quarta-feira, 31 de maio de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 11,27-33 - 03.06.2023

Liturgia Diária


3 – SÁBADO 

SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS


MÁRTIRES


(vermelho, pref. dos mártires – ofício da memória)



Clamaram os justos, e o Senhor os ouviu. E de toda aflição os libertou (Sl 33,18).


Em 3 de junho de 1886, Carlos Lwanga e doze companheiros, alguns dos quais muito jovens, foram queimados vivos, após terríveis sofrimentos, e dessa forma coroaram seu testemunho de fé. Esses santos mártires, junto com outros, num total de 22, foram vítimas das perseguições praticadas pelo rei da Uganda contra os cristãos, entre os anos de 1885 e 1887. Celebrando esta memória, peçamos a Deus a sabedoria para orientar a vida pelos caminhos da fé e do amor, mesmo em meio às provações.


Evangelho: Marcos 11,27-33


Aleluia, aleluia, aleluia.


A Palavra de Cristo ricamente habite em vós, / dando graças, por ele, a Deus Pai! (Cl 3,16s) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: 28“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 29Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso. 30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. 31Eles discutiam entre si: “Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ‘Por que não acreditastes em João?’ 32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. 33Então eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


REFLEXÃO - Evangelho: Marcos 11,27-33

«Com que autoridade fazes essas coisas?»


Mn. Antoni BALLESTER i Díaz

(Camarasa, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho pede-nos que pensemos com que intenção vemos Jesus. Há quem vá sem fé, sem reconhecer sua autoridade: por isso, «os sumos sacerdotes, os escribas e os anciãos, lhe perguntaram: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?”(Mc 11,27-28).


Se não tratamos a Deus na oração, não teremos fé. Mas, como diz São Gregório Magno, «quando insistimos na oração com toda veemência, Deus se detém no nosso coração e recobramos a vista perdida». Se tivermos boa disposição, apesar de estar no erro, vendo que a outra pessoa tem razão, acolheremos suas palavras. Se tivermos boa intenção, apesar de arrastar o peso do pecado, quando façamos oração Deus nos fará compreender nossa miséria, para que nos reconciliemos com Ele, pedindo perdão de todo coração e, por meio do sacramento da penitência.


A fé e a oração vão juntas. Diz-nos Santo Agostinho que, «se a fé falta, a oração é inútil. Depois, quando oremos, criemos e oremos para que não falte a fé. A fé produz a oração e, a oração produz também a firmeza da fé». Se tivermos boa intenção e, acudimos a Jesus, descobriremos quem é e, entenderemos sua palavra, quando nos pergunte: «O batismo de João era do céu ou dos homens?» (Mc 11,30). Pela fé, sabemos que era do céu e, que sua autoridade vem-lhe do seu Pai, que é Deus e, Dele mesmo porque é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.


Porque sabemos que Jesus é o único salvador do mundo, acudimos a sua Mãe que também é nossa Mãe, para que desejando acolher a palavra e a vida de Jesus, com boa intenção e boa vontade, para ter a paz e a alegria dos filhos de Deus.

Fonte https://evangeli.net/

A verdadeira autoridade vem de Deus
HOMILIA

A verdadeira autoridade vem de Deus. Por isso, para ser justa e correta, a autoridade que exercemos precisa ter testemunho de vida e estar de acordo com a Palavra de Deus.

“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” (Marcos 11, 28).

Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, as autoridades da época de Jesus – os príncipes, os sacerdotes, os escribas e os anciãos – questionam a autoridade de Jesus. Questionam a autoridade que Ele tem para pregar, para curar e para fazer seja o que for. É como se dissessem: “De onde vem a autoridade de Jesus para fazer isso?”. E por isso eles se aproximam do Mestre para realmente saber do coração d’Ele quem Lhe deu tamanha liberdade, tamanha autoridade para fazer o que fazia.

Jesus apenas os escuta, apenas acolhe de bom coração aquilo que perguntam a Ele e lhes responde com uma pergunta bem intrigante: “O batismo que  João pregou veio do céu ou dos homens?” (Marcos 11, 30).

Primeiramente, não basta questionar, é preciso saber a intenção dos nossos questionamentos: se estes possuem uma intenção reta, justa, correta ou uma intenção maliciosa e maldosa. Porque o que essas autoridades fazem, na verdade, é querer desmoralizar Jesus e colocá-Lo numa situação embaraçosa. É como se Ele lhes dissesse: “Então respondam por vocês mesmos: de que forma vocês encararam o que João Batista fazia?”.

Mesmo sem querer admitir, esses homens sabiam que não era um batismo meramente humano aquele que João Batista fazia. Então, para questionar a autoridade de Jesus, é preciso ter mais autoridade do que Ele! Mas a “autoridade” aqui não é a autoridade no sentido de mandar e de receber uma autoridade humana, civil, mas se trata de uma autoridade moral, se trata de uma autoridade vinda do alto, se trata de uma autoridade que vem da própria vida.

A autoridade é justa e correta quando aquilo que a pessoa faz, realiza e fala está de acordo com a vida que ela leva, por isso ela tem autoridade e moral. Muitas vezes, os pais perdem a autoridade diante dos filhos porque só falam e não dão exemplo e não são espelho para os seus. Da mesma forma, professores, autoridades e seja quem for, não basta querer que as pessoas obedeçam leis, ensinamentos e cobranças quando o exemplo não vem de cima.

As autoridades da época de Jesus saíram todas caladas, não podiam questionar muito porque não tinham exemplos para dar. Nós devemos nos perguntar  – as autoridades de hoje e a autoridade que nós exercermos na nossa casa, em nosso trabalho, na Igreja, na pastoral e onde estamos – nós temos autoridade moral para falar algo ou cobrar algo de alguém?

Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

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