domingo, 2 de abril de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 12,1-11 - 03.04.2023

Liturgia Diária


3 – SEGUNDA-FEIRA 

SEMANA SANTA


(roxo, prefácio da paixão II – ofício próprio)



Acusai, Senhor, meus acusadores; combatei aqueles que me combatem! Tomai escudo e armadura, levantai-vos, vinde em meu socorro! Senhor, meu Deus, força que me salva! (Sl 34,1s; Sl 139,8)


Jesus, o Servo de Deus, é ungido para a missão. Pelo batismo, fomos também ungidos para participar da missão profética, sacerdotal e régia de Cristo. O gesto profético da irmã de Lázaro propague entre nós o perfume do amor e da fidelidade a Jesus.


Evangelho: João 12,1-11


Honra, glória, poder e louvor / a Jesus, nosso Deus e Senhor!


Salve, nosso rei, somente vós / tendes compaixão dos nossos erros. – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4Então falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para as dar aos pobres?” 6Judas falou assim não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado dos mortos. 10Então os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 12,1-11

«Ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos»


Rev. D. Jordi POU i Sabater

(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje, no Evangelho, apresentam-se-nos duas atitudes sobre Deus, Jesus Cristo e a própria vida. Perante a unção que Maria faz ao seu Senhor, Judas protesta: «Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que entregaria Jesus, falou assim: «Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários para se dar aos pobres?» (Jo 12,4-5). O que disse não é nenhuma barbaridade, estava de acordo com a doutrina de Jesus É muito fácil protestar perante o que os outros fazem, mesmo quando não se têm segundas intenções como no caso de Judas.


Qualquer protesto deve ser um ato de responsabilidade: ao protestar devemos pensar como seria se nós o tivéssemos feito, o que estamos dispostos a fazer. Caso contrário o protesto pode ser apenas —como neste caso— a queixa dos que atuam mal perante os que procuram fazer as coisas o melhor que conseguem.


Maria unge os pés de Jesus e seca-os com os seus cabelos, porque acredita ser o que deve fazer. É uma ação pintada de excelente magnanimidade: fê-lo tomando meio litro de perfume de nardo puro e muito caro» (Jo 12,3). É um ato de amor e, como todo o ato de amor, difícil de entender pelos que não o partilham. Creio que a partir daquele momento, Maria entendeu o que séculos mais tarde Santo Agostinho escreveria: «provavelmente, nesta terra, os pés do Senhor ainda estejam necessitados. Pois, quem, fora dos seus membros, disse: “Tudo o que fizerdes a um destes mais pequenos… é a mim que o fazeis? Vós gastais aquilo que vos sobra, mas fizestes o que é de agradecer aos meus pés».


O protesto de Judas não tem nenhuma utilidade, apenas leva à traição. A ação de Maria leva-a a amar mais ao seu Senhor e, como consequência, a amar mais os “pés” de Cristo que existem neste mundo.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Ó dom preciosíssimo da Cruz! Que tem uma aparência muito esplendorosa! Não contém, como a árvore do paraíso, o bem e o mal misturados. É uma árvore que gera vida, sem causar a morte; que ilumina sem produzir sombras; que introduz no paraíso, sem expulsar a ninguém» (Santo Teodoro Estudita)


«O amor não calcula, não mede, não repara em gastos, não coloca barreiras, mas sabe doar com alegria, busca somente o bem do outro, vence a mesquinhez, a avareza, os ressentimentos, o fechamento que o homem as vezes carrega em seu coração» (Bento XVI)


«Jesus faz sua esta palavra:” Pobres, sempre os haveis de ter convosco; a Mim, nem sempre Me tereis” (Jo 12,8). Com isto não faz caducar a forca dos oráculos antigos:” Compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par de sandálias” (Am 8,6), mas convida-nos a reconhecer a sua presença na pessoa dos pobres que são seus irmãos» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2449)

