Liturgia Diária
DIA 2 – DOMINGO
APRESENTAÇÃO DO SENHOR
(branco, glória, creio, prefácio próprio – ofício da festa)
Unamo-nos nesta liturgia a Maria e José, que hoje apresentam Jesus no templo, repetindo o que se faz em cada Eucaristia. Eles oferecem o próprio filho a Deus, e este o devolve à humanidade para ser luz das nações. Esta festa, conhecida também como “festa das luzes”, encerra as celebrações natalinas e nos abre o caminho rumo à Páscoa.
Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio de vosso templo. Vosso louvor se estende, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).
Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22-32
[A forma breve está entre colchetes.]
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sois a luz que brilhará para os gentios / e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – [22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor, 23conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos –, como está ordenado na lei do Senhor. 25Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.]
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. – Palavra da salvação.
Reflexão - Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22-32
Sois a luz que brilhará para os gentios / e para a glória de Israel, o vosso povo
Quarenta dias após o nascimento, Jesus é consagrado ao Senhor, conforme previa a lei mosaica. Segundo essa lei, todo primogênito masculino devia ser levado ao Templo e oferecê-lo ao Senhor e, ao mesmo tempo, fazer a purificação ritual da mãe. Os pais o resgatam mediante a oferta de um par de pombinhos (oferta dos pobres). Essa festa teve início no Oriente com o nome de “festa do encontro” (hipapante), depois se estendeu ao Ocidente, e tomou o nome de “festa das luzes” (candelária). Com essa festa, encerram-se as comemorações natalinas. O evangelho narra justamente esse acontecimento. Ao mesmo tempo que os pais do menino o apresentam ao Senhor, ele é, nas figuras de Simeão e Ana, apresentado à humanidade. A vela acesa representa o “menino luz” que ilumina mulheres e homens de boa vontade. A vela que cada um acende simboliza que nos comprometemos com o projeto de Jesus e, ao mesmo tempo, nos tornamos também luzes do mundo. A oferta do filho que os pais fazem ao Pai se completará quando Jesus, na cruz, entrega toda a sua vida nas mãos de Deus.
Fonte https://www.paulus.com.br/
MEUS OLHOS VIRAM A SALVAÇÃO Lc 2,22-40
HOMILIA
A liturgia de apresentação evidenciou os dois grandes eixos da existência de Jesus: sua humanidade e sua divindade. Fora apresentado o homem Jesus, com todas as suas características socioculturais e familiares, em sua fragilidade de recém-nascido, na pobreza de seus pais, inferiorizado, em termos religiosos, por ser galileu. No menino Jesus, expressou-se a humanidade, de forma irrestrita. Ele não fora poupado em nada, ao aceitar encarnar-se na história humana.
A narrativa de Lucas é envolvida pelo tema da contradição. Por um lado, Lucas acentua o empenho dos pais de Jesus em inseri-lo nas observâncias legais. Por cinco vezes é dito que tudo era feito conforme Lei. Porém, na profecia de Simeão, o menino será um sinal de contradição. Quem era conduzido pelos pais na observância da Lei, crescendo em sabedoria e graça, será o profeta que denuncia a opressão da Lei e a corrupção do Templo, proclamando a libertação e a bem-aventurança dos pobres. O amadurecimento no amor liberta e cria novas relações justas e fraternas entre homens e mulheres.
Fiéis às tradições religiosas do povo, Maria e José cumpriram o rito de apresentação do filho primogênito. Este gesto simples revestiu-se de simbolismo. Quem tinha sido levado ao templo, mais que filho de Maria e José, era o Filho de Deus.
Entretanto, ao consagrá-lo a Deus e fazendo-o, daí em diante, pertencer-lhe totalmente, a liturgia evidenciava a divindade de Jesus. Aquele menino indefeso pertencia inteiramente a Deus, em quem sua existência estava enraizada. Era o Filho de Deus. Por isso, no templo, estava em sua própria casa. Suas palavras e ações seriam a manifestações do amor de Deus. Por meio dele, seria possível chegar até Deus. Uma vez que podia ser contemplada em sua pessoa, sua divindade fazia-se palpável na história humana. Assim se explica por que Simeão viu a salvação de Deus.
Embora esta festa de 2 de fevereiro caia fora do tempo de Natal, é parte integrante do relato de Natal. É uma faísca do Natal, é uma epifania do quadragésimo dia.
