segunda-feira, 24 de outubro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 13,18-21 - 25.10.2022

Liturgia Diária


25 – TERÇA-FEIRA 

SANTO ANTÔNIO GALVÃO


PRESBÍTERO


(branco, pref. comum, ou dos pastores, – ofício da memória)



Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).


Antônio nasceu em 1739, no estado de São Paulo, e aí faleceu em 1822. Frei franciscano, testemunhou a doçura de Deus entre os homens, praticou a caridade e a bondade mediante o atendimento às confissões e o anúncio da Boa-nova aos pobres e enfermos. Foi canonizado pelo papa Bento 16 em 2007. Em comunhão com as comemorações do bicentenário de sua morte, disponhamo-nos a servir e praticar com lealdade o Evangelho.


Evangelho: Lucas 13,18-21


Aleluia, aleluia, aleluia.


Graças te dou, ó Pai, / Senhor do céu e da terra, / pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, / escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 13,18-21

«A que é semelhante o Reino de Deus»


+ Rev. D. Francisco Lucas MATEO Seco

(Pamplona, Navarra, Espanha)

Hoje, os textos da liturgia, mediante duas parábolas, põem diante de nossos olhos uma das características próprias do Reino de Deus: é algo que cresce lentamente - como um grão de mostarda - mas que chega a ser grande ao ponto de oferecer refúgio às aves do céu. Assim o manifestava Tertuliano: Somos de ontem e enchemos tudo!. Com essa parábola, Nosso Senhor exorta à paciência, à fortaleza e à esperança. Essas virtudes são particularmente necessárias a aqueles que se dedicam à propagação do Reino de Deus. É necessário saber esperar a que a semente plantada, com a graça de Deus e com a cooperação humana, vá crescendo, aprofundando suas raízes na boa terra y elevando-se pouco a pouco até converter-se em árvore. Faz falta, em primeiro lugar, ter fé na virtualidade -fecundidade-contida na semente do Reino de Deus. Essa semente é a Palavra; é também a Eucaristia, que se semeia em nós mediante a comunhão. Nosso Senhor Jesus Cristo se comparou a si mesmo com : verdade, em verdade vos digo; se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer produz muito fruto;(Jn 12,24).


O Reino de Deus prossegue Nosso Senhor, é semelhante, é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada (Lc 13,21). Também aqui se fala da capacidade que tem a levedura de fazer fermentar toda a massa. Assim sucede com : o resto de Israel, de que se fala no Antigo Testamento: o resto salvará e fermentará a todo o povo. Seguindo com a parábola, só é necessário que o fermento esteja dentro da massa, que chegue ao povo, que seja como o sal capaz de preservar da corrupção e de dar bom sabor a todo alimento (cf. Mt 5,13). Também é necessário dar tempo para que a levedura realize seu labor.


Parábolas que animam a paciência e a esperança; parábolas que se referem ao Reino de Deus e à Igreja, e que se aplicam também ao crescimento deste mesmo Reino em cada um de nós.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Confiança e fé viva guardam a alma, pois quem acredita e espera alcançará todas as coisas» (Santa Teresinha do Menino Jesus)


«A vitória do Senhor é certa, o seu amor fará crescer cada semente do bem presente na terra» (Francisco)


«(...) É justo e bom orar para que a vinda do Reino da justiça e da paz influencie a marcha da história; mas também é importante levedar pela oração a massa das humildes situações quotidianas (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.660)


A SEMENTE DE MOSTARDA E O FERMENTO Lc 13,18-21

HOMILIA


Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo então eles tinham mais dificuldade de entender, e às vezes se confundiam.


Hoje, Ele se desafia. Com que poderei comparar o Reino dos Céus? Primeiro Ele compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme… E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar aonde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados… e mesmo quando vem o lenhador e corta o seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.


A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com 3 porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto… Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa. E eu fico imaginando aquelas mulheres, quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão. A farinha é o nosso ser, e o fermento é o Amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual. Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual, sem áreas deformadas pela falta do fermento.


Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus, e desejar, com todas as forças, fazer parte dele.


Senhor, faça com que eu seja instrumento de seu Reino para que ele chegue à todas as pessoas, sem exceção, mormente aos pobres e marginalizados.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

 

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