terça-feira, 24 de dezembro de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 1,1-18 - 31.12.2019

Liturgia Diária

Dia 31 – TERÇA-FEIRA 
OITAVA DO NATAL*

(branco, glória – ofício próprio)

Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado “mensageiro do conselho de Deus” (Is 9,6).

Acompanhados pela graça e pela verdade de Deus, chegamos ao fim de mais um ano. Ao Senhor dirijamos nosso cântico de louvor e agradecimento, pedindo sua unção para vivermos bem o ano vindouro.

Evangelho: João 1,1-18

Aleluia, aleluia, aleluia.

A Palavra se fez carne, entre nós ela habitou; / e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12). – R.

Início do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela –, mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim’”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus ninguém jamais viu. Mas o unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: João 1,1-18
«E a Palavra se fez carne»

Rev. D. David COMPTE i Verdaguer
(Manlleu, Barcelona, Espanha)

Hoje é o último dia do ano. Frequentemente, uma mistura de sentimentos —incluso contraditórios— sussurram nos nossos corações nesta data. É como se uma amostra dos diferentes momentos vividos, e dos que gostaríamos de ter vivido, se tornassem presentes na nossa memória. O Evangelho de hoje pode ajudar-nos a decantá-los para podermos começar o novo ano com um empurrão.

«A palavra era Deus (…). Tudo foi feito por meio dela» (Jo 1,1.3). No momento de fazer o balanço do ano, devemos ter presente que cada dia vivido é um dom recebido. Por isso, seja qual for o aproveitamento realizado, hoje devemos agradecer cada minuto do ano.

Mas o dom da vida não é completo. Estamos necessitados. Por isso o Evangelho de hoje aporta-nos uma palavra-chave: “acolher”. «E a Palavra se fez carne» (Jo 1,14). Acolher o próprio Deus! Deus, feito homem, fica ao nosso alcance. “Acolher” significa abrir-lhe as nossas portas, deixar que entre nas nossas vidas, nos nossos projetos, nos atos que enchem as nossas jornadas. Até que ponto acolhemos a Deus e lhe permitimos que entre em nós?

«Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina» (Jo 1,9). Acolher a Jesus quer dizer deixar-se guiar por Ele. Deixar que os seus critérios dêem luz tanto aos nossos pensamentos mais íntimos como á nossa atuação social e de trabalho. Que as nossas ações se relacionem com as suas!

«A vida era a luz» (Jo 1,4). Mas a fé é algo mais que uns critérios. É a nossa vida enxertada na Vida. Não é apenas esforço —que também—. É, sobretudo, dom e graça. Vida recebida no seio da Igreja, sobretudo mediante os sacramentos. Que lugar têm eles na minha vida cristã?

«A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12). Todo um projeto apaixonante para o ano que vamos estrear!

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


O VERBO DIVINO SE FEZ HOMEM Jo 1,1-18
HOMILIA

Ressoou, nesta noite, o antigo e sempre novo anúncio do Natal do Senhor. Ressoou para quem está alerta, como os pastores de Belém há mais de dois mil anos; também ressoa para quem aderiu ao apelo do Advento e, permanecendo atento, está pronto a acolher a mensagem feliz que canta a liturgia: “Hoje nasceu o nosso Salvador”.

Nesta noite, o tempo abre-se ao eterno, pois vós, ó Cristo, nascestes entre nós vindo do Alto. Do seio de uma Mulher, de todas a mais bendita, vós viestes à luz, Filho do Altíssimo. A vossa Santidade purificou, de uma vez por todas, o nosso tempo: os dias, os séculos, os milênios. Com o vosso nascimento, fizestes do tempo um “hoje” de salvação.

Celebramos, nesta noite, o mistério de Belém, o mistério de uma noite singular que está, de certa forma, no tempo e para além do tempo. Do seio da Virgem nasceu um Menino, uma manjedoura serviu de berço para a Vida imortal.

Natal é a festa da vida, porque Jesus, vindo à luz como cada um de nós, abençoou a hora do nascimento. Uma hora que, simbolicamente, representa o mistério da existência humana, unindo a aflição à esperança, a dor à alegria. Tudo isto aconteceu em Belém: uma Virgem-Mãe deu à luz; “veio ao mundo um homem” (Jo 16,21), o Filho de Deus, o Filho do Homem. Mistério de Belém!

O Verbo chora numa manjedoura. Chama-se Jesus, que significa “Deus salva”, porque Ele “salvará o povo dos seus pecados” (Mt 1,21).

Não é em um palácio que nasce o Redentor, que vem instaurar o Reino eterno e universal. Ele nasce em um estábulo e, permanecendo entre nós, acende no mundo o fogo do amor de Deus (cf. Lc 12,49). Este fogo nunca mais se apagará.

Que possa este fogo arder nos corações como chama de caridade ativa, que dê acolhimento e apoio a tantos irmãos provados pela necessidade e pelo sofrimento!

Senhor Jesus, que contemplamos na pobreza de Belém, faça-nos testemunhas de sua Verdade e de seu amor que O levou a despojar-se da glória divina, a fim de nascer entre os homens e morrer por nós.

Faça, Senhor, que a luz desta noite, mais brilhante que o dia, difunda-se no futuro e oriente nossos passos no caminho da paz, que só se encontra na Verdade.

O que diremos sobre a encarnação do Verbo Divino? A encarnação é o supremo ato de amor de Deus, que assume a condição humana, transformando-a pelo dom do amor pleno. Em Jesus não é assumida apenas a sua corporeidade individual, mas a condição corpórea de toda a humanidade, integrada em todos os valores de dignidade, justiça e verdade, que, no amor, são revestidos de eternidade. “Deus é amor, e aquele que permanece no amor, permanece em Deus, e Deus, nele” (1Jo 4,16).

A encarnação do Filho de Deus é a revelação da presença real, amorosa e terna, vivificante e eterna do Pai entre homens e mulheres, pequenos e humildes.

O prólogo do Evangelho de João apresenta a origem divina de Jesus, como a Palavra eterna que procede de Deus, faz-se carne, morando entre nós, e, por graça, torna-nos  seus filhos eternos. Renascidos no Batismo, como Ele, reinaremos eternamente.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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