terça-feira, 22 de dezembro de 2020

LIURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22.39-40 - 27.12.2020

 Liturgia Diária


27 – DOMINGO  

SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ


(branco, glória, creio, prefácio do Natal – ofício da festa)



Vieram apressados os pastores e encontraram Maria com José, e o menino deitado no presépio (Lc 2,16).


Neste último domingo do ano civil, celebramos com alegria a festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Felizes por procurarmos trilhar os caminhos do Senhor, acolhamos os valores deixados pela família de Nazaré. Também tenhamos presentes as dificuldades enfrentadas pelas nossas famílias, em consequência da pandemia.


Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22.39-40


[A forma breve está entre colchetes.]


Aleluia, aleluia, aleluia.


Que a paz de Cristo reine em vossos corações / e ricamente habite em vós sua Palavra! (Cl 3,15s) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – [22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor.] 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos -, como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29″Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. [39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.] – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22.39-40

«Levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor»


Rev. D. Joan Ant. MATEO i García

(Tremp, Lleida, Espanha)

Hoje, celebramos a festa da Sagrada Família. O nosso olhar vira-se para o centro de Belém —Jesus— para contemplar perto Dele a Maria e a José. O filho eterno do Pai passa da família eterna, que é a Santíssima Trindade, à família terrena formada por Maria e José. Como deve ser importante a família aos olhos de Deus quando a primeira coisa que procura para o seu Filho é uma família!


João Paulo II, na sua Carta apostólica O Rosário da Virgem Maria, voltou a destacar a importância capital que tem a família como fundamento da Igreja e da sociedade humana e pediu-nos que rezássemos pela família e que rezássemos em família o Santo Rosário para revitalizarmos essa instituição. Se a família estiver bem, a sociedade e a Igreja estarão bem.


O Evangelho de hoje diz-nos que o Menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria. Jesus encontrou o calor de uma família que se ia construindo através das suas reciprocas relações de amor. Que bonito e proveitoso seria se nos esforçássemos mais e mais por construir a nossa família!: com espírito de serviço e de oração, com amor mutuo, com uma grande capacidade de compreender e de perdoar. Gostaríamos —como na casa de Nazareth— o céu e a terra! Construir a família é hoje uma das tarefas mais urgentes. Os pais, como recordava o Concilio Vaticano II, tem aí um papel insubstituível: «É dever dos pais criar um ambiente de família animado pelo amor e pela piedade para com Deus e para com os homens, e que favoreça uma educação integra a nível pessoal e social dos seus filhos». Na família aprende-se o mais importante: a ser pessoas.


Por fim, falar de família para os cristãos é falar da Igreja. O Evangelista S. Lucas diz-nos que os pais de Jesus o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor. Aquela oferenda era a figura da oferenda sacrificial de Jesus ao Pai, fruto da qual nascemos cristãos. Considerar esta gozosa realidade nos abrirá a uma maior fraternidade e nos levará a amar mais a Igreja.

Fonte http://evangeli.net/



MEUS OLHOS VIRAM A SALVAÇÃO Lc 2,22-40

HOMILIA


A liturgia de apresentação evidenciou os dois grandes eixos da existência de Jesus: sua humanidade e sua divindade. Fora apresentado o homem Jesus, com todas as suas características socioculturais e familiares, em sua fragilidade de recém-nascido, na pobreza de seus pais, inferiorizado, em termos religiosos, por ser galileu. No menino Jesus, expressou-se a humanidade, de forma irrestrita. Ele não fora poupado em nada, ao aceitar encarnar-se na história humana.


A narrativa de Lucas é envolvida pelo tema da contradição. Por um lado, Lucas acentua o empenho dos pais de Jesus em inseri-lo nas observâncias legais. Por cinco vezes é dito que tudo era feito conforme Lei. Porém, na profecia de Simeão, o menino será um sinal de contradição. Quem era conduzido pelos pais na observância da Lei, crescendo em sabedoria e graça, será o profeta que denuncia a opressão da Lei e a corrupção do Templo, proclamando a libertação e a bem-aventurança dos pobres. O amadurecimento no amor liberta e cria novas relações justas e fraternas entre homens e mulheres.


