quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 5,13-16 - 09.02.2020

Liturgia Diária

DIA 9 – DOMINGO 
5º DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)

Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6s).

Celebramos a Cristo crucificado e ressuscitado, fundamento da nossa fé e do nosso testemunho. A liturgia nos convida a renovar o compromisso de sermos sal e luz, pessoas que conferem gosto e sentido à vida. Louvemos ao Pai pelo seu amor, manifestado em toda ação que expulsa do mundo as trevas da opressão e da injustiça.

Evangelho: Mateus 5,13-16

Aleluia, aleluia, aleluia.

Pois eu sou a luz do mundo, quem nos diz é o Senhor; / e vai ter a luz da vida quem se faz meu seguidor (Jo 8,12). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 13“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde brilha para todos os que estão na casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. – Palavra da salvação.

Fonte - https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 5,13-16
«Vós sois a luz do mundo»

Rev. D. Josep FONT i Gallart
(Tremp, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos faz uma grande chamada a sermos testemunhos de Cristo. E nos convida a sê-lo de duas maneiras, aparentemente, contraditórias: como o sal e como a luz.

O sal não se vê, mas se nota; se sente no, paladar. Há muitas pessoas que “não se deixam ver”, porque são como “formiguinhas” que não param de trabalhar e de fazer o bem. Ao seu lado se pode sentir a paz, a serenidade, a alegria. Têm —como está de moda dizer hoje— “boas energias”.

A luz não se pode esconder. Há pessoas que “as vemos de longe”: Santa Teresa de Calcutá, o Papa, o Sacerdote de algum lugar. Ocupam postos importantes por sua liderança natural ou por seu ministério concreto. Estação “acima do candeeiro”. Como diz o Evangelho de hoje, «Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha. Nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa» (cf. Mt 5,14.15).

Todos estão chamados a ser sal e luz. Jesus mesmo foi “sal” durante trinta anos de vida oculta em Nazaré. Dizem que São Luiz Gonzaga, enquanto brincava, ao perguntar-lhe que faria se soubesse que em poucos minutos morreria, respondeu: «Continuaria brincando». Continuaria fazendo a vida normal de cada dia, fazendo a vida agradável aos companheiros de jogo.

Às vezes estamos chamados a ser luz. E somos de una maneira clara quando professamos nossa fé em momentos difíceis. Os mártires são grandes iluminados. E hoje, de acordo com o ambiente, somente o fato de ir à missa já é motivo de burlas. Ir á missa já é ser “luz”. E a luz sempre se vê; mesmo que seja muito pequena. Uma luzinha pode mudar uma noite.

Peçamos uns pelos outros ao Senhor para que saibamos ser sempre sal. E saibamos ser luz quando seja necessário ser. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós (cf. Mt 5,16).

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VÓS SOIS O SAL DA TERRA E A LUZ DO MUNDO Mt 5,13-16
HOMILIA

Depois de nos ter apresentado o seu plano pastoral no Sermão da Montanha. Jesus agora nos faz responsáveis pela vida dos nossos irmãos e irmãs. E por isso usa as figuras do sal, da cidade e da luz.

Mas padre, o que é ser sal e luz para o meu irmão e minha irmã? E então eu responderia: Ser sal é ser o que dá gosto às coisas. Ser luz é ser o que ilumina. Todavia, cuidado. Porque a prerrogativa de ser sal e de ser luz pode tanto se inclinar para o bem, quanto para o mal. Aquele que se volta para o mal se torna também uma pessoa salgada, porém, salga a si mesma, dá gosto a si própria. Veja bem, aquele que se projeta como um grande político ateu, um maçom em alto grau, um empresário inescrupuloso, um déspota, ou mesmo um criminoso famoso são exemplos de ser sal, mas para o mal.

Quer coisa mais salgada do que Hitler? Ele foi luz e sal, porém, em oposição ao bem. Quantas pessoas brilham por aí… brilhos efêmeros. Por exemplo, quantos cantores, compositores, atores, apresentadores, jogadores de futebol brilham ou brilharam como um cometa? Gostar de futebol, tudo bem! Mas quantos assalariados se privam de coisas para ir ao campo de futebol, fazendo com que certos jogadores ganhem fortunas. Isto é acender luzes. São luzes que acendemos impróprias, mas que “iluminam”. Poderiam ser chamadas de trevas, pois estão em oposição à luz de Deus, que é a verdadeira luz.

Devemos ter muito cuidado com o nosso agir, com o nosso ser. Deus quer que sejamos sal e luz para glorificá-lo, para a construção do Seu Reino. E isto só é possível vivendo conforme nos ensina. Por isso termina dizendo que a luz deve ser mostrada. Devemos mostrar isso às pessoas em louvor a Deus.

Ser luz e ser sal para glorificar a Deus é muito diferente do que se pensa e é difícil agir com este entendimento, porque a tentação está sempre a nos sugerir que sejamos luz e sal para nós mesmos. A todo momento sentimos aquela tentação: Por que ser luz de outra forma? Seja luz para si mesmo, assim vai brilhar muito mais. Por que ser gosto de outra forma? Seja gosto para si mesmo. Você é bonito, inteligente e vai perder tudo isto por uma bobagem? Não! Pense em você, colha para si mesmo os louros de seu trabalho, de sua vitória, de seu sucesso. O pecado original surgiu daí: da vaidade e da soberba.

Este Evangelho é muito claro. Essa luz e esse sal podem ser dados para ambos os lados, adquirindo, obviamente, conotações opostas e consequências distintas. Jesus disse que não se acende uma luz para colocá-la debaixo da mesa, mas na luminária. Disse ainda que não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, quer dizer, se estivermos crescendo diante de Deus ou do demônio, vamos aparecer de forma positiva ou negativa, naturalmente.

Este é também o Evangelho do discernimento. Devemos discernir a luz que brilha para Deus e o sal que salga para o bem. Precisamos desse discernimento, para refletirmos a luz de Deus e sermos o sal da terra louvando-o; caso contrário vamos brilhar e salgar para outras finalidades, que não conduzem ao Pai que está no Céu. Mas sim ao pai da mentira, ao pai das trevas que é satanás.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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