus? Por que, Senhor? Por que comigo? Por que com a minha família? Muitos de nós já passamos por isso.


Marta afirma ao Senhor: “Se o Senhor tivesse estado aqui, ele não teria morrido”, ou seja, a morte de Lázaro teria só mudado de data, porque todos nós vamos passar pela experiência da morte. Na afirmação de Marta, ela demonstra a fragilidade da vida humana que pode, certamente, ser adiada em dias, em meses, em anos, mas, no final, todos nós vamos passar por essa experiência. 


Quantos de nós não precisamos, hoje, desta palavra de Jesus, essa palavra de ressurreição, esse ânimo novo, um sentido novo de viver!

Ela diz: “Eu sei que meu irmão ressuscitará, no último dia, eu sei”. Saber não é a mesma coisa de que crer, saber é uma coisa, crer é outra bem diferente. Não adianta saber de cor aquele artigo do Catecismo, que diz sobre a ressurreição dos mortos, não basta sabê-lo de cor, pois a nossa atitude diante da morte precisa ser de fé e não apenas de conhecimento. Crer em Jesus é já possuir a vida eterna em vida, nesta vida. Acreditar no Senhor é já possuir a vida eterna, mesmo estando nesta vida. 


A fé não é um consolo, não é um calmante, não é um anestésico para dor da alma, a fé é uma pessoa, é Jesus. A fé no momento da morte nos dá a presença de Jesus. Por isso, no momento de morte, não busque explicações, busque Jesus, porque é a presença de Jesus que vai nos trazer o verdadeiro consolo, a fé para nós é uma Pessoa. 


Que, hoje, o Senhor nos traga esta palavra de esperança e de ressurreição!

Muitos de nós, como eu falei no começo, estamos na condição de mortos-vivos: vivemos sem esperança, sem fé, sem confiança, sem perspectiva de vida, vivemos esperando a morte, ou, muitas vezes, chorando eternamente a morte daqueles que se foram. Jesus nos recorda que nós devemos esperar a vida e não a morte, nós devemos esperar a vida eterna com Ele e não a nossa morte. 


Por isso, Ele quer nos tirar das sepulturas nas quais nós costumamos viver. Quais são as suas sepulturas? Quais são as realidades nas quais você tem se prendido e tem perdido o olhar de esperança para sua própria vida, para a vida das pessoas que estão perto de você? 


Que, hoje, o Senhor nos traga esta palavra de esperança e de ressurreição! 


Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!


Fonte Padre Donizete Ferreira

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Segunda Leitura

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