Liturgia Diária
7 – SEXTA-FEIRA
13ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria (Sl 46,2).
Crer em Deus implica duas atitudes nossas: confiar em suas promessas, mas também fazer nossa parte, colaborando com a realização das promessas divinas. A liturgia nos convida a nos reconhecermos como pecadores e nos dispormos ao seguimento fiel do Senhor.
Evangelho: Mateus 9,9-13
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde a mim, todos vós que estais cansados, / e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 9Jesus viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” 12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas, sim, os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 9,9-13
«Quero misericórdia e não sacrifício»
Rev. D. Pere CAMPANYÀ i Ribó
(Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos fala da vocação do publicano Mateus. Jesus está preparando o pequeno grupo de discípulos que continuarão sua obra de salvação. Ele escolhe a quem quer: serão pescadores, ou de uma humilde profissão. Inclusive, chama a que lhe siga um cobrador de impostos, profissão desprezada pelos judeus —que se consideravam perfeitos observantes da lei—, porque a viam como muito próxima a ter uma vida pecadora, já que cobravam impostos em nome do governador romano, a quem não queriam submeter-se.
É suficiente com o convite de Jesus: «Segue-me!» (Mt 9,9). Com uma palavra do Mestre, Mateus deixa sua profissão e muito contente o convida a sua casa para celebrar ali um banquete de agradecimento. Era natural que Mateus tivesse um grupo de bons amigos, do mesmo “ramo profissional”, para que o acompanharam a participar de aquele convite. Segundo os fariseus, todas aquelas pessoas eram pecadores reconhecidos publicamente como tais.
Os fariseus não podem calar e comentam com alguns discípulos de Jesus: «Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos» (Mt 9,10). A resposta de Jesus é imediata: «Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes» (Mt 9,12). A comparação é perfeita: «De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores» (Mt 9,13).
As palavras deste Evangelho são de atualidade. Jesus continua convidando a segui-lo, cada um segundo seu estado e profissão. E seguir Jesus, com frequência, supõe deixar paixões desordenadas, mau comportamento familiar, perda de tempo, para dedicar momentos à oração, ao banquete eucarístico, à pastoral missioneira. Em fim, que «um cristão não é dono de si mesmo, e sim que está entregue ao serviço de Deus» (Santo Inácio de Antioquia).
Com certeza, Jesus me pede uma mudança de vida e, assim, me pergunto: de que grupo formo parte, da pessoa perfeita ou da que se reconhece sinceramente defeituosa? É verdade que posso melhorar?
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Meu doce Senhor, voltai generosamente os vossos olhos misericordiosos para este vosso povo; pois será muito a Vossa gloria se tiverdes piedade da imensa multidão das vossas criaturas«» (Santa Catarina de Siena)
«Jesus Cristo é a face visível da misericórdia do Pai. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o último e supremo acto pelo qual Deus vem ao nosso encontro» (Francisco)
«Jesus praticou actos, como o perdão dos pecados, que O manifestaram como sendo o próprio Deus salvador. Alguns judeus, que, não reconhecendo o Deus feito homem viam n'Ele `um homem que se faz Deus´ (Jo 10,33), julgaram-n'O como blasfemo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 594)
Fonte https://evangeli.net/
Levemos a misericórdia a todos os necessitados
HOMILIA
“Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mateus 9,13).
O Senhor assentou-se com os pecadores e comeu com os cobradores de impostos. O Senhor está conosco, está no meio de nós, porque nós somos pecadores. O Senhor veio para resgatar a nossa humanidade pecadora.
Se fôssemos justos, não precisaríamos do Senhor, mas precisamos d’Ele, porque não somos justos, e a grande injustiça é não reconhecermos as nossas próprias injustiças, os nossos próprios pecados. O fato é que estamos qualificando a humanidade em grandes e pequenos pecadores, e estamos ignorando a verdade objetiva, clara e direta, porque temos muitos pecados. Precisamos tratar esses pecados com a misericórdia e o bálsamo divino.
Às vezes, começamos a observar, em nossa pele, algumas rugas e erupções, mas não damos a devida importância, só quando se torna algo grave que nos preocupamos em cuidar. Fazemos a mesma coisa também com o pecado. Achamos que os nossos pecadinhos são pecadinhos, mas são pecados e para todos eles temos um remédio, e esse remédio é a misericórdia divina.
O que nos salva é a misericórdia de Jesus para conosco e a nossa misericórdia para com os outros
Perdemos muito tempo julgando o pecado dos outros, e talvez o outro que nós julgamos e condenamos se encontre tão mais próximo da misericórdia divina, porque está encontrando a contrição, o arrependimento, e nós não encontramos, porque só se arrepende quem reconhece o mal, o pecado que tenha cometido na vida.
Precisamos aprender que não é porque temos uma vida sacrificada, que são os sacrifícios que nos salvam. O que nos salva é a misericórdia de Jesus para conosco e a nossa misericórdia para com os outros. Como Ele teve misericórdia de mim e tem misericórdia de nós, não podemos querer ser outra coisa, porque, senão, vamos ser como os fariseus, porque os fariseus estavam julgando, pensando mal de Jesus, porque o nosso Mestre come com cobradores de impostos e pecadores.
Somos mestres em julgar, somos peritos em condenar a vida dos outros, o comportamento dos outros. Estamos sempre julgando, condenando e conhecendo muito pouco a nós mesmos.
Quem se conhece de verdade, quem entra dentro da sua alma, do seu interior e mergulha no fundo pecaminoso que há em nós, jamais julga ou condena ninguém, pelo contrário, mergulha o seu ser pecador, sua alma tão cheia de fragilidades na misericórdia divina e leva essa mesma misericórdia para tantos corações necessitados do perdão, do encontro redentor e salvador de Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
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