É uma festa antiqüíssima de origem oriental. A Igreja de Jerusalém já a celebrava no século IV. Era celebrada aos quarenta dias da festa da epifania, em 14 de fevereiro. A peregrina Eteria, que conta isto em seu famoso diário, acrescenta o interessante comentário de que se “celebrava com a maior alegria, como se fosse páscoa”‘. De Jerusalém, a festa se propagou para outras igrejas do Oriente e do Ocidente. No século VII, se não antes, havia sido introduzida em Roma. A procissão com velas se associou a esta festa. A Igreja romana celebrava a festa quarenta dias depois do natal.
A festa da Apresentação celebra uma chegada e um encontro; a chegada do Salvador esperado, núcleo da vida religiosa do povo, e as boas-vindas concedidas a ele por dois representantes dignos da raça eleita, Simeão e Ana. Por sua proveta idade, estes dois personagens simbolizam os séculos de espera e de fervoroso anseio dos homens e mulheres devotos da antiga aliança. Na realidade, representam a esperança e o anseio da raça humana.
A procissão representa a peregrinação da própria vida. O povo peregrino de Deus caminha penosamente através deste mundo do tempo, guiado pela luz de Cristo e sustentado pela esperanças de encontrar finalmente ao Senhor da glória em seu reino eterno. O sacerdote diz na benção das velas: “Que quem as levas para enaltecer tua glória caminhemos no caminho de bondade e vamos à luz que brilha para sempre”.
A vela que levamos em nossas mãos lembra a vela de nosso batismo. E o sacerdote diz: ” guardem a chama da fé viva em seus corações. Que quando o Senhor vier saiam a seu encontro com todos os santos no reino celestial”. Este será o encontro final, a apresentação , quando a luz da fé se converter na luz da glória. Então será a consumação de nosso mais profundo desejo, a graça que pedimos na pós-comunhão da missa.
Por estes sacramentos que recebemos, enche-nos com tua graça, Senhor, tu que encheste plenamente a esperança de Simeão; e assim como não o deixaste morrer sem ter segurando Cristo nos braços, concede a nós, que caminhamos ao encontro do Senhor, merecer o prêmio da vida eterna.
Ó Maria, Mãe de Cristo e nossa Mãe, agradecemos-te o cuidado com que nos acompanhas ao longo do caminho da vida, enquanto te pedimos: neste dia volta a apresentar-nos a Deus, nosso único bem, a fim de que a nossa vida, consumida pelo Amor, seja um sacrifício vivo, santo e do seu agrado.
Assim seja!
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
DIA 2 – DOMINGO
APRESENTAÇÃO DO SENHOR
(branco, glória, creio, prefácio próprio – ofício da festa)
Unamo-nos nesta liturgia a Maria e José, que hoje apresentam Jesus no templo, repetindo o que se faz em cada Eucaristia. Eles oferecem o próprio filho a Deus, e este o devolve à humanidade para ser luz das nações. Esta festa, conhecida também como “festa das luzes”, encerra as celebrações natalinas e nos abre o caminho rumo à Páscoa.
Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio de vosso templo. Vosso louvor se estende, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).
Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22-32
[A forma breve está entre colchetes.]
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sois a luz que brilhará para os gentios / e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – [22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor, 23conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos –, como está ordenado na lei do Senhor. 25Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.]
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. – Palavra da salvação.
Reflexão - Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22-32
Sois a luz que brilhará para os gentios / e para a glória de Israel, o vosso povo
Quarenta dias após o nascimento, Jesus é consagrado ao Senhor, conforme previa a lei mosaica. Segundo essa lei, todo primogênito masculino devia ser levado ao Templo e oferecê-lo ao Senhor e, ao mesmo tempo, fazer a purificação ritual da mãe. Os pais o resgatam mediante a oferta de um par de pombinhos (oferta dos pobres). Essa festa teve início no Oriente com o nome de “festa do encontro” (hipapante), depois se estendeu ao Ocidente, e tomou o nome de “festa das luzes” (candelária). Com essa festa, encerram-se as comemorações natalinas. O evangelho narra justamente esse acontecimento. Ao mesmo tempo que os pais do menino o apresentam ao Senhor, ele é, nas figuras de Simeão e Ana, apresentado à humanidade. A vela acesa representa o “menino luz” que ilumina mulheres e homens de boa vontade. A vela que cada um acende simboliza que nos comprometemos com o projeto de Jesus e, ao mesmo tempo, nos tornamos também luzes do mundo. A oferta do filho que os pais fazem ao Pai se completará quando Jesus, na cruz, entrega toda a sua vida nas mãos de Deus.
