terça-feira, 4 de outubro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 11,5-13 - 06.10.2022

Liturgia Diária


6 – QUINTA-FEIRA 

27ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9.10s)


“Jesus Cristo crucificado” é o modelo de todo cristão. É nele que devemos crer; é a ele que precisamos seguir. Peçamos a graça de conhecer sempre mais a pessoa e os ensinamentos de Jesus e lhe sermos fiéis.


Evangelho: Lucas 11,5-13


Aleluia, aleluia, aleluia.


Abri-nos, ó Senhor, o coração / para ouvirmos a palavra de Jesus! (At 16,14) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’, 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate, se abrirá. 11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!” – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão  - Evangelho: Lucas 11,5-13

«O Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem»


+ Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM

(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho é uma catequese de Jesus a respeito da oração. Afirma solenemente que o Pai sempre a escuta: «Pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta» (Lc 11,9).


As vezes podemos pensar que a prática nos mostra que isso não sempre acontece, que não sempre age assim. É necessário rezar com as atitudes corretas!


A primeira é a constância, a perseverança. Devemos rezar sem nos desanimar nunca, no obstante nos pareça que nossa súplica bate com um rechaço, ou que não é escutada imediatamente. É a atitude daquele homem inoportuno que a meia noite vai lhe pedir um favor ao seu amigo. Com sua insistência recebe os pães que precisa. Deus é o amigo que escuta desde dentro a quem é constante. Havemos de confiar em que acabará por nos dar o que pedimos, porque além de ser amigo, é Pai.


A segunda atitude que Jesus nos ensina é a confiança e o amor dos filhos. A paternidade de Deus ultrapassa imensamente à humana, que é limitada e imperfeita: «Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu ... !» (Lc 11,13).


Terceira: Havemos de pedir principalmente o Espírito Santo e não somente coisas materiais. Jesus nos anima a pedi-lo, assegurando-nos que o receberemos: «...quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!» (Lc 11,13). Esta petição sempre é escutada. É como pedir a graça da oração, já que o Espírito Santo é sua fonte e origem.


O beato frade Gil de Asís, colega de São Francisco, resume a idéia de esse Evangelho quando diz: «Reze com fidelidade e devoção, porque uma graça que Deus não lhe deu uma vez, pode dá-la em outra ocasião. Por sua conta põe humildemente toda a mente em Deus e, Deus porá em você sua graça, conforme lhe praza».


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«A tua verdade disse que se chamarmos nos responderão, que se pedirmos, receberemos: — Ó Pai Eterno, os teus servos clamam. Responde-lhes!» (Santa Catalina de Sena)


«Quando precisamos de ajuda, Jesus não nos diz para nos resignarmos e fecharmo-nos em nós mesmos, mas para nos voltarmos para o Pai e Lhe pedirmos com confiança todas as nossas necessidades, desde aquelas que são mais evidentes e cotidianas» (Francisco)


«O Espírito Santo, que ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse, também a educa para a vida de oração, suscitando expressões que se renovam no âmbito de formas permanentes: bênção, petição, intercessão, acção de graças e louvor.» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2644)

Fonte https://evangeli.net/


A oração é atitude de relação com Deus

HOMILIA


A oração começa pela vontade e pela decisão de orar, pela atitude de nos colocarmos em oração na presença de Deus

“Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos’” (Lucas 11,1).


A súplica desse discípulo, pedindo ao Mestre Jesus que nos ensine como devemos orar, é a súplica do coração de cada um de nós e da nossa alma. Queremos nos relacionar com Deus, queremos falar com Ele, queremos escutá-Lo, mas, muitas vezes, não sabemos orar como convém e caímos numa prática que se tornou comum, simplesmente repetimos fórmulas, fazemos orações que já estão prontas. É claro que todas elas têm seu valor, sua importância, e são orações que nós aprendemos. Oração é, acima de tudo e antes de tudo, atitude de relação com Deus, é a decisão de um coração de um discípulo que quer falar com o Pai, que quer relacionar-se com Ele.


Os discípulos de Jesus viram como Ele se relacionava e falava com Seu Pai, como entrava em comunhão com Deus. Ele se dirigia ao Pai e o Pai a Ele. Os discípulos queriam aprender a fazer a mesma coisa! Nós, discípulos de Jesus, precisamos também querer buscar essa graça da oração, a graça de ter comunhão com Deus.


Podemos rezar e não fazer comunhão com Deus, porque, se na oração nos deixamos levar ou simplesmente cumprimos o que está escrito, os pensamentos não se elevam a Deus. É preciso, acima de tudo, deixar que o coração se eleve, que o coração saia das excitações do cotidiano, da vida presente, para colocar, diante do Sagrado, essa presença maravilhosa de Deus no meio de nós.


Toda oração começa dessa forma: “Pai, santificado seja o seu nome”. Na oração, santificamos Aquele que já é santo; elevamos, glorificamos e exaltamos, na nossa vida, o nome do Senhor Nosso Deus, glorificamos Aquele que é nosso Pai. A oração é, acima de tudo, uma atitude de deixar que Deus seja o primeiro, que Ele seja glorificado e exaltado na nossa vida e no nosso coração.


Chamar Deus de Pai é uma grande graça! Não é um título, mas, na verdade, a relação de um filho que se aproxima do seu pai e fala com Ele.


Irmãos e irmãs, oremos, peçamos ao Senhor a graça de nos dar um espírito orante, de comunhão com Deus, para que toda nossa vida seja direcionada na vontade de Deus, seja direcionada na relação com Ele. Não podemos ter outro caminho para nos relacionar com Deus a não ser pela oração.


A oração começa pela vontade e pela decisão de orar, pela atitude de nos colocar em oração na presença de Deus.


Cada vez que nos empenhamos em orar, mais a nossa comunhão com Deus cresce. Não há problema se não sabemos rezar, precisamos pedir a Jesus que nos ensine e, a cada dia, o Mestre nos coloca no caminho do Pai, no coração d’Ele, para nos relacionarmos com Ele.


Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

 

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Salmo

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