Liturgia Diária
1º – QUINTA-FEIRA
SÃO JUSTINO, MÁRTIR
(vermelho, pref. dos mártires – ofício da memória)
Os pagãos me contaram suas fábulas, mas nada valem perante a vossa lei. Diante dos reis, falei de vossa aliança sem me envergonhar (Sl 118,85.46).
Justino viveu na Palestina no 2º século. Leigo e filósofo pagão, converteu-se ao cristianismo e encontrou em Cristo a verdade sem limites. Utilizou sua inteligência e habilidade dialética em defesa dos cristãos perseguidos, como o demonstram suas obras, das quais nos restam apenas as duas Apologias e o Diálogo com Trifão. O exemplo desse mártir nos conduza ao conhecimento admirável do mistério de Cristo.
Evangelho: Marcos 10,46-52
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; / aquele que me segue / não caminha entre as trevas, / mas terá a luz da vida (Jo 8,12). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. 47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” 50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. 51Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” 52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Marcos 10,46-52
«Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim»
P. Ramón LOYOLA Paternina LC
(Barcelona, Espanha)
Hoje, Cristo sai ao nosso encontro. Todos somos Bartimeu: esse não vidente que Jesus passou bem próximo, e que saltou gritando até que Jesus lhe prestasse atenção. Talvez tenhamos um nome um pouco mais bonito... Mas, a nossa debilidade humana (moral) é semelhante à cegueira que sofria nosso protagonista. Nós, também não chegamos a ver que Cristo vive em nossos irmãos e, assim, tratamos como os tratamos. Quem sabe não chegamos a ver nas injustiças sociais, nas estruturas de pecado, uma chamada humilhante aos nossos olhos para um compromisso social. Talvez não vislumbramos que «Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos» (Jo 15,13). Vemos meio confuso o que é nítido: que as miragens do mundo conduzem à frustração, e que o paradoxo do Evangelho traz a dificuldade, produzem fruto, realização e vida. Somos verdadeiramente débeis visuais, não por eufemismo e sim em realidade: nossa vontade debilitada pelo pecado ofusca a verdade em nossa inteligência e escolhemos o que não nos convém.
Solução: gritar, isto é, orar humildemente «Filho de Davi, tem compaixão de mim» (Mc 10,48). E gritar mais quanto mais te repreendam, te desanimem ou te desanimes: «Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto... »(Mc 10,48). Gritar que é também pedir: «Rabûni, meu Mestre, que eu veja» (Mc 10,51). Solução: dar, como ele, um impulso na fé, crer mais além de nossas certezas, confiar em quem nos amou, nos criou, e veio redimir-nos e ficou conosco, na Eucaristia.
O Papa João Paulo II nos dizia com sua vida: suas longas horas de meditação —tantas que seu Secretário dizia que ele orava “demais”— nos dizem claramente que «aquele que ora muda a historia».
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