Liturgia Diária
13 – SEXTA-FEIRA
32ª SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3).
Deus nos cerca de carinho e proteção e, nesta liturgia, recorda-nos o mandamento do amor. Celebremos de coração aberto, atentos aos ensinamentos e advertências do Senhor.
Evangelho: Lucas 17,26-37
Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, / pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. 27Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. 29Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. 30O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. 31Nesse dia, quem estiver no terraço não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32Lembrai-vos da mulher de Ló. 33Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la, e quem a perde vai conservá-la. 34Eu vos digo, nessa noite dois estarão numa cama: um será tomado e o outro será deixado. 35Duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra será deixada. 36Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro será deixado”. 37Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Lucas 17,26-37
«Comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam»
Fr. Austin NORRIS
(Mumbai, India)
Hoje, no texto do Evangelho está marcados o final dos tempos e a incerteza da vida, não tanto para atemorizar-nos, quanto para estarmos bem precavidos e atentos, preparados para o encontro com nosso Criador. A dimensão do sacrifício presente no Evangelho se manifesta em seu Senhor e Salvador Jesus-cristo liderando-nos com seu exemplo, em vista de estar sempre preparados para buscar e cumprir a Vontade de Deus. A vigilância constante e a preparação são o selo do discípulo vibrante. Não podemos ser semelhantes às pessoas que «comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construíam» (Lc 17,28). Nós, discípulos, devemos estar preparados e vigilantes, não fosse que terminássemos por ser arrastados para um letargo espiritual escravo da obsessão —transmitida de uma geração à seguinte— pelo progresso na vida presente, pensando que —depois de tudo— Jesus não voltará.
O secularismo tem criado profundas raízes em nossa sociedade. A investida da inovação e a rápida disponibilidade de coisas e serviços pessoais nos faz sentir autossuficientes e nos despoja da presença de Deus em nossas vidas. Só quando uma tragédia nos machuca despertamos de nosso sonho para ver a Deus no meio de nosso “vale de lágrimas”... Inclusive deviéramos estar agradecidos por esses momentos trágicos, porque certamente servem para robustecer nossa fé.
Em tempos recentes, os ataques contra os cristãos em diversas partes do mundo, incluindo meu próprio país —a Índia— sacudiu nossa fé. Mas o Papa Francisco disse: «No entanto, os cristãos estão desesperançados porque, em última instância, Jesus faz uma promessa que é garantia de vitória: ‘Quem perca sua vida, a conservará’ (Lc 17,33)». Esta é uma verdade na qual podemos confiar… Ele, poderoso testemunha de nossos irmãos e irmãs, que dão sua vida pela fé e por Cristo não será em vão.
Así, nós lutamos por avançar na viagem de outras vidas na sincera esperança de encontrar ao nosso Deus «o Dia em que o Filho do homem se manifeste» (Lc 17,30).
«Quem procurar salvar a vida, vai perdê-la; e quem a perder, vai salvá-la»
Rev. D. Enric PRAT i Jordana
(Sort, Lleida, Espanha)
Hoje, no contexto predominante de uma cultura materialista, muitos agem como nos tempos de Noé: «Comiam, bebiam, homens e mulheres casavam-se»(Lc 17,27);acontecerá como nos dias de Ló: Comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam» (Lc 17,28). Com uma visão tão míope, a aspiração suprema de muitos reduz-se a sua própria vida física temporal e, em conseqüência, todo seu esforço orienta-se a conservar essa vida, a protege-la e enriquecê-la.
No fragmento do Evangelho que estamos comentando, Jesus quer sair ao passo dessa concepção fragmentária da vida que mutila ao ser humano e o leva à frustação. E o faz mediante uma sentença séria e contundente, capaz de remover as consciências e de obrigar a fazer perguntas fundamentais: «Quem procurar salvar a vida, vai perdê-la; e quem a perder, vai salvá-la». (Lc 17,33). Meditando sobre este ensino de Jesus Cristo, diz São Agostinho: «Que dizer, então? Pereceram todos os que fazem essas coisas, isto é, quem se casa, plantam videiras e edificam? Não eles, senão quem presumem dessas coisas, quem antepõem essas coisas a Deus, quem estão dispostos a ofender a Deus ao instante por essas coisas».
