Liturgia Diária
17 – SEGUNDA-FEIRA
BEATO INÁCIO DE AZEVEDO,
PRESBÍTERO, E COMPANHEIROS, MÁRTIRES
(vermelho, pref. comum, ou dos mártires – ofício da memória)
Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e nos abismos; e toda língua proclame, para glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor! (Fl 2,10s)
Inácio nasceu em Portugal em 1526. Foi ordenado sacerdote na Companhia de Jesus e designado como superior das missões no Brasil. Mais tarde, retornou ao seu país a fim de recrutar outros jesuítas para sua obra evangelizadora. Em 1570, na viagem de regresso à nova terra, aproximando-se das Ilhas Canárias, ele e seus companheiros foram surpreendidos por corsários, que, por ódio à religião católica, massacraram todos os missionários. À semelhança desses mártires, sintamos a eficaz presença de Jesus em meio aos desafios da nossa missão.
Evangelho: Mateus 10,34-11,1
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, / porque o Reino dos Céus há de ser deles! (Mt 5,10) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada. 35De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. 39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der ainda que seja apenas um copo de água fresca a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo, não perderá a sua recompensa”. 11,1Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu daí a fim de ensinar e pregar nas cidades deles. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 10,34-11,1
«E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim»
Rev. D. Valentí ALONSO i Roig
(Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus nos oferece uma importante mistura de recomendações; é como um desses banquetes modernos onde os pratos são pequenas porções para saborear. Trata-se de conselhos profundos e de difícil digestão, destinados a seus discípulos na formação e preparação missionária (cf. Mt 11,1). Para gostar deles devemos contemplar o texto em partes diferentes.
Jesus começa dando a conhecer o efeito do seu ensino. Não obstante os efeitos positivos, evidentes na atuação do Senhor, o Evangelho evoca as contrariedades e contratempos da predicação: «e os inimigos serão os próprios familiares» (Mt 10,36). Isso é o contraditório de viver na fé, temos a possibilidade de enfrentarmos, até mesmo com os que estão mais perto de nós, quando não compreendemos quem é Jesus, o Senhor, e não o percebemos como o Mestre da comunhão.
Em um segundo momento Jesus nos pede para ocupar o lugar mais alto na escala do amor: «Quem ama pai ou mãe mais do que a mim...» (Mt 10,37), «e quem ama filho ou filha mais do que a mim...» (Mt 10,37). Desse jeito, propõe deixarmos acompanhar por Ele como presença de Deus, já que «quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou» (Mt 10,40). O resultado de morar acompanhados pelo Senhor, acolhido em nossa morada, é gozar da recompensa dos profetas e justos, porque temos recebido um profeta e um justo.
A recomendação do Mestre acaba valorizando as pequenas demonstrações de ajuda e proteção às pessoas que moram acompanhadas pelo Senhor, os seus discípulos, que somos todos os cristãos. «Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequenos, por ser meu discípulo...» (Mt 10,42). A partir deste conselho, nasce uma responsabilidade: em relação ao próximo, sejamos conscientes de que as pessoas que moram com o Senhor, quem quer que sejam, devem ser tratadas como Ele mesmo. São João Crisóstomo diz: «Se o amor estivesse espalhado por todas as partes, nasceria dele uma quantidade infinita de bens».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Até que venha a paz, na qual não teremos qualquer inimigo, a nossa tarefa é lutar longa, fiel e corajosamente, para que possamos merecer ser coroados pelo Senhor Deus» (Santo Agostinho)
«A Virgem Maria, Rainha da Paz, partilhou até ao martírio da alma a luta do seu Filho Jesus contra o Maligno. Invoquemos a sua intercessão materna para nos ajudar sempre a sermos testemunhas da paz de Cristo, sem jamais nos comprometermos com o mal» (Bento XVI)
«Tudo o que Cristo viveu, Ele próprio faz com que o possamos viver n'Ele e Ele vivê-lo em nós. «Pela sua Encarnação, o Filho de Deus uniu-Se, de certo modo, a cada homem» (Concilio Vaticano II). Nós somos chamados a ser um só com Ele» (Catecismo da Igreja Católica, nº 521)
Fonte https://evangeli.net/
O QUE AGRADA À DEUS! Mt 10,34-11,1
HOMILIA
Estamos diante do fim do discurso do Sermão da Montanha e Jesus quer dar a conhecer aos seus discípulos a opção que devem fazer. Ele veio para estabelecer a possibilidade das pessoas escolherem ou a Ele ou a outro.
