terça-feira, 14 de março de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 5,17-19 - 15.03.2023

Liturgia Diária


15 – QUARTA-FEIRA 

3ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo – ofício do dia)



Orientai meus passos, Senhor, segundo a vossa palavra, e que o mal não domine sobre mim! (Sl 118,133)


Por amor ao Reino anunciado por Jesus, somos convidados nesta Eucaristia a acolher com zelo as leis e decretos do Senhor: “Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos”.


Evangelho: Mateus 5,17-19


Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!


Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; / só tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,63.68) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 5,17-19

«Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas, mas para cumprir»


Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez

(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje em dia há muito respeito pelas distintas religiões. Todas elas expressam a busca da transcendência por parte do homem, a busca do além, das realidades eternas. No entanto, no cristianismo, que afunda suas raízes no judaísmo, esse fenômeno é inverso: é Deus quem procura o homem.


Como lembrou João Paulo II, Deus deseja se aproximar do homem, Deus quer dirigir-lhe suas palavras, mostrar-lhe o seu rosto porque procura a intimidade com ele. Isto se faz realidade no povo de Israel, povo escolhido por Deus para receber suas palavras. Essa é a experiência que tem Moisés quando diz: «Pois qual é a grande nação que tem deuses tão próximos como o SENHOR nosso Deus, sempre que o invocamos?»(Dt 4,7). E, ainda, o salmista canta que Deus «Anuncia a Jacó a sua palavra, seus estatutos e suas normas a Israel. Não fez assim com nenhum outro povo, aos outros não revelou seus preceitos. Aleluia!» (Sal 147,19-20).


Jesus, pois, com sua presença leva a cumprimento o desejo de Deus de aproximar-se do homem. Por isto diz que: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). Vem a enriquecê-los, a iluminá-los para que os homens conheçam o verdadeiro rosto de Deus e possam entrar na intimidade com Ele.


Neste sentido, menosprezar as indicações de Deus, por insignificantes que sejam, comporta um conhecimento raquítico de Deus e, por isso, um será tido por pequeno no Reino dos Ceús. E é que, como dizia São Teófilo de Antioquia, «Deus é visto pelos que podem ver-lhe, só precisam ter abertos os olhos do espírito (...), mas alguns homens os têm empanados».


Aspiremos, pois, na oração seguir com grande fidelidade todas as indicações do Senhor. Assim, chegaremos a uma grande intimidade com Ele e, portanto, seremos tidos por grandes no Reino dos Céus.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«A fim de preparar o homem para uma vida de amizade com Deus, o Senhor deu as palavras do Decálogo: por isso, estas palavras também continuam a valer para nós, e a vinda em carne de Nosso Senhor não as revogou, pelo contrário deu plenitude e universalidade» (Santo Irineu)


«Todos os mandamentos revelam todo o seu sentido como exigência do amor e todos se unem no grande mandamento: amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a si mesmo» (Francisco)


«A Lei evangélica dá cumprimento aos mandamentos da Lei. O sermão do Senhor, longe de abolir ou desvalorizar as prescrições morais da Lei antiga, tira deles as virtualidades ocultas, fazendo surgir novas exigências: revela toda a verdade divina e humana (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.968)

Fonte https://evangeli.net/


A LEI DE MOISÉS Mt 5,17-19

HOMILIA


Estamos diante de um texto que relaciona a Lei e os Profetas com o Reino dos Céus. Na primeira parte, vemos o cumprimento da Lei e dos Profetas na pessoa de Jesus Cristo.  Num tom severo, Jesus dirigindo-se aos Cristãos vindos do Judaísmo diz que n’ele toda a lei e os profetas encontram a perfeição.


E por outra, com num repetido contraste, Jesus abre o coração do seu discurso sobre a verdadeira justiça. O problema da justiça farisaica tinha sido levantado abertamente e agora este pernicioso sistema será destruído metodicamente pelas penetrantes e autoritárias observações do Senhor.


Não foi demasiada devoção à lei que provocou o devastador ataque de Jesus aos fariseus, mas sim a falsidade, e a pouca devoção. Com hipocrisia arrogante eles haviam produzido uma paródia vazia da lei de Deus. Jesus rejeita essa ilusão e a expõe tal como é à luz da verdadeira e imutável justiça de Deus.


A atitude de Jesus em face da lei deve ser descrita como negativa. Os publicanos e os pecadores precedem os escribas e fariseus no reino dos céus (Mt 21, 28-32), e os pecadores arrependidos são melhores do que os justos que não têm arrependimento (escribas e fariseus, Lc 15, 1-10).


As bem-aventuranças não contêm nenhum elogio à observância da lei. O reconhecimento por parte do Pai celeste depende da confissão de Jesus. Assim, Jesus declara-se o senhor do sábado. O publicano arrependido é perdoado, ao passo que o fariseu justo não o é. Aqueles que se reconhecem pecadores, pedem perdão e obedecem a todas as ordens do seu senhor são servos inúteis que não fazem mais do que o seu dever sim, mas o seu senhor escutará as suas súplicas. Ao contrário  dos escribas e fariseus que apropriando-se da chave do reino dos céus, de modo que nem eles entram nem permitem que outros entrem. É necessário que o novo povo mude de atitudes diante da Lei. Pois esta em relação às palavras de Jesus assemelha-se a um remendo de pano novo colocado numa roupa velha, ou ao vinho novo guardado em odres velhos. Jesus, como filho do reino, está livre das obrigações impostas pela lei.


Ele não hesita em repetir e confirmar a lei e o tratamento que lhe dá aqui não tem nada da maneira rabínica; sua antítese é: “Dizia-se” e “Eu vos digo que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento.” Portanto, n’Ele e com Ele todos os que professarem a Sua fé terão a vida salva. Alías, Ele é o Caminho, a Verdade, e a Vida.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

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