De fato, quem perde a vida por conservá-la senão aquele que viveu exclusivamente na carne, sem deixar aflorar o espirito; ou ainda mais, aquele que vive ensimesmado, ignorando por completo aos demais? Porque é evidente que a vida na carne se perde necessariamente e, que a vida no espírito, se não se compartilha, debilita-se
Toda a vida, por ela mesma, tende naturalmente ao crescimento, à exuberância, à frutificação e a reprodução. Pelo contrário, se é seqüestrada e encerrada no intento de apodera-se afanosa e exclusivamente, murcha-se, esteriliza-se e morre. Por esse motivo, todos os santos, tomando como modelo a Jesus, que viveu intensamente para Deus e para os homens, deram generosamente sua vida de multiformes maneiras ao serviço de Deus e de seus semelhantes.
Fonte http://evangeli.net/
A CHEGADA DO REINO Lc 17,26-37
HOMILIA
Está preparado o banquete da Eucaristia e o banquete eterno. Seria este o título da homilia de hoje. Jesus deixou aos discípulos o sinal do pão e do vinho na última Ceia e anunciou-lhes que havia de participar com eles do banquete no reino de seu Pai. Neste texto de hoje se fala do reino, do banquete e da preparação indispensável para não ser excluído.
Em cada Eucaristia nós dizemos. «Vem, Senhor Jesus». Pedimos a sua vinda, mas não nos podemos esquecer da preparação para essa chegada e perder o tempo de se preparar. Eis uma advertência de permanente atualidade. Neste tempo em que as preocupações do material fazem esquecer o essencial, o espiritual, a advertência do Evangelho tem permanente atualidade.
Deus nos chama a atenção. A Igreja dá-nos oportunidade e Jesus Cristo avisa-nos para não cair na tentação do desleixo. Para possuir a sabedoria e saber estar preparado. Cada Eucaristia antecipa sacramentalmente esta caminhada para a sala das núpcias. A Eucaristia é a grande preparação para o banquete do Reino. S. Paulo afirma a fé na ressurreição e anima todos os crentes na certeza de que na ressurreição «Deus levará com Jesus aqueles que tiverem morrido em união com Ele».
É a vitória da vida sobre a morte, é aquilo que todo o ser humano deseja que Paulo nos anuncia. E com toda a Igreja professamos: creio na vida do mundo que há-de vir, a vida em Deus só o Espírito Santo a pode dar. Mas tudo isso só será possível se nós estivermos sempre preparados. Aliás, diz o ditado: O futuro só a Deus pertence. É dever de todo o homem de fé esperá-lo e prepará-lo com prudência.
O presente é o momento ideal para adquirir tudo quanto desejaríamos possuir na hora da chegada do Esposo. Deus é o ponto de chegada da nossa existência valorizada aqui e agora pelos nossos propósitos e ações, atitudes e comportamentos.
Quando Jesus se apresentou a pregar o Reino, anunciou que ele está próximo. Hoje a pregação de Jesus é idêntica, os destinatários são os homens do nosso tempo, sou eu, é você, somos cada um de nós. Meditar e viver agora o que quereríamos ter feito amanhã, eis o projeto e o programa a executar. O futuro prometido por Deus deve ser preparado por cada um dos cristãos, homens e mulheres da Igreja que escutam e meditam a palavra divina, quer individualmente, quer inseridos nas pastorais.
É fundamental que sejamos já aqui e agora homens novos, virgens prudentes, de lâmpada acesa, de modo a evitar portas fechadas no momento da entrada para o banquete. Saiba que vivemos em um mundo que oferece sérios riscos e quedas, que se repetem ao lado da evolução tecnológica ou simplesmente da hipermodernidade.
Não se esqueça que você é o agente da história hoje. A advertência que nos faz o Evangelho é incentivo para todos, porque o Senhor é o «fim da história humana». Ele é a garantia de que nossa história pode ser construída de forma positiva com a sua ajuda. A presença de Cristo na história é constante, exigente e eficaz. É estímulo e motivo de esperança, única garantia da edificação do Reino, do homem novo e do mundo novo.
Pai, dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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