Fonte https://evangeli.net/


ACOLHIMENTO DO MISTÉRIO CENTRAL DA NOSSA FÉ Jo 12,1-11

HOMILIA


Iniciamos hoje a Semana Santa. Semana na qual celebramos a centralidade da nossa fé que tiveram início na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ou seja, a Paixão – subida de Jesus Cristo ao Monte Calvário, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo para a nossa salvação; para nos resgatar das mãos do demônio, e nos transferir para o mundo da luz, para a liberdade dos filhos de Deus. Jesus morre na Cruz para reconciliar o homem com Deus. É a semana da nossa reconciliação com Deus. É a semana da vitória da vida sobre a morte. Do pecado sobre a graça. Quando os fiéis são batizados, aplica-se a cada um deles os efeitos redentores da Morte e Ressurreição de Cristo. Por isso, o cristão católico convicto celebra com alegria a cada função litúrgica da Semana Santa que começa hoje e termina na celebração do Tríduo Pascal e da Páscoa.


Assim recomenda a Santa Mãe Igreja que todos os seus filhos se confessem para que correndo com Cristo no pecado possam com Ele ressuscitar, na madrugado do Domingo da Páscoa para a vida eterna.


O tempo da Quaresma se prolonga até a Quinta-feira da Semana Santa. A Missa Vespertina da Ceia do Senhor é a grande introdução ao Santo Tríduo Pascoal. O Tríduo Pascual tem início na Sexta-feira da Paixão, prossegue com o Sábado de Aleluia, e chega ao ponto mais alto na Vigília Pascual terminando com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.


No Evangelho proposto neste primeiro dia as Semana Santa é o de Jesus que volta a Betânia seis dias antes da Páscoa para manifestar o seu amor e carinho pelos amigos.


Comove ver como o Senhor tem esta amizade, tão divina e tão humana, que se manifesta num convívio freqüente. Nesta visita de Jesus à Lázaro, Maria e Marta, vejo-me também na condição de acolher e receber Jesus em minha casa e vida. Jesus me vem visitar hoje eu quero recebe-lo com o coração aberto, alegre e agradecido por merecer sua amizade e confiança, assim como sempre foi muito bem recebido por Lázaro, Marta e Maria, em qualquer dia e a qualquer hora, com alegria e afeto. Como havia grande respeito, atenção e caridade entre eles assim me comprometo fazer.


São milhares aqueles que negam hospedagem para Cristo Jesus em seus corações, mas escancara-os para o mundo e suas vaidades; esses vivem com a alma cheia de vícios: a alma, sem a presença de seu Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia. Ai da alma se lhe falta Cristo, que a cultive com diligência, para que possa germinar os bons frutos do Espírito! Deserta, coberta de espinhos e de abrolhos terminará por encontrar, em vez de frutos, a queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios” diz São Macário.


Era costume da hospitalidade do Oriente honrar um hóspede ilustre com água perfumada depois de se lavar. Mas mal se sentou Jesus, Maria tomou um frasco de alabastro que continha uma libra de perfume muito caro, de nardo puro. Aproximou-se por detrás do divã onde estava recostado Jesus e ungiu os seus pés e secou-lhes com os seus cabelos: Trata-se de Maria Madalena que, pela segunda vez, unge o corpo santíssimo do nosso divino Salvador.


O nardo era um perfume raríssimo, de grande valor, que ordinariamente se encerrava em pequenos vasos de boca estreita e apertada. Quebrar este vaso e derramar o conteúdo sobre a cabeça de alguém, era, entre os antigos, sinal de grande honra e distinção.


Maria ofereceu o melhor para Cristo Jesus. Ela não ofereceu um perfume barato, e sim, o melhor e o mais caro. E tu o que tens oferecido ao teu Senhor?


Façamos também nós o mesmo; ofereçamos para Nosso Senhor aquilo que temos de melhor e precioso: o melhor cálice, a mais bela patena, o mais piedoso ostensório, os melhores paramentos, a nossa vida, tudo o que somos e temos. Pois, todo o luxo, majestade e beleza são poucos, perante a tamanha grandeza de Jesus no Mestre.


Acolhendo o mistério redentor de Cristo e sua Palavra, meditando os acontecimentos da nossa redenção, só poderemos crescer na alegria e na paz do Deus que nos ofertou sua vida. Deixemos, pois que o Espírito de Deus tome conta de nossa existência, para que sejamos conduzidos à eterna alegria da salvação e da ressurreição.


Acolhendo o Mistério Central da nossa fé desejo boa Semana Santa para ti e a toda a tua família.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

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