Liturgia Diária
9 – DOMINGO
6º DA PÁSCOA
(branco, glória, creio – 2ª semana do saltério)
Anunciai com gritos de alegria, proclamai até os extremos da terra: o Senhor libertou o seu povo, aleluia! (Is 48,20)
A alegria de Jesus está em nós, por sabermos que Deus nos ama e nos deu a conhecer sua Palavra e sua salvação. Como comunidade de batizados, somos convidados a permanecer unidos no amor de Cristo, nossa Páscoa. Animados pelo Espírito Santo, celebremos esta Eucaristia em comunhão com todas as mães, neste dia a elas dedicado.
Evangelho: João 15,9-17
Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama realmente guardará minha palavra, / e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isso para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: João 15,9-17
«Eu vos chamo amigos»
Rev. D. Francesc CATARINEU i Vilageliu
(Sabadell, Barcelona, Espanha)
Hoje, celebramos o último Domingo antes das solenidades da Ascensão e Pentecostes, que encerram a Páscoa. Se, ao longo destes Domingos, Jesus ressuscitado se manifestou como o Bom Pastor e a videira a quem há que estar unido como os sarmentos, hoje abre-nos de par em par o seu Coração.
Naturalmente, no seu Coração só encontramos amor. O que constitui o mistério mais profundo de Deus é que é Amor. Tudo o que fez desde a criação até a redenção é por amor. Tudo o que espera de nós como resposta à sua acção é amor. Por isso, as suas palavras ressoam hoje: «Permanecei no meu amor» (Jo 15,9). O amor pede reciprocidade, é como um diálogo que nos faz corresponder com um amor crescente ao seu amor primeiro.
Um fruto do amor é a alegria: «Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós» (Jo 15,11). Se nossa vida não reflecte a alegria de acreditar, se nos deixamos afogar pelas contrariedades sem ver que o Senhor também está aí presente e nos consola, é porque não conhecemos Jesus suficientemente.
Deus sempre toma a iniciativa. Dizemo-lo expressamente ao afirmar que «fui eu que vos escolhi» (Jo 15,16). Sentimos a tentação de pensar que escolhemos, mas não fizemos nada mais que responder a um chamamento. Escolheu-nos gratuitamente para sermos amigos: «Já não vos chamo servos, (...); Chamo-vos amigos» (Jo 15,15).
Nos começos, Deus fala com Adão como um amigo fala com seu amigo. Cristo, novo Adão, recuperou-nos não apenas a amizade anterior, mas a intimidade com Deus, já que Deus é Amor.
Tudo se resume nesta palavra: “amar”. Recorda-nos Sto. Agostinho: «O Mestre bom recomenda-nos tão frequentemente a caridade como o único mandamento possível. Sem a caridade todas as outras boas qualidades não servem para nada. A caridade, em efeito, conduz o homem necessariamente a todas as outras virtudes que o fazem bom».
Fonte https://evangeli.net/
O MANDAMENTO DO PAI Jo 15,9-17
HOMILIA
Jesus continua se despedindo dos seus discípulos. No texto de hoje ele insiste que permaneçamos no Seu amor. E propõe como mandamento novo o amor. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.
Assim como Ele por amor se tornou nosso amigo de verdade, assim nos convida a fazer o mesmo. Que todos continuemos unidos à Ele por meio do Seu próprio amor. E nele e por ele, a sermos amigos uns dos outros, a amar-nos uns aos outros. E é importante lembrar que amar uns aos outros não é apenas em palavras.
A iniciativa, porém, é de Jesus: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi”. A afirmação se refere à proposta mais do que ao mandamento. Isto é: o amor partiu de mim, não de vocês. Desse amor se desprende a vitalidade e a amplidão da sua missão. Baseada nisso, a resposta dos discípulos se torna fecunda em frutos duradouros. Assim como os discípulos, a nossa oração ao Pai também será ouvida, porque é feita em nome de Cristo, isto é, na circulação desse seu amor-dom, e não na estreiteza egoísta das nossas visões e intenções. Por isso, precisamos acolher o apelo de São Tiago 2,17: se alguém tivesse o dom da profecia, falasse a língua dos anjos, penetrasse todos os mistérios, tivesse toda a fé ao ponto de transportar montanhas, desse seu corpo para ser queimado em praça pública ou distribuísse toda sua fortuna entre os pobres, se não tivesse caridade, nada disso lhe serviria. Portanto exige-se de todos nós sermos cristãos de verdade.
Precisamos estabelecer uma relação VERTICAL, assim como abraça seu irmão que está ao seu lado na HORIZONTAL, formando uma cruz. O Cristão é uma pessoa diferente, porque tem um sorriso sincero, sua forma de agir e reagir é autêntica. Sem exageros, sem bajulações, sem falsidade, sem nenhum interesse, sem medir esforço quando vai prestar uma ajuda, sempre correto nas suas considerações ou avaliações. O seu “NÃO” é sempre um “não”. E o seu “SIM” é sempre um “sim”, pois nunca promete o que não pode cumprir. Ou seja, é aquele verdadeiro amigo não apenas da hora da festa, mas também da hora do velório. Ele é parecido com os nossos pais. Ele observa nossos defeitos, nos alerta sobre os mesmos, mas em seguida nos perdoa, pois nos aceita como nós somos na realidade, mas não poupa esforço para nos ajudar e nos corrigir. O cristão é aquele que sempre deseja para o outro o mesmo que deseja para si, não se preocupando com lucro, ou glória pessoal. Ser cristão é tentar imitar a Cristo, seguindo seus ensinamentos. Ser cristão é estar na amizade com Cristo. Mas, sem querer guardar Cristo só para si. Pois o Cristão de verdade é aquele que leva Cristo até o seu irmão através de bons exemplos, através da explicação da mensagem de Jesus, através da correção fraterna e de mãos estendidas.
É amando o próximo como a nós mesmos que estaremos cumprindo o mandamento do amor de Deus.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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