Liturgia Diária
4 – QUINTA-FEIRA
4ª SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor (Sl 105,47).
Cada assembleia cristã é comunhão misteriosa com os santos de todos os tempos e, sobretudo, com Cristo, mediador da Nova Aliança. Celebremos, com fé e gratidão, o Senhor, que nos chama a levar a todos seu amor.
Evangelho: Marcos 6,7-13
Aleluia, aleluia, aleluia.
Convertei-vos e crede no Evangelho, / pois o Reino de Deus está chegando! (Mc 1,15) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 7Jesus chamou os Doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. 9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés como testemunho contra eles!” 12Então os Doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Marcos 6,7-13
«De onde lhe vem isso? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E esses milagres realizados por suas mãos?»
Rev. D. Miquel MASATS i Roca
(Girona, Espanha)
Hoje o Evangelho nos mostra como Jesus via à sinagoga de Nazaré, o lugar onde ele tinha sido criado. O sábado é o dia dedicado ao Senhor e os judeus se reúnem para escutar a Palavra de Deus. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. (cf. Mc 1,22).
Deus nos fala também hoje mediante a Escritura. Na sinagoga se lêem as Escrituras e, depois, um dos entendidos se ocupava de comentá-las, mostrando seu sentido e a mensagem que Deus quer transmitir através delas. Atribui-se a Santo Agostinho a seguinte reflexão: «Assim como em oração nós falamos com Deus, na leitura é Deus quem nos fala».
O fato de que Jesus, Filho de Deus, seja conhecido entre seus concidadãos por seu trabalho, nos oferece uma perspectiva insuspeitada para nossa vida ordinária. O trabalho profissional de cada um de nós é meio de encontro com Deus e, portanto, realidade santificável e santificadora. Com palavras de São Josémaria Escrivá: «Vossa vocação humana é parte, e parte importante, de vossa vocação divina. Esta é a razão pela qual devemos santificá-lo contribuindo ao mesmo tempo, à santificação dos outros, de vossos semelhantes, santificando vosso trabalho e vosso ambiente: essa profissão ou oficio que enche vossos dias, que dá fisionomia peculiar a vossa personalidade humana, que é vossa maneira de estar no mundo; esse lar, essa vossa família; e essa nação, em que nascestes e a que amas».
Acaba a passagem do Evangelho dizendo que Jesus «Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Admirava-se ele da desconfiança deles. E ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas» (Mc 6,5-6). Também hoje o Senhor nos pede mais fé Nele para realizar coisas que superam nossas possibilidades humanas. Os milagres manifestam o poder de Deus e a necessidade que temos Dele na nossa vida de cada dia.
Fonte http://evangeli.net/
DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS Mc 6,7-13
HOMILIA
O chamado e consequentemente o envio é uma tarefa que não se pode realizar no individualismo. O chamado é pessoal, a resposta também, mas o ministério, o serviço deve ser entendido numa dimensão comunitária. Pois a igreja é mistério de comunhão. E para que os apóstolos entendessem isso, Ele os envia em missão, dois a dois, colocando como centro vida em comunidade na ação missionária. Este foi o espírito do Concílio Vaticano II: A missão na Igreja-comunhão.
A comunhão entre os fiéis em seus vários estados e estilos de vida faz com que a Igreja se sinta por dentro da missão de Jesus.
Para Marcos no Evangelho de hoje a missão dos Doze, portanto da Igreja hoje, é a mesma missão de Jesus. Cristo nos envia a pregar o Evangelho, a penitência, expulsar os demônios e a curar todas as enfermidades.
Em São Tiago, em lugar dos Doze estão os presbíteros que são os cooperadores na missão dos Doze e em lugar do envio direto de Jesus temos a unção em nome do Senhor, isto é, de Cristo glorioso no Céu. Em nossos dias os cooperadores, os enviados em missão somos todos nós. Leigos ou clérigos. Cristo nos unge e envia em issão para que todos os homens conheçam a verdade e se salvem.
Ele nos pede ao nos enviar, a comunhão, simbolizada pelo envio de dois em dois. Que sejamos despojados de riquezas, ganância, orgulho, avareza e vaidade: nada tomar para o caminho, exceto um bastão, a coerência em uma conduta simples e humilde: não andeis de casa em casa, em uma conduta regida pela liberdade de espírito se em algum lugar não os receberem, sair e sacudir o pó dos vossos pés.
Ele ainda nos adverte: Assim como as palavras de Jesus não foram bem acolhidas até pelos próprios parentes, assim também os Doze na missão encontrarão dificuldades. Como não acolheram nem escutaram a Jesus, assim algumas vezes também não escutarão aos Doze. Quanto falo dos doze falo de mim, falo de ti. Mas é preciso não perder o fôlego. É preciso que tenhamos bem presente que com Cristo e em Cristo nós somos mais do que vencedores.
Segundo João Paulo II na Exortação Apostólica Redemptoris Missio, a missão confiada à Igreja está muito longe de ser atingida. Estas palavras podem ser pronunciadas em cada geração e em cada época histórica, porque é necessário estar sempre começando.
A única coisa que nesta hora de Deus não podemos fazer é cruzarmos os braços, estar sem fazer nada. Seria uma postura irresponsável e indigna de um bom cristão!
Livres para a missão. Para sermos “missionários” precisamos ser livres. Livres para aceitar esta dimensão própria da vocação cristã. Livres para responder a Deus com generosidade, sem laços de instintos e paixões egoístas; livres para seguir docilmente as luzes e os movimentos do Espírito Santo dentro de nós mesmos.
Precisamos ser livres de todo apego aos bens e meios materiais, para nos apresentarmos com o evangelho puro, sem alterações, livres de todo orgulho e ânsia de poder, com a consciência clara de que somos servidores do homem.
Precisamos estar equipados somente com um grande amor a Jesus Cristo, nosso modelo; equipados com o Evangelho feito vida; equipados com a confiança em Deus e com a esperança na ação do Espírito Santo no coração dos homens.
Como cristãos somos chamados a abrir caminhos que para, pelo e por amor rompam as cercas levantadas pelo sistema do poder, que gera ódio, vingança, injustiças, fome e morte de todos os homens e mulheres. E nesta luta não temos dia nem horas. O nosso Guia nos disse: Meu Pai trabalha todos os dias e eu também trabalho. Assim, sendo, não temos que procurar descanso, a não saber que fazemos a santa vontade de Deus.
Senhor Jesus ensinai-me a ser generoso, a servir-Vos como Vós o mereceis. A dar-me sem medias, a combater se cuidar das feridas. A trabalhar sem procurar descanso. A gastar-me sem esperar outra recompensa. Senão saber que faço a vossa vontade santa. Amén!
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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