Liturgia Diária
4 – SEXTA-FEIRA
SÃO CARLOS BORROMEU, BISPO
(branco, pref. comum, ou dos pastores, – ofício da memória)
O Senhor firmou com ele uma aliança de paz, fazendo-o chefe do seu povo e sacerdote para sempre (Eclo 45,30).
Carlos nasceu no ano de 1538 na Itália e lá faleceu em 1584. Bispo, participou das últimas sessões do Concílio de Trento, cujas decisões ele se empenhou vivamente para aplicar à vida da Igreja. Praticou com intensidade o auxílio aos pobres e aos doentes da peste, doando todos os seus recursos para a construção de hospitais e asilos. Seu exemplo nos impulsione a produzir abundantes frutos de vida cristã.
Evangelho: Lucas 16,1-8
Aleluia, aleluia, aleluia.
O amor de Deus se realiza em todo aquele / que guarda sua palavra fielmente (1Jo 2,5). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Lucas 16,1-8
«Os filhos deste mundo são mais espertos (...) em seus negócios do que os filhos da luz.»
Mons. Salvador CRISTAU i Coll Obispo Auxiliar de Terrassa
(Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos apresenta uma questão surpreendente à primeira vista. Com efeito, diz o texto de São Lucas: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Evidentemente, não se nos propõe aqui que sejamos injustos em nossas relações, e menos ainda com o Senhor. Não se trata, não obstante, de um louvor à estafa que comete o administrador. O que Jesus manifesta com seu exemplo é una queixa pela habilidade em solucionar os assuntos deste mundo e a falta de verdadeiro engenho dos filhos da luz na construção do Reino de Deus: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Tudo isso nos mostra - mais uma vez!- que o coração do homem continua tendo os mesmos limites e pobrezas de sempre. Na atualidade falamos de tráfico de influências, de corrupção, de enriquecimentos indevidos, de falsificação de documentos... Mais ou menos como na época de Jesus.
Mas a questão que tudo isto nos propõe é dupla: Por acaso pensamos que podemos enganar a Deus com nossas aparências, com nossa mediocridade como cristãos? E, ao falar de astúcia, teríamos também que falar de interesses. Estamos interessados realmente no Reino de Deus e sua justiça? É frequente a mediocridade em nossa resposta como filhos da luz? Jesus disse também que ali onde esteja nosso tesouro estará nosso coração (cf. Mt 6,21). Qual é nosso tesouro na vida? Devemos examinar nossos anelos para conhecer onde está nosso tesouro... Diz-nos Santo Agostinho: «Teu anelo contínuo é tua voz contínua. Se deixas de amar calará tua voz, calará teu desejo».
Talvez hoje, ante o Senhor, teremos que questionar qual deve ser nossa astúcia como filhos da luz, isto é, dizer nossa sinceridade nas relações com Deus e com nossos irmãos. «Na realidade, a vida é sempre uma opção: entre honestidade e desonestidade, entre fidelidade e infidelidade, entre bem e mal (...). Com efeito, diz Jesus: É preciso decidir-se» (Bento XVI).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O senhor elogiou o mordomo que ele demitiu de sua administração por ter olhado para o futuro» (Santo Agostinho)
«O costume do suborno é um costume mundano e fortemente pecaminoso. É um costume que não vem de Deus: Deus nos pediu para trazer o pão para casa com nosso trabalho honesto!» (Francisco)
«Segundo o desígnio de Deus, o homem e a mulher são vocacionados para ‘dominarem a terra’ (245) como 'administradores' de Deus. Esta soberania não deve ser uma dominação arbitrária e destruidora. A imagem do Criador, ‘que ama tudo o que existe’ (Sb 11, 24), o homem e a mulher são chamados a participar na Providência Divina em relação às outras criaturas. Daí a sua responsabilidade para com o mundo que Deus lhes confiou» (Catecismo da Igreja Católica, nº 373)
Fonte https://evangeli.net/
É preciso ser fiel até nas coisas mínimas da vida
HOMILIA
“Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes” (Lucas 16,10).
O segredo da vida é ser fiel em tudo aquilo que você faz. O segredo da vida é ser bom na presença e na ausência, nas coisas mínimas e nas coisas grandes. Quem não tem honestidade, bondade e verdade nas coisas mínimas da vida, como poderemos confiar a ela coisas maiores? É o que, muitas vezes, o pai ensina para o filho: “Meu filho, aprenda a administrar um real, dois reais, para que você possa, um dia, administrar quantias maiores”.
Muitas pessoas se perdem justamente nisso. Há pessoas que com 100 reais sabem administrar a vida apertada, e há quem tenha 100 mil reais no bolso e vive sempre devendo, vive sempre na penúria, vive sempre pendurado porque não aprendeu a administrar o pouco, e quando tem muito se lambuza.
É preciso ser fiel ou ser habilidoso nas coisas que parecem mínimas e até sem importância
Quem não cuida da sua cama assim que se levanta, quem não dobra a sua coberta, pode saber que não vai administrar bem o seu tempo nem o seu dia a dia. Você pode achar o mínimo: “É a minha cama. Ninguém vai ver”, mas você vai ver, é o lugar onde você vai deitar, você vai dormir. É por isso que eu digo: começar o dia bem é com oração e arrumando a cama. Se você deixar para depois, você vai se acostumar a ter sempre a sua cama bagunçada. E, uma vez ou outra, quando alguém está para chegar na sua casa, você corre para arrumar as coisas, de modo que a pessoa chega e tem que ficar lá na porta falando, porque ninguém pode entrar para ver a sua casa, pois as coisas não estão organizadas lá dentro, e também porque não estão organizadas dentro do seu próprio coração.
É preciso ser fiel ou ser habilidoso nas coisas que parecem mínimas e até sem importância. Não fazemos as coisas para sermos vistos pelos outros, fazemos e realizamos o bem, cuidamos bem para termos realmente fidelidade e sermos justos em tudo aquilo que realizamos.
A advertência do Evangelho de hoje é para termos cuidado, porque não há nada mais injusto na vida do que o dinheiro. O dinheiro é para uma pequena minoria se esbanjar dele e uma grande maioria padecer pela ausência dele. Então, precisamos administrar o dinheiro que é injusto, para um dia sabermos administrar aquilo que, justo, Deus vai nos dar. Não podemos servir a Deus e ao dinheiro, não podemos nos tornar escravos do dinheiro, porque ele é injusto. Temos que usar o dinheiro injusto para praticar o bem, para fazer a justiça, para reparar os males que muitas vezes o dinheiro, a falta dele ou o seu uso excessivo provoca na vida humana.
Há quem gaste, numa noite só, o que um trabalhador, às vezes, a vida inteira não ganha. Precisamos ter bom senso e equilíbrio, porque um dia teremos que prestar conta de tudo aquilo que fizemos nessa vida.
Deus abençoe você!
Fonte Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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