quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 1,29-34 - 19.01.2020

Liturgia Diária

DIA 19 – DOMINGO
2º DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)

Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 65,4)

A exemplo de João Batista, somos motivados a proclamar Jesus o Filho amado de Deus, a luz que conduz os passos da humanidade e lhe traz a salvação. Chamados a ser discípulos missionários, procuremos, neste início do Tempo Comum, celebrar em sintonia com o Espírito que nos leva a testemunhar e cumprir a vontade do Pai.

Evangelho: João 1,29-34

Aleluia, aleluia, aleluia.

A Palavra se fez carne, entre nós ela acampou; / todo aquele que a acolheu, de Deus filho se tornou (Jo 1,14.12). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 29João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim’. 31Também eu não o conhecia, mas, se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”. 32E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba, do céu e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: este é o Filho de Deus!” – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 1,29-34
«Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo»

Rev. D. Joaquim FORTUNY i Vizcarro
(Cunit, Tarragona, Espanha)

Hoje ouvimos João que, ao ver Jesus, disse: «Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29). Que pensariam aquelas gentes? E, que entendemos nós? Na celebração da Eucaristia todos rezamos: «Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, tem piedade de nós / dá-nos a paz». E o sacerdote convida os fiéis à comunhão dizendo: «Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo…».

Não tenhamos duvidas que quando João disse «Eis aqui o Cordeiro de Deus», todos perceberam o que queria dizer, pois o “cordeiro” é uma metáfora de caráter mecânico que tinha sido usada pelos profetas, principalmente por Isaías, e que era bem conhecida por todos os bons israelitas.

Por outro lado, o cordeiro é o animalzinho que os israelitas sacrificam para rememorar a páscoa, a libertação da escravidão do Egito. A ceia pascoal consiste em comer um cordeiro.

E ainda os Apóstolos e os padres da Igreja dizem que o cordeiro é signo de pureza, simplicidade, bondade, mansidão, inocência… e Cristo é a Pureza, a Simplicidade, a Bondade, a Mansidão, a Inocência. São Pedro dirá: «fostes resgatados (...) pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem defeito e sem mancha» (1Pe 1,18.19). E São João, no Apocalipses, emprega cerca de trinta vezes o termo “cordeiro” para designar Jesus Cristo.

Cristo é o cordeiro que tira o pecado do mundo, que foi imolado para nos dar a graça. Lutemos para viver sempre em graça, lutemos contra o pecado, aborreçamo-lo. A beleza da alma em graça é tão grande que nenhum tesouro o pode comparar. Torna-nos agradáveis a Deus e dignos de ser amados. Por isso, no “Gloria” da Missa fala-se da paz própria dos homens que o Senhor ama, dos que estão em graça.

João Paulo II, convidando-nos urgentemente a viver na graça que o Cordeiro nos alcançou, diz-nos: «Comprometamo-nos a viver em graça. Jesus nasceu em Belém precisamente para isto (…) viver em graça é a dignidade suprema, é a alegria inefável, é garantia de paz, é um ideal maravilhoso».

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O CORDEIRO DE DEUS Jo 1,29-34
HOMILIA

O Amor de Deus marcou para sempre nossas vidas. Ele nos tirou das trevas e nos fez enxergar a luz da eternidade. Não há mais razão para ficar triste ou viver amargurado se Deus está conosco e no meio de nós. Grande significado tem para nós, hoje, o dedo indicador de João: “ Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Cordeiro de Deus em latim é Agnus Dei, uma expressão utilizada pela religião cristã para se referir a Jesus Cristo, identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icônica cristã, é freqüentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de hoje, onde João Batista diz de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).

Os hebreus tinham o costume de matar um cordeiro em sacrifício a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de animais era freqüente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais – o relato bíblico refere, contudo, que Deus não permitiu tal execução. A morte de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como Filho unigênito de Deus, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para a humanidade.

João Batista tem uma atuação fundamental no projeto de Deus realizado em Jesus. O batismo de João tinha características originais e sua proclamação foi tão marcante que o tornou conhecido como “o Batista”. Enquanto as abluções de purificação com água, tradicionais entre os judeus, eram repetidas com freqüência, o mergulho nas águas do batismo, com João, era feito uma única vez e tinha o sentido de sinalizar uma mudança de vida para um compromisso perene com a prática da justiça que fortalece a vida.

Jesus assume a proclamação de João dando-lhe um novo sentido de atualidade e eternidade, identificando-a com o projeto de Deus de conferir vida plena e eterna à humanidade. O Espírito sobre Jesus é a confirmação de sua divindade e da divinização de toda a humanidade n’Ele assumida em todos seus valores e em toda sua dignidade. A presença de Jesus, Filho de Deus, entre nós renova a nossa vida e nos impele ao empenho na construção do mundo novo possível de justiça e paz.

Interpelado estou eu e estás tu também a sermos o dedo em nossos dia que aponte para Jesus e diga. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/



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