terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 6,7-13 - 06.02.2020

Liturgia Diária

DIA 6 – QUINTA-FEIRA 
SÃO PAULO MIKI, MÁRTIR

(vermelho, pref. comum ou dos mártires, pág. 7 – ofício da memória)

Alegram-se nos céus os santos que na terra seguiram a Cristo. Por seu amor, derramaram o próprio sangue; exultarão com ele eternamente.

Elevemos a Deus nossas preces por intercessão do santo jesuíta Paulo, nascido no Japão por volta de 1562, e seus companheiros – religiosos e leigos –, vítimas dos ataques que a Igreja sofreu em terras japonesas. Por terem permanecido firmes na fé, foram crucificados no alto de uma colina em Nagasaki, em 1597. Seu fortaleça nosso amor por Jesus Cristo.

Evangelho: Marcos 6,7-13

Aleluia, aleluia, aleluia.

Convertei-vos e crede no evangelho, / pois o reino de Deus está chegando! (Mc 1,15) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. 9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 6,7-13
«Ele chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois. Eles então saíram para proclamar que o povo se convertesse»

+ Rev. D. Josep VALL i Mundó
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho relata a primeira das missões apostólicas. Cristo envia os Doze a predicar, a curar todo tipo de enfermos e a preparar os caminhos da salvação definitiva. Esta é a missão da Igreja, e também a de cada cristão. O Concilio Vaticano II afirmou que «a vocação cristã implica como tal a vocação ao apostolado. Nenhum membro tem uma função passiva. Portanto, quem não se esforçasse pelo crescimento do corpo seria por isso mesmo inútil para toda a Igreja como também para se mesmo».

O mundo atual necessita —como dizia Gustave Thibon— um “suplemento de alma” para poder regenerá-lo. Só Cristo com sua doutrina é medicina para as enfermidades de todo o mundo. Este tem suas crises. Não se trata somente de uma parcial crise moral, ou de valores humanos: é uma crise de todo o conjunto. E o término mais exato para definir-la é o de uma “crise de alma”.

Os cristãos com a graça e a doutrina de Jesus, estão no meio das estruturas temporais para vivificá-las e ordená-las para o Criador: «Que o mundo, pela predicação da Igreja, escutando possa crer, crendo possa esperar, e esperando possa amar» (Santo Agostinho). O cristão não pode fugir deste mundo. Tal como escrevia Bernanos: «Nos lançastes no meio da massa, no meio da multidão como levedura; reconquistaremos, palmo a palmo, o universo que o pecado nos arrebatou; Senhor: devolver-te-emos tal e como o recebemos aquela primeira manhã dos dias, em toda sua ordem e em toda sua santidade».

Um dos segredos está em amar ao mundo com toda a alma e viver com amor a missão encomendada por Cristo aos Apóstolos e a todos nós. Com palavras de São Josémaria, «o apostolado é amor de Deus, que se desborda, com entrega de nós mesmo aos outros (...). E a ânsia do apostolado é a manifestação exata, adequada, necessária, da vida interior». Este será nosso testemunho cotidiano no meio dos homens e ao longo de todas as épocas

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DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS Mc 6,7-13
HOMILIA

O chamado e consequentemente o envio é uma tarefa que não se pode realizar no individualismo. O chamado é pessoal, a resposta também, mas o ministério, o serviço deve ser entendido numa dimensão comunitária. Pois a igreja é mistério de comunhão. E para que os apóstolos entendessem isso, Ele os envia em missão, dois a dois, colocando como centro vida em comunidade na ação missionária. Este foi o espírito do Concílio Vaticano II: A missão na Igreja-comunhão.

A comunhão entre os fiéis em seus vários estados e estilos de vida faz com que a Igreja se sinta por dentro da missão de Jesus.

Para Marcos no Evangelho de hoje a missão dos Doze, portanto da Igreja hoje, é a mesma missão de Jesus. Cristo nos envia a pregar o Evangelho, a penitência, expulsar os demônios e a curar todas as enfermidades.

Em São Tiago, em lugar dos Doze estão os presbíteros que são os cooperadores na missão dos Doze e em lugar do envio direto de Jesus temos a unção em nome do Senhor, isto é, de Cristo glorioso no Céu. Em nossos dias os cooperadores, os enviados em missão somos todos nós. Leigos ou clérigos. Cristo nos unge e envia em issão para que todos os homens conheçam a verdade e se salvem.

Ele nos pede ao nos enviar, a comunhão, simbolizada pelo envio de dois em dois. Que sejamos despojados de riquezas, ganância, orgulho, avareza e vaidade: nada tomar para o caminho, exceto um bastão, a coerência em uma conduta simples e humilde: não andeis de casa em casa, em uma conduta regida pela liberdade de espírito se em algum lugar não os receberem, sair e sacudir o pó dos vossos pés.

Ele ainda nos adverte: Assim como as palavras de Jesus não foram bem acolhidas até pelos próprios parentes, assim também os Doze na missão encontrarão dificuldades. Como não acolheram nem escutaram a Jesus, assim algumas vezes também não escutarão aos Doze. Quanto falo dos doze falo de mim, falo de ti. Mas é preciso não perder o fôlego. É preciso que tenhamos bem presente que com Cristo e em Cristo nós somos mais do que vencedores.

Segundo João Paulo II na Exortação Apostólica Redemptoris Missio, a missão confiada à Igreja está muito longe de ser atingida. Estas palavras podem ser pronunciadas em cada geração e em cada época histórica, porque é necessário estar sempre começando.

A única coisa que nesta hora de Deus não podemos fazer é cruzarmos os braços, estar sem fazer nada. Seria uma postura irresponsável e indigna de um bom cristão!

Livres para a missão. Para sermos “missionários” precisamos ser livres. Livres para aceitar esta dimensão própria da vocação cristã. Livres para responder a Deus com generosidade, sem laços de instintos e paixões egoístas; livres para seguir docilmente as luzes e os movimentos do Espírito Santo dentro de nós mesmos.

Precisamos ser livres de todo apego aos bens e meios materiais, para nos apresentarmos com o evangelho puro, sem alterações, livres de todo orgulho e ânsia de poder, com a consciência clara de que somos servidores do homem.

Precisamos estar equipados somente com um grande amor a Jesus Cristo, nosso modelo; equipados com o Evangelho feito vida; equipados com a confiança em Deus e com a esperança na ação do Espírito Santo no coração dos homens.

Como cristãos somos chamados a abrir caminhos que para, pelo e por amor rompam as cercas levantadas pelo sistema do poder, que gera ódio, vingança, injustiças, fome e morte de todos os homens e mulheres. E nesta luta não temos dia nem horas. O nosso Guia nos disse: Meu Pai trabalha todos os dias e eu também trabalho. Assim, sendo, não temos que procurar descanso, a não saber que fazemos a santa vontade de Deus.

Senhor Jesus ensinai-me a ser generoso, a servir-Vos como Vós o mereceis. A dar-me sem medias, a combater se cuidar das feridas. A trabalhar sem procurar descanso. A gastar-me sem esperar outra recompensa. Senão saber que faço a vossa vontade santa. Amén!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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