sábado, 19 de dezembro de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 1,67-79 - 24.12.2020

 Liturgia Diária


24 – QUINTA-FEIRA  

4ª SEMANA DO ADVENTO


(roxo, pref. do Advento II, – ofício do dia)



Eis que já veio a plenitude dos tempos, em que Deus mandou à terra o seu Filho (Gl 4,4).


Eis o momento de reconciliação e harmonia entre todos, pois estamos às vésperas de receber nosso Salvador. Celebremos com alegria a vinda de Jesus para o meio de nós.


Evangelho: Lucas 1,67-79


Aleluia, aleluia, aleluia.


Ó sol da manhã, ó sol de justiça, da eterna luz esplendor: / oh, vinde brilhar para o povo sentado na sombra da morte! – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 67Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo, profetizou, dizendo: 68″Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque a seu povo visitou e libertou. 69Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de seu servo Davi, 70como tinha prometido desde outrora, pela boca de seus santos profetas, 71para nos salvar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam. 72Ele usou de misericórdia para com nossos pais, recordando-se de sua santa Aliança 73e do juramento que fez a nosso pai Abraão, para conceder-nos 74que, sem temor e libertos das mãos dos inimigos, nós o sirvamos 75com santidade e justiça, em sua presença, todos os nossos dias. 76E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos, 77anunciando ao seu povo a salvação pelo perdão dos seus pecados. 78Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará, 79para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte e dirigir nossos passos no caminho da paz”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 1,67-79

«Que envia o sol nascente do alto para nos visitar, para iluminar os que estão nas trevas»


Rev. D. Ignasi FABREGAT i Torrents

(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho recolhe o cântico de louvor de Zacarias após o nascimento do seu filho. Na primeira parte, o pai de João dá graças a Deus, na segunda parte os seus olhos voltam-se para o futuro. Todo ele propaga alegria e esperança ao reconhecer a ação salvadora de Deus para com Israel, que culmina na vinda do próprio Deus encarnado, preparada pelo filho de Zacarias.


Já sabemos que Zacarias tinha sido castigado por Deus devido à sua incredulidade. Porém, agora quando a ação divina se manifesta totalmente na sua própria carne – pois recupera a fala — exclama aquilo que até então não podia dizer senão com o coração; e certamente que o dizia: «Bendito seja o Senhor, Deus de Israel … (Lc 1,68). Quantas vezes vemos as coisas de forma obscura, negativa, pessimista! Se tivéssemos a visão sobrenatural que Zacarias demonstra no Canto do Benedictus, viveríamos permanentemente com alegria e esperança.


«O Senhor está próximo; o Senhor já está aqui!» O pai do Percursor está consciente de que a vinda do Messias é, acima de tudo, luz. Uma luz que ilumina os que vivem na obscuridade, nas sombras da morte, ou seja, nós próprios! Oxalá nos demos conta, com plena consciência, de que o Menino Jesus vem iluminar as nossas vidas, vem guiar-nos, assinalar-nos por onde devemos andar…! Oxalá nos deixemos guiar pelas suas inspirações, por aquela esperança que nos transmite!


Jesus é o «Senhor» (cf. Lc 1,68.76), mas também é o «Salvador» (cf. Lc 1,69). Estas duas confissões (atribuições) que Zacarias faz a Deus, tão próximas da Noite de Natal, sempre me surpreenderam, porque são exatamente as mesmas que o Anjo do Senhor atribuirá a Jesus no anúncio aos pastores e que podemos escutar com emoção logo à noite na Missa da Meia Noite. É que quem nasce é Deus!

Fonte http://evangeli.net/


A PROFECIA DE ZACARIAS Lc 1,67-79

HOMILIA


Como Maria na hora da visitação a Isabel, também Zacarias celebra, em longo cântico de louvor e ação de graças, as maravilhas de Deus, que ele contempla realizadas em sua própria casa. É o termo do Antigo Testamento, a aurora do Novo, à hora em que vai nascer o Sol de justiça, o Filho de Deus feito homem. É o cântico que a Igreja há-de cantar todas as manhãs na Hora de Laudes.


O cântico de Zacarias é um louvor ao Deus misericordioso que realiza, através de Jesus, a «visita» aos pobres. Em Jesus se manifesta a força que liberta dos inimigos e do medo, formando um povo santo diante de Deus e justo diante dos homens. Desse modo, manifesta-se a luz que ilumina a condição do povo, abrindo uma história nova, que se encaminha para a Paz, isto é, a plenitude da vida.


Ao tempo do Novo Testamento, muitos previram o cumprimento dessas promessas maravilhosas. Simeão “esperava a consolação de Israel” (Lucas 2:25). Ana representava aqueles que “esperavam a redenção de Jerusalém” (Lucas 2:38). José de Arimateia “esperava o reino de Deus” (Lucas 23:51). Deus tinha preparado pessoas espirituais para o desenvolvimento de seu plano. Suas muitas promessas e a exposição delas pelos profetas despertaram certa expectativa nos corações do seu povo.


Os primeiros anúncios de que aquelas grandes promessas estavam sendo cumpridas deram alegria aos que ouviram as notícias. O anjo Gabriel disse a Maria: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1:32-33). Zacarias, inspirado pelo Espírito Santo, falou como Deus estava cumprindo as promessas que havia feito a Davi e a Abraão (Lucas 1:67-79, especialmente 69,73). João Batista e, mais tarde, Jesus e seus discípulos pregaram: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo” (Marcos 1:15).


O Magnificat de Maria, tal como o Benedictus de Zacarias é uma exultação no Espírito Santo. Ela resulta do fato de o Espírito Santo os ter feito compreender que as antigas profecias e as promessas de Deus atingiram a sua realização.


Lucas sublinha de modo muito claro que o reconhecimento do Messias e o alcance da sua missão salvadora só pode acontecer aos que têm o Espírito Santo em si. É com este mesmo sentido que Lucas apresenta o canto do velho Simeão no templo. Este, ao ver o menino de Maria, como estava em sintonia com o Espírito Santo, reconheceu naquele recém-nascido o Messias no qual se realizam as antigas profecias e as promessas de Deus.


Pai, coloca-me como João Batista a serviço de teu Messias, Jesus Cristo, tornando-me teu profeta, anunciador da libertação a ser realizada em favor da humanidade.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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Segunda Leitura

Salmo

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