Fonte https://www.paulus.com.br/
MEUS OLHOS VIRAM A SALVAÇÃO Lc 2,22-40
HOMILIA
A liturgia de apresentação evidenciou os dois grandes eixos da existência de Jesus: sua humanidade e sua divindade. Fora apresentado o homem Jesus, com todas as suas características socioculturais e familiares, em sua fragilidade de recém-nascido, na pobreza de seus pais, inferiorizado, em termos religiosos, por ser galileu. No menino Jesus, expressou-se a humanidade, de forma irrestrita. Ele não fora poupado em nada, ao aceitar encarnar-se na história humana.
A narrativa de Lucas é envolvida pelo tema da contradição. Por um lado, Lucas acentua o empenho dos pais de Jesus em inseri-lo nas observâncias legais. Por cinco vezes é dito que tudo era feito conforme Lei. Porém, na profecia de Simeão, o menino será um sinal de contradição. Quem era conduzido pelos pais na observância da Lei, crescendo em sabedoria e graça, será o profeta que denuncia a opressão da Lei e a corrupção do Templo, proclamando a libertação e a bem-aventurança dos pobres. O amadurecimento no amor liberta e cria novas relações justas e fraternas entre homens e mulheres.
Fiéis às tradições religiosas do povo, Maria e José cumpriram o rito de apresentação do filho primogênito. Este gesto simples revestiu-se de simbolismo. Quem tinha sido levado ao templo, mais que filho de Maria e José, era o Filho de Deus.
Entretanto, ao consagrá-lo a Deus e fazendo-o, daí em diante, pertencer-lhe totalmente, a liturgia evidenciava a divindade de Jesus. Aquele menino indefeso pertencia inteiramente a Deus, em quem sua existência estava enraizada. Era o Filho de Deus. Por isso, no templo, estava em sua própria casa. Suas palavras e ações seriam a manifestações do amor de Deus. Por meio dele, seria possível chegar até Deus. Uma vez que podia ser contemplada em sua pessoa, sua divindade fazia-se palpável na história humana. Assim se explica por que Simeão viu a salvação de Deus.
Embora esta festa de 2 de fevereiro caia fora do tempo de Natal, é parte integrante do relato de Natal. É uma faísca do Natal, é uma epifania do quadragésimo dia.
É uma festa antiqüíssima de origem oriental. A Igreja de Jerusalém já a celebrava no século IV. Era celebrada aos quarenta dias da festa da epifania, em 14 de fevereiro. A peregrina Eteria, que conta isto em seu famoso diário, acrescenta o interessante comentário de que se “celebrava com a maior alegria, como se fosse páscoa”‘. De Jerusalém, a festa se propagou para outras igrejas do Oriente e do Ocidente. No século VII, se não antes, havia sido introduzida em Roma. A procissão com velas se associou a esta festa. A Igreja romana celebrava a festa quarenta dias depois do natal.
A festa da Apresentação celebra uma chegada e um encontro; a chegada do Salvador esperado, núcleo da vida religiosa do povo, e as boas-vindas concedidas a ele por dois representantes dignos da raça eleita, Simeão e Ana. Por sua proveta idade, estes dois personagens simbolizam os séculos de espera e de fervoroso anseio dos homens e mulheres devotos da antiga aliança. Na realidade, representam a esperança e o anseio da raça humana.
A procissão representa a peregrinação da própria vida. O povo peregrino de Deus caminha penosamente através deste mundo do tempo, guiado pela luz de Cristo e sustentado pela esperanças de encontrar finalmente ao Senhor da glória em seu reino eterno. O sacerdote diz na benção das velas: “Que quem as levas para enaltecer tua glória caminhemos no caminho de bondade e vamos à luz que brilha para sempre”.
A vela que levamos em nossas mãos lembra a vela de nosso batismo. E o sacerdote diz: ” guardem a chama da fé viva em seus corações. Que quando o Senhor vier saiam a seu encontro com todos os santos no reino celestial”. Este será o encontro final, a apresentação , quando a luz da fé se converter na luz da glória. Então será a consumação de nosso mais profundo desejo, a graça que pedimos na pós-comunhão da missa.
Por estes sacramentos que recebemos, enche-nos com tua graça, Senhor, tu que encheste plenamente a esperança de Simeão; e assim como não o deixaste morrer sem ter segurando Cristo nos braços, concede a nós, que caminhamos ao encontro do Senhor, merecer o prêmio da vida eterna.
Ó Maria, Mãe de Cristo e nossa Mãe, agradecemos-te o cuidado com que nos acompanhas ao longo do caminho da vida, enquanto te pedimos: neste dia volta a apresentar-nos a Deus, nosso único bem, a fim de que a nossa vida, consumida pelo Amor, seja um sacrifício vivo, santo e do seu agrado.
Assim seja!
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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