quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 6,34-44 - 07.01.2020

Liturgia Diária

DIA 7 – TERÇA-FEIRA 
SEMANA DA EPIFANIA*

(branco, pref. da Epifania ou do Natal, págs. 7s – ofício do dia)

Bendito o que vem em nome do Senhor: Deus é o Senhor, ele nos ilumina (Sl 117,26s).

Deus é amor, e seu amor se manifestou entre nós na pessoa de Jesus. Adoremos aquele que teve compaixão do povo faminto e sem pastor e alimentou-o pelas mãos de seus discípulos, após dar graças ao Pai.

Evangelho: Marcos 6,34-44

Aleluia, aleluia, aleluia.

O Espírito do Senhor repousa sobre mim / e enviou-me a anunciar aos pobres o evangelho (Lc 4,18). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer”. 37Mas Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” 38Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes”. 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens. – Palavra da salvação.


Reflexão - Evangelho: Marcos 6,34-44
O Espírito do Senhor repousa sobre mim / e enviou-me a anunciar aos pobres o evangelho

Uma multidão de pessoas aflitas, oprimidas pelos pesados impostos, afogadas com tantas exigências morais e religiosas, buscando uma migalha de esperança para seu futuro. O panorama impressiona de tal modo o Mestre, que “começou a ensinar-lhes muitas coisas”. Fala do Pai celeste, do valor da vida, do amor fraterno. Oferece-lhes, em primeiro lugar, nutrição para a dimensão espiritual; em seguida, para acudir às necessidades físicas, mostra-lhes o caminho da partilha. Não se trata de comprar o alimento (lógica do comércio), mas de repartir o que eles têm (lógica do Reino). Mediante a colaboração de todos, a organização e a colocação em comum do que cada um possui, Jesus sacia a multidão, e ainda sobra comida. O dom de Deus é maior do que a capacidade humana.

Fonte https://www.paulus.com.br/


JESUS MULTIPLICA OS PÃES Mc 6,34-44
HOMILIA

Estamos diante de um milagre humanamente inexplicável. Jesus se compadece da multidão que o seguia. Pois era como que ovelhas sem pastor. Só que a sua atitude escapa e ultrapassa a nossa capacidade de reaciocinar. Os evangelhos nos relatam que Ele por 2 vezes multiplicou pães e peixes para atender à multidão que o seguira até uma região “deserta” (longe de cidades) e ali ficara ouvindo-o e recebendo curas mas, por não se terem munido de alimentos, estavam a ponto de passar fome. Aproveitando o que os discípulos dispunham: 5 pães e 2 peixes. Mandou que o povo se assentasse em grupos de 100 e de 50. Tomando os pães e os peixes e ergueu os olhos aos céus deu graças e os abençoou. Depois fez a repartição entre os discípulos e estes para o povo. Todos comeram à vontade: milhares de homens, além das mulheres e crianças. E como se não bastasse ainda sobraram 12cestos com pedaços de pão e de peixe, que Jesus mandou recolher para nada se perder.

Assim como Jesus se compadeceu da multidão, também na nossa vocação cristã somos chamados a ter compaixão do povo sobretudo o sofredor. Nossa vida cristã deve conduzir-nos à prática da misericórdia para com os irmãos. Esse é o grande testemunho de que o mundo precisa, e é uma exigência que brota das palavras de Jesus no seu Evangelho: “ Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”.

Jesus conduz seus discípulos a um lugar deserto, para que repousassem, atravessando o mar da Galiléia em um barco. Porém, ao desembarcarem, já uma grande multidão os espera. Incansavelmente e tomado de compaixão, Jesus se põe a ensinar-lhes. Com o passar do tempo se faz necessário que todos se alimentem. A solução dos discípulos é que seja comprado o alimento. Jesus propõe outra solução: “Vós mesmos dai-lhes de comer!”, e eles não entendem. Abençoando cinco pães e dois peixes que tinham, Jesus os partilha com a multidão. Aqueles que tinham alimentos aderem à partilha e todos ficam saciados. Jesus toca os corações e os transforma pelo amor.

O milagre da multiplicação dos pães se chama misericórdia e compaixão, perdão, partilha, justiça, amor e paz.

Hoje, fala-se muito da fome no mundo…Quem não viu imagens de crianças famintas da África e não só, que mais parecem esqueletos!? Deus conta connosco para repartir o Seu “Pão”, com todos aqueles que têm fome de Amor, de Liberdade, de Justiça, de Paz, de Esperança.

Vemos a atitude de Deus, que não multiplica os pães do nada, e o gesto generoso de duas pessoas:

– Um homem desconhecido oferece o fruto do seu trabalho;

– Eliseu partilha o dom recebido.

O Pão partilhado sacia a fome de todos… e ainda sobra… Não será esse o caminho a ser seguido, também nos nossos dias, para resolver o grave problema da fome no mundo?

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


Leia também:

Nenhum comentário:

Postar um comentário