Fiéis às tradições religiosas do povo, Maria e José cumpriram o rito de apresentação do filho primogênito. Este gesto simples revestiu-se de simbolismo. Quem tinha sido levado ao templo, mais que filho de Maria e José, era o Filho de Deus.


Entretanto, ao consagrá-lo a Deus e fazendo-o, daí em diante, pertencer-lhe totalmente, a liturgia evidenciava a divindade de Jesus. Aquele menino indefeso pertencia inteiramente a Deus, em quem sua existência estava enraizada. Era o Filho de Deus. Por isso, no templo, estava em sua própria casa. Suas palavras e ações seriam a manifestações do amor de Deus. Por meio dele, seria possível chegar até Deus. Uma vez que podia ser contemplada em sua pessoa, sua divindade fazia-se palpável na história humana. Assim se explica por que Simeão viu a salvação de Deus.


Embora esta festa de 2 de fevereiro caia fora do tempo de Natal, é parte integrante do relato de Natal. É uma faísca do Natal, é uma epifania do quadragésimo dia.


É uma festa antiqüíssima de origem oriental. A Igreja de Jerusalém já a celebrava no século IV. Era celebrada aos quarenta dias da festa da epifania, em 14 de fevereiro. A peregrina Eteria, que conta isto em seu famoso diário, acrescenta o interessante comentário de que se “celebrava com a maior alegria, como se fosse páscoa”‘. De Jerusalém, a festa se propagou para outras igrejas do Oriente e do Ocidente. No século VII, se não antes, havia sido introduzida em Roma. A procissão com velas se associou a esta festa. A Igreja romana celebrava a festa quarenta dias depois do natal.


A festa da Apresentação celebra uma chegada e um encontro; a chegada do Salvador esperado, núcleo da vida religiosa do povo, e as boas-vindas concedidas a ele por dois representantes dignos da raça eleita, Simeão e Ana. Por sua proveta idade, estes dois personagens simbolizam os séculos de espera e de fervoroso anseio dos homens e mulheres devotos da antiga aliança. Na realidade, representam a esperança e o anseio da raça humana.


A procissão representa a peregrinação da própria vida. O povo peregrino de Deus caminha penosamente através deste mundo do tempo, guiado pela luz de Cristo e sustentado pela esperanças de encontrar finalmente ao Senhor da glória em seu reino eterno. O sacerdote diz na benção das velas: “Que quem as levas para enaltecer tua glória caminhemos no caminho de bondade e vamos à luz que brilha para sempre”.


A vela que levamos em nossas mãos lembra a vela de nosso batismo. E o sacerdote diz: ” guardem a chama da fé viva em seus corações. Que quando o Senhor vier saiam a seu encontro com todos os santos no reino celestial”. Este será o encontro final, a apresentação , quando a luz da fé se converter na luz da glória. Então será a consumação de nosso mais profundo desejo, a graça que pedimos na pós-comunhão da missa.


Por estes sacramentos que recebemos, enche-nos com tua graça, Senhor, tu que encheste plenamente a esperança de Simeão; e assim como não o deixaste morrer sem ter segurando Cristo nos braços, concede a nós, que caminhamos ao encontro do Senhor, merecer o prêmio da vida eterna.


Ó Maria, Mãe de Cristo e nossa Mãe, agradecemos-te o cuidado com que nos acompanhas ao longo do caminho da vida, enquanto te pedimos: neste dia volta a apresentar-nos a Deus, nosso único bem, a fim de que a nossa vida, consumida pelo Amor, seja um sacrifício vivo, santo e do seu agrado.


Assim seja!


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

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Santo do dia


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