quinta-feira, 1 de abril de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 20,19-31 - 11.04.2021

Liturgia Diária


11 – DOMINGO  

2º DA PÁSCOA


(branco, glória, creio, prefácio da Páscoa I – 2ª semana do saltério)



Como crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia! (1Pd 2,2)


Neste domingo da misericórdia divina, acolhemos o dom do Espírito Santo e da paz e damos graças ao Senhor, porque sua misericórdia é eterna. O Ressuscitado está presente na assembleia que se dispõe a viver como um só coração e uma só alma. Deixemo-nos animar por ele, a fim de superarmos o medo e lhe darmos nossa resposta de fé e de amor.


Evangelho: João 20,19-31


Aleluia, aleluia, aleluia.


Acreditaste, Tomé, porque me viste. / Felizes os que creram sem ter visto! (Jo 20,29) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” 30Jesus realizou muitos outros sinais, diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. – Palavra da salvação.

Fontehttps://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 20,19-31

«Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados»


Rev. D. Joan Ant. MATEO i García

(Tremp, Lleida, Espanha)

Hoje, segundo Domingo da Páscoa, completamos a oitava deste tempo litúrgico, uma das oitavas —juntamente com a do Natal— que a renovação litúrgica do Concílio Vaticano II manteve. Durante oito dias, contemplamos o mesmo mistério a aprofundamo-lo à luz do Espírito Santo.


Por desígnio do Papa João Paulo II, a este Domingo chama-se o Domingo da Divina Misericórdia. Trata-se de algo que vai muito mais além de uma devoção particular. Como explicou o Santo Padre na sua encíclica Dives in misericordia, a Divina Misericórdia é a manifestação amorosa de Deus em uma história ferida pelo pecado. A palavra “Misericórdia” tem a sua origem em duas palavras: “Miséria” e “Coração”. Deus coloca a nossa miserável situação devida ao pecado no Seu coração de Pai, que é fiel aos Seus desígnios. Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é a suprema manifestação e atuação da Divina Misericórdia. «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16) e entregou-O à morte para que fossemos salvos. «Para redimir o escravo sacrificou o Filho», temos proclamado no Pregão pascal da Vígilia. E, uma vez ressuscitado, constituiu-O em fonte de salvação para todos os que crêem nele. Pela fé e pela conversão, acolhemos o tesouro da Divina Misericórdia.


A Santa Madre Igreja, que quer que os seus filhos vivam da vida do Ressuscitado, manda que —pelo menos na Páscoa— se comungue na graça de Deus. A cinquentena pascal é o tempo oportuno para cumprir esta determinação. É um bom momento para confessar-se, acolhendo o poder de perdoar os pecados que o Senhor ressuscitado conferiu à sua Igreja, já que Ele disse aos Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo. Áqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados» (Jo 20,22-23). Assim iremos ao encontro das fontes da Divina Misericórdia. E não hesitemos em levar os nossos amigos a estas fontes de vida: à Eucaristia e à Confissão. Jesus ressuscitado conta conosco.

Fonte https://evangeli.net/


MEU SENHOR E MEU DEUS - Jo 20,19-31

HOMILIA


No texto anterior ao de hoje, a Maria Madalena trouxe a notícia da Ressurreição aos discípulos incrédulos. Agora é o próprio Jesus que aparece a eles. Não há reprovação nem queixa nas suas palavras, apesar da infidelidade de todos eles, mas somente a alegria e a paz que já tinha prometido no último discurso. Duas vezes Jesus proclama o seu desejo para a comunidade dos seus discípulos – “A paz esteja com vocês”.


O nosso termo “paz” procura traduzir – embora duma maneira inadequada – o termo hebraico “Shalom!”, que é muito mais do que “paz” conforme o nosso mundo a compreende. O “Shalom” é a paz que vem da presença de Deus, da justiça do Reino, e não das armas.


Jesus não promete a paz do comodismo, mas pelo contrário, envia os seus discípulos na missão árdua em favor do Reino, mas promete o Shalom, pois ele nunca abandonará quem procura viver na fidelidade ao projeto de Deus. Jesus soprou sobre os discípulos, como Deus fez sobre Adão quando infundiu nele o espírito de vida; Jesus os recria com o Espírito Santo.


Normalmente imaginamos o Espírito Santo descendo sobre os discípulos em Pentecostes, como Lucas descreve em Atos, mas aquilo era a descida oficial e pública do Espírito para dirigir a missão da Igreja no mundo. Para João, o dom do Espírito, que da sua natureza é invisível, flui da glorificação de Jesus, da sua volta ao Pai. O dom do Espírito neste texto tem a ver com o perdão dos pecados.


Mais uma vez, num domingo, Jesus aparece aos discípulos. Esta vez, Tomé está presente.


Em tomé quero ver você quando diante dos sofrimentos e tribulações da vida vacila. Quando divida do poder do Cristo Ressuscitado. Todavia, como fez e disse à Tomé também faz e diz para nós. Primeiro fortalece a nossa fé e depois nos torna felizes, por acreditarmos sem O termos visto: “ Felizes os que acreditam sem Me terem visto”.


Essa é muitas vezes a realidade da nossa fé – acreditar contra todas as aparências que o bem é mais forte do que o mal, a vida do que a morte, o Shalom do que a prepotência! Somente uma fé profunda e uma experiência da presença do Ressuscitado vai nos dar essa firmeza.


Tomé confessa Jesus nas palavras que o Salmista usa para Javé, Sl 35,23. No primeiro capítulo do Evangelho de João, os discípulos deram a Jesus uma série de títulos que indicaram um conhecimento crescente de quem ele era; aqui Tomé lhe dá o título final e definitivo – Jesus é Senhor e Deus!


Essa deve ser a minha e a sua atitude. Confessar plenamente que Jesus é o Senhor. Ele o Príncipe da Paz.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

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