quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 18,12-14 - 10.12.2019

Liturgia Diária

Dia 10 – TERÇA-FEIRA 

2ª SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I ou IA, pág. ?? – ofício do dia)

Eis que o Senhor virá e com ele todos os seus santos, e haverá uma grande luz naquele dia (Zc 14,5.7).
Contemplemos em Jesus a face amorosa do Pai, que consola seu povo e vai ao encontro do necessitado porque não se conforma em perder nenhum de seus filhos e filhas.

Evangelho: Mateus 18,12-14

Aleluia, aleluia, aleluia.
Está perto o dia do Senhor, / ele mesmo virá para salvar-nos! – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 18,12-14
«O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos»

Fr. Damien LIN Yuanheng
(Singapore, Singapura)

Hoje, Jesus nos lança um desafio: «´´O que você acha”? (Mt 18,12); que tipo de misericórdia você pratica? Talvez nós, “católicos praticantes”, tendo muitas vezes gostado da misericórdia de Deus em seus sacramentos, estamos tentados a pensar que já estamos justificados diante dos olhos de Deus. Corremos o perigo de converter-nos inconscientemente no fariseu que menospreza ao publicano (cf. Lc 18,9-14). Mesmo que não o digamos em voz alta, talvez pensamos que estamos livres de culpa ante Deus. Alguns sintomas de que este orgulho farisaico cria raízes em nós podem ser a impaciência ante os defeitos dos demais, ou pensar que as advertências nunca vão para nós.

O “desobediente” profeta Jonas, um judeu, se manteve inflexível quando Deus mostrou pena pelos habitantes de Nínive. Javé rejeitou a intolerância de Jonas (cf. Jon 4,10-11). Aquela olhada humana punha limites à misericórdia. Por acaso também nós pomos limites à misericórdia de Deus? Devemos prestar atenção à lição de Jesus: «Seja misericordiosos como vosso Pai é misericordioso» (Lc 6,36). Com toda probabilidade, ainda nos falta um longo caminho por percorrer para imitar a misericórdia de Deus!

Como deveríamos entender a misericórdia de nosso Pai celestial? O Papa Francisco disse que «Deus não perdoa mediante um decreto, e sim com um abraço». O abraço de Deus para com cada um de nós se chama “Jesus Cristo”. Cristo manifesta a misericórdia paternal de Deus. No capítulo quarto do Evangelho de São João, Cristo não ventila os pecados da mulher samaritana. Em lugar de disso, a divina misericórdia cura à Samaritana ajudando-a a afrontar plenamente a realidade de seu pecado. A misericórdia de Deus é totalmente coerente com a verdade. A misericórdia não é uma desculpa para rebaixar-se moralmente. No entanto, Jesus devia ter provocado seu arrependimento com muito mais ternura do que a mulher sentiu mulher adúltera “ferida pelo amor” (cf. Jn 8,3-11). Nós também devemos aprender como ajudar aos demais a encarar seus erros sem envergonhá-los, com grande respeito para com eles como irmãos em Cristo, e com ternura. No nosso caso, também com humildade, sabendo que nós mesmos somos “vasilhas de barro”.

«O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos»

Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart
(Tarragona, Espanha)

Hoje, Jesus faz-nos saber que Deus quer que todos os homens se salvem e que não deseja «que se perca nenhum desses pequenos» (Mt 18,4). Junto à parábola do pastor que procura a ovelha perdida, nos apresenta uma personagem que comoveu os primeiros cristãos. Na capa do Catecismo da Igreja Católica está gravada esta figura de Jesus Bom Pastor, que já nas catacumbas de Roma está presente entre as primeiras imagens do Senhor.

É tão forte a vontade do Senhor de salvar-nos, que desde essas palavras até sua entrega incondicional na Cruz, é Cristo quem nos procura a cada um para que —livremente— voltemos à amizade com Ele.