De uma forma sentenciada forja a personalidade dos verdadeiros discípulos capazes de romper com os laços de sangue a fim de formar a verdadeira comunidade com Ele. Os laços familiares são importantes porque representam os vínculos mais fortes do amor entre Pais e filhos e parentes. Todavia, o amor a Jesus é muito mais do que isso. Ele vai além e por isso deve ser prioritário em relação àqueles. Neles se contempla de modo pleno o amor de Deus por nós e em nós. Fazendo uma escolha por Jesus, fazemos nossos os projetos de d’Ele assim sendo, nos tornamos dignos do Seu seguimento. Pois Ele nos diz: Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. Quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. Portanto, é renunciando tudo o que nos prende ao passado, ao corpo e à matéria representados no pai, na mãe e nos filhos que nos tornamos verdadeiramente seguidores do Mestre.
A nossa relação com Deus não pode limitar-se a conveniências familiares. Acreditar em Deus, isto é, acolher o dom da fé, que Ele mesmo nos oferece gratuitamente, é assunto de coração, que não pode ficar pela fachada, ou limitar-se a determinados momentos. Deus ama-nos por primeiro e a tempo inteiro. Não podemos amá-lo diferentemente. Por isso, ao nosso culto, deve corresponder uma vida coerente: «De que me serve a mim a multidão das vossas vítimas? Quem reclamou de vós semelhantes dons, ao pisardes o meu santuário? Quando levantais as vossas mãos, afasto de vós os meus olhos… as vossas mãos estão cheias de sangue». Não agradam a Deus as ofertas, quando a vida de quem as faz é má: «Lavai-vos, purificai-vos, tirai da frente dos meus olhos a malícia das vossas ações», – eis o que realmente quer. Uma vez purificados, sim, há que praticar a justiça: «aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo». Só agrada a Deus o sacrifício que está em harmonia com a vida.
Toda a nossa vida há-de tornar-se oferenda de amor ao Pai, em comunhão com o sacrifício de Cristo, motivado pelo amor e nele realizado. Mas o amor é algo de muito concreto. Amar a Deus comporta amar o irmão, a irmã, amá-los no seu ser concreto, na situação em que se encontram. Fazer-lhes o bem pode traduzir-se em grandes gestos ou, mais provavelmente, em gestos quotidianos, que facilmente definimos como pequenos, e a que nem sempre damos a devida atenção. São exatamente esses gestos, aparentemente banais, os que mais nos custam a fazer com amor, principalmente quando temos pela frente pessoas difíceis, ou simplesmente desagradáveis. Mas passa por aí o nosso seguimento dos «passos de Cristo», que não nos deixa faltar a sua graça para os realizarmos com amor e fidelidade.
Portanto, receba e evangelize ajudando no que podes no processo da evangelização. Converta-te e tome partido de Jesus renunciando o apego às coisas materiais. Seja o homem ou mulher livre dos bens que hoje existem e amanhã acabarão.
Obrigado, Senhor, por me teres chamado a percorrer o teu próprio caminho de oblação total, até à imolação. Obrigado, porque vais à frente, estimulando os meus passos com o teu exemplo e amparando-os com a tua graça. Sabes como sou fraco e como, tantas vezes, cambaleio para um lado e para o outro, ao sabor das minhas inclinações. Mas Tu tens uma paciência infinita para me esperares, me fazeres ouvir a tua voz, me estenderes a tua mão misericordiosa. Que, jamais, me falte a tua graça, para arriscar à tua palavra, para ousar perder a vida por Ti e para fazer o bem aos meus irmãos. Não me deixes cair no formalismo de uma vida rotineira. Mantém-me na autenticidade do amor para contigo e para com o meu próximo, no quotidiano da vida, sabendo que é lá que me esperas, e queres recompensar. Amen.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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