quarta-feira, 17 de maio de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 16,16-20 - 18.05.2023

Liturgia Diária


18 – QUINTA-FEIRA 

6ª SEMANA DA PÁSCOA


(branco – ofício do dia)



Ó Deus, quando saístes à frente do vosso povo, abrindo-lhe o caminho e habitando entre eles, a terra estremeceu, fundiram-se os céus, aleluia! (Sl 67,8s.20)


Rejeitado por seus compatriotas, Paulo se dirige inteiramente aos pagãos, entre os quais encontra ambiente favorável, tanto que “muitos coríntios… acreditavam e recebiam o batismo”. Confiemos em Jesus, sempre presente em nossa vida, o qual conduz a bom termo nossa missão.


Evangelho: João 16,16-20


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eu não vos deixarei órfãos: / eu irei, mas voltarei, / e o vosso coração muito há de se alegrar (Jo 14,18). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16“Pouco tempo ainda e já não me vereis. E outra vez pouco tempo e me vereis de novo”. 17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: “O que significa o que ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo e não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai’?” 18Diziam, pois: “O que significa esse pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. 19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então, disse-lhes: “Estais discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis’? 20Em verdade, em verdade vos digo, vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará. Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 16,16-20

«Vossa tristeza se transformará em alegria»


Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez

(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje contemplamos mais uma vez a palavra de Deus com a ajuda do evangelista João. Nestes últimos dias da Páscoa sentimos uma inquietação especial por viver esta palavra e entendê-la. A mesma inquietação dos primeiros discípulos que se expressa profundamente nas palavras de Jesus —«Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo» (Jo 16,16)— concentra a tensão de nossas inquietações de fé, da busca de Deus em nosso dia a dia.


Os cristãos do século XXI sentimos essa mesma urgência que os cristãos do primeiro século. Queremos ver Jesus, precisamos experimentar a sua presença em meio de nós para reforçar a nossa fé, esperança e caridade. Por isso, sentimos tristeza ao pensar que Ele não esteja entre nós, que não podamos sentir e tocar sua presença, sentir e escutar sua palavra. Mas essa tristeza se transforma em alegria profunda quando experimentamos sua presença segura entre nós.


Essa presença, era recordada pelo Papa João Paulo II na sua última Carta encíclica Ecclesia de Eucharistia, concretiza-se —especificamente— na Eucaristia: «A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja». Ela experimenta com alegria, como se realiza constantemente, de muitas maneiras, a promessa do Senhor: `Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo’ (Mt 28,20). (...) A Eucaristia é mistério de fé, e ao mesmo tempo, “mistério de luz”. Quando a Igreja a celebra, os fiéis podem reviver, de algum jeito a experiência dos discípulos de Emaús: «Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram (Lc 24,31)».


Peçamos a Deus uma fé profunda, uma inquietação constante que se sacie na Eucaristia, ouvindo e compreendendo a Palavra de Deus; comendo e saciando a nossa fome no Corpo de Cristo. Que o espirito Santo enche de sua luz a nossa busca de Deus.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Primeiro, ele ofereceu o seu sacrifício aqui na terra, quando sofreu a morte mais amarga. Depois, quando revestido com a nova vestimenta da imortalidade, entrou com seu próprio sangue no santuário, isto é, no céu, apresentou diante do trono do Pai celestial aquele sangue de imenso valor, que ele derramou uma vez para sempre em favor de todos os homens pecadores» (São João Fisher)


«Também nós nao encontraremos a vida se permanecermos tristes e sem esperança e fechados em nós mesmos. Em vez disso, abramos os nossos túmulos selados ao Senhor para que Jesus possa entrar e enchê-los de vida. Ele quer vir e tomar-nos pela mão para nos tirar da angústia» (Francisco)


«Cristo afirmou, antes da sua Ascensão, que ainda não era a hora do estabelecimento glorioso do Reino messiânico esperado por Israel (cf. Atos 1,6-7), que, segundo os profetas, devia de trazer a todos os homens a ordem definitiva da justiça, do amor e da paz. O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho» (Catecismo da Igreja Católica, nº 672)

Fonte https://evangeli.net/


Cristo transforma a nossa tristeza em alegria

HOMILIA


“Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (João 16,20).


 

Estamos acompanhando o discurso de despedida de Jesus. Ele estava indo para a casa do Pai antes da Sua morte, antes da celebração da Sua Páscoa. E, neste discurso que nos é apresentado, Ele leva Seus discípulos a terem uma certeza.


A Sua partida, como é a partida que qualquer pessoa importante para nós, representará uma tristeza. Veja que: os discípulos do Senhor, de fato, ficaram muito tristes, desamparados, sentiram-se sozinhos quando o Senhor partiu.


É importante escutarmos aquilo que o Mestre estava dizendo: “A vossa tristeza se transformará em alegria”. Porque essa é a graça do Reino de Deus! Ele é Aquele que transforma o nosso pranto em festa, a nossa tristeza em alegria, o nosso luto em glória porque a presença de Jesus no meio de nós transforma aquilo que está escuro em luz da vida, transforma as trevas da nossa alma em plenitude da graça de Deus. Permitamos que Jesus transforme tudo aquilo que entristece a nossa alma, a nossa vida e o nosso coração.


Sei que o mundo se alegra. Quantas coisas causam alegrias no mundo! Alegrias mundanas e passageiras, alegrias que, muitas vezes, serão um luto eterno.


Aquilo que nos causa tristeza, medo, preocupação, inquietação e perturbação, coloquemos na presença do Senhor

Não precisamos tomar parte da alegria mundana, de forma alguma. Alegremo-nos com coisas simples da vida, com o cotidiano de cada dia, alegramo-nos até com as nossas quedas porque nos levantamos e Deus nos coloca de pé; alegramo-nos e rimos até das pequenas coisas que cometemos no dia a dia.


Aprendamos a nos alegrar com as pequenas coisas, não esperemos grandes acontecimentos e conquistas, porque a maior das conquistas já nos foi conquistada, a vida nos foi dada e resgatada. Jesus está vivo e Ele é o Senhor.


Precisamos a cada dia mergulhar a nossa vida em Jesus. Aquilo que nos causa tristeza, medo, preocupação, inquietação e perturbação, coloquemos na presença do Senhor. Muitas vezes, ficamos tristes, mas não nos esqueçamos: podemos ter tristezas por alguns momentos, só não podemos nos casar com elas, não podemos nos acostumar com elas nem deixar que elas morem em nós e mandem em nossa vida.


Permitamos que o Ressuscitado transforme o nosso pranto e a nossa tristeza em alegria, porque Ele está no meio de nós.


Deus abençoe você!  

Fonte Padre Roger Araújo


Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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