Do mesmo jeito que Jesus, os cristãos devemos ter esse mesmo sentimento: que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade! Como dizia São Josemaria Escrivá, «todos somos ovelha e pastor». Há algumas pessoas —o próprio esposo ou a esposa, os filhos, os parentes, os amigos, etc.— para os quais nós talvez sejamos a única oportunidade para poderem recuperar a alegria da fé e da vida da graça.

Sempre podemos deixar noventa e nove por cento das coisas que estamos fazendo, para rezar e ajudar as pessoas que temos perto de nós, que amamos e que sabemos que padecem de alguma necessidade em sua alma.

Com a nossa oração e mortificação, e nossa fé amorosa, podemos dar-lhes a graça da conversão, como Santa Mônica conseguiu que seu filho Agostinho, se convertesse no “primeiro homem moderno” que sabe explicar em “Confissões” como a graça atuou nele até chegar à santidade.

Peçamos à Mãe do Bom Pastor muitas alegrias de conversões.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


A OVELHA PERDIDA Mt 18,12-14
HOMILIA

Alegria do reencontro. Quem tem fé espera com alegria a vinda do Senhor. Nada poderá nos arrancar a alegria que brota da fé esperançosa n’Aquele que vem ao nosso encontro para nos resgatar das garras do encardido.

Mateus, no capítulo 18, reúne uma série de textos, sob a forma de sentenças e parábolas, com a finalidade de orientar as novas comunidades, que estão na origem da Igreja, para um convívio fraterno, pacífico, misericordioso e acolhedor. A Palavra de hoje integra este conjunto de textos e pode ser encontrada também no Evangelho de Lucas.

Porém, no contexto de Lucas, a parábola é dirigida aos fariseus e escribas que censuravam Jesus por receber e comer com os considerados pecadores. A ovelha perdida, e depois reencontrada com alegria e reintegrada no rebanho, exprime a missão de Jesus em acolher e restaurar o convívio comunitário daqueles excluídos e julgados pecadores pelo sistema religioso e social. Já aqui, no Evangelho de Mateus, a parábola é aplicada no sentido de acentuar que Deus não deseja a exclusão de ninguém da comunidade. Nele, vemos também o rosto do verdadeiro Deus, que é Pai e se alegra quando reúne junto d’Ele todos os filhos dispersos pelo mundo contra ou não à sua vontade?

A ovelha extraviada é um “pequeno”, algum membro da comunidade que se desviou e excluiu Deus da sua vida, ou abandonou a comunidade a qual pertence. Eu, você e a comunidade, em geral, somos convidados a apoiar qualquer irmão em crise. O que nos impele a proceder desta forma para com o irmão e a irmã que se extraviou é que o nosso Pai, que está nos céus, não deseja e nem quer a morte do pecador, mas que se converta e viva.

Deixe-se encontrar pelo Bom Pastor, com Ele você terá a vida em abundância. Não diga que tudo está perdido, que a sua vida já não tem solução. Deus está procurando por você, basta só se deixar amar por Ele e conhecerá o sentido e o sabor da sua vida.

Aliás, o plano de Deus é que todos os homens conheçam a verdade e, conhecendo-a, possam salvar-se. Portanto, para Jesus, quando a ovelha é reencontrada e reconduzida ao rebanho, a alegria que o dono sente é menor do que a de Deus ao ver o seu filho que estava perdida e foi encontrada, estava morta e agora vive.

O texto de hoje tem como escopo fundamental a alegria por encontrar a ovelha perdida, muito maior do que aquela pelas que estão juntas e presentes. É urgente o anúncio ardoroso e a dedicação ao Evangelho nos nossos dias, para que possamos descobrir e encontrar quem está à margem da comunidade e do Reino. Pois ela é o lugar da acolhida, do serviço, da valorização recíproca e do perdão com Deus e com os irmãos. Que o Tempo do Advento seja propício para mim e para você, no fervor evangélico.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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