sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 1,14-20 - 11.01.2021

 Liturgia Diária


11 – SEGUNDA-FEIRA  

1ª SEMANA COMUM


(verde – ofício do dia da 1ª semana do saltério)



Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo poder é eterno.


Jesus Cristo é o centro para o qual convergem todo o universo e também nossa caminhada, neste início do Tempo Comum. Peçamos ao Senhor a graça de segui-lo com uma vida que lhe seja agradável.


Evangelho: Marcos 1,14-20


Aleluia, aleluia, aleluia.


Convertei-vos e crede no Evangelho, / pois o Reino de Deus está chegando! (Mc 1,15) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” 16E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17Jesus lhes disse: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. 19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai, Zebedeu, na barca com os empregados e partiram, seguindo Jesus. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 1,14-20

«Convertei-vos e crede na Boa Nova»


Rev. D. Joan COSTA i Bou

(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos convida à conversão. «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho» (Mc 1,15). Converter-se, a que?; Melhor seria dizer, a quem? A Cristo! Assim o expressou: «Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim» (Mt 10,37).


Converter-se significa acolher agradecidos o dom da fé e fazê-lo operativo pela caridade. Converter-se quer dizer reconhecer a Cristo como único senhor e rei de nossos corações, dos que pode dispor. Converter-se implica descobrir Cristo em todos os acontecimentos da história humana, também da nossa pessoal, consciente de que Ele é a origem, o centro e o fim de toda história, e que por Ele tudo foi redimido e Nele alcança sua plenitude. Converter-se supõe viver de esperança, porque Ele venceu o pecado, o maligno e a morte, e a Eucaristia é a garantia.


Converter-se comporta amar a Nosso Senhor por acima de tudo aqui na terra, com todo nosso coração, com toda nossa alma e com todas nossas forças. Converter-se pressupõe entregar-lhe nosso entendimento e nossa vontade, de tal maneira que nosso comportamento faça realidade o lema episcopal do Santo Papa, João Paulo II, Totus tuus, quer dizer, Todo teu, Deus meu; e todo é: tempo, qualidades, bens, ilusões, projetos, saúde, família, trabalho, descanso, tudo. Converter-se requer, então, amar a vontade de Deus em Cristo acima de tudo e gozar, agradecidos, de tudo o que acontece de parte de Deus, inclusive contradições, humilhações, doenças, e descobri-las como tesouros que nos permitem manifestar mais plenamente nosso amor a Deus: si Você o quer assim, eu também o quero!


Converter-se pede, assim, como os apóstolos Simão, André, Jaime e João, deixar «imediatamente as redes» e ir-se com Ele (cf. Mc 1,18), uma vez ouvida a sua voz. Converter-se é que Cristo seja tudo em nós.

Fonte http://evangeli.net/


JESUS COMEÇA O SEU TRABALHO NA GALILÉIA Mc 1,14-20

HOMILIA


Marcos situa rapidamente o contexto em que aparece o programa de Jesus, sintetizado pela primeira declaração do Mestre nesse evangelho. Temos uma vaga indicação de tempo (“Depois que João Batista foi preso”) e de lugar (“Jesus foi para a Galiléia”. O mensageiro de Jesus foi preso. Marcos dirá mais adiante quais os motivos da prisão do Batista e as razões que o levaram à morte (cf. 6,17ss). Esse dado é importante. O mensageiro de Jesus mexeu com os interesses e privilégios dos poderosos. O que irá acontecer com Jesus? Aos poucos o evangelho mostrará que Jesus, “o forte” (1,7), não se deixa amedrontar pelos poderosos, vencendo os mecanismos que geram morte para o povo. A Galiléia é o lugar social onde Jesus inicia sua atividade. Essa região era sinônimo de marginalidade, lugar de gente sem valor e impura. É no meio dessa gente e a partir dela que Jesus anuncia seu programa de vida: “O tempo já se cumpriu e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no evangelho”. Depois que ressuscitou, o Mestre convida os discípulos a descobri-lo vivo na Galiléia, sinal de que a prática de Jesus em nada difere da dos que o desejam seguir.


O programa de Jesus (v. 15) consta de três momentos. Em primeiro lugar, ele anuncia que “o tempo já se cumpriu”. A espera da libertação chegou ao fim. Deus está presente em Jesus, atuando seu projeto de liberdade e vida. O caminho de Deus e o caminho dos marginalizados são uma coisa só. O desejo expresso em Is 63,19 (“Quem dera rasgasses o céu para descer!”) se cumpriu, pois com Jesus o céu se rasgou (cf. Mc 1,10) e o Deus invisível se tornou gente no meio dos empobrecidos. Fez-se pobre como eles.


Em segundo lugar, Jesus anuncia que “o Reino de Deus está próximo”. Deus tomou a decisão de reinar. Por que o Reino de Deus está próximo? Porque a realeza de Deus vai tomando corpo através dos atos libertadores que Jesus realiza ao longo do evangelho. Está sempre próximo também mediante a prática dos seus discípulos, aos quais confiou a continuação daquilo que anunciou e fez. O Reino é uma realidade dinâmica. Refazendo a prática de Jesus no tempo, as pessoas e as comunidades vão abrindo espaços para que o Reino se torne realidade.


Em terceiro lugar, Jesus diz: “Convertam-se e creiam no evangelho!” Conversão é sinônimo de adesão à prática de Jesus. A libertação esperada, o céu rasgado, de nada adiantariam se as pessoas que anseiam pela libertação continuassem amarradas aos esquemas que mantêm uma sociedade desigual e discriminadora. O Evangelho de Marcos é apenas o início da Boa Notícia da libertação trazida por Jesus (cf. 1,1). Ela se tornará realidade mediante o compromisso das pessoas e comunidades que dizem sim ao Mestre.


Os versículos do 16 a 20 mostram o sim de algumas pessoas à Boa Notícia trazida por Jesus. A vocação de Simão e André, Tiago e João (bem como a de Levi em 2,13-14) é apenas um sinal do que acontece com todas as pessoas que, em qualquer tempo e lugar, sentem necessidade de mudança na sociedade. Marcos não se preocupou em detalhar a vocação de todos os discípulos (e nisso foi imitado pelos evangelistas que vieram depois dele). O que acontece com alguns deles serve de medida para os demais.


Jesus escolhe pessoas simples e as chama a partir da realidade do dia-a-dia. Simão e André, Tiago e João são trabalhadores que ganham a vida pescando. (Levi está sentado na coletoria de impostos, cf. 2,14.) Não importa se o que fazem é honesto ou desonesto. O apelo é igual para todos, e a resposta é imediata: “Eles deixaram imediatamente as redes e seguiram a Jesus… Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo a Jesus… Levi se levantou e o seguiu” .


O apelo feito a Simão e André vale para todos os discípulos: “Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens”. A frase de Jesus recorda Jeremias 16,16: Enviarei numerosos pescadores para pescá-los. Aí se fala do julgamento de Javé sobre a sociedade idólatra. A frase recorda também o chamado de Eliseu (cf. 1Rs 19,19-21). Ser “pescador de homens”, portanto, é ser profeta do Reino à semelhança de Jeremias e Eliseu. Não é possível seguir a Jesus sem um mínimo daquele espírito profético inconformado com a situação vivida pelo povo. Os que não se conformam e lutam para mudar as situações, provocam o julgamento de Deus na história. São essas as pessoas que Jesus procura e chama.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Segunda Leitura

Salmo

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Santo do dia

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