3ª-feira da 34ª Semana Tempo Comum
Sto. André Dung-Lac Presb e Comps. Mts, memória
Cor: Vermelho
Evangelho - Lc 21,5-11
Não ficará pedra sobre pedra.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21,5-11
Naquele tempo:
5Algumas pessoas comentavam a respeito do Templo
que era enfeitado com belas pedras
e com ofertas votivas.
Jesus disse:
6'Vós admirais estas coisas?
Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra.
Tudo será destruído.'
7Mas eles perguntaram:
'Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal
de que estas coisas estão para acontecer?
8Jesus respondeu: 'Cuidado para não serdes enganados,
porque muitos virão em meu nome, dizendo:
'Sou eu!' - e ainda: 'O tempo está próximo.'
Não sigais essa gente!
9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções,
não fiqueis apavorados.
É preciso que estas coisas aconteçam primeiro,
mas não será logo o fim.'
10E Jesus continuou:
'Um povo se levantará contra outro povo,
um país atacará outro país.
11Haverá grandes terremotos,
fomes e pestes em muitos lugares;
acontecerão coisas pavorosas
e grandes sinais serão vistos no céu.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Lc 21, 5-11
Não podemos por na realidade material o sentido final da nossa vida e a causa da nossa felicidade, pois o mundo material é transitório e só encontra o seu verdadeiro sentido enquanto é relacionado com o definitivo, ou seja, o mundo espiritual, e contribui para que a pessoa encontre nos valores que não são transitórios a causa da sua vida e da sua felicidade. Assim, devemos ser capazes de submeter os valores transitórios aos valores definitivos, pois somente eles podem nos garantir a nossa plena realização.
Fonte CNBB
NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA Lc 21,5-11
HOMILIA
Em meio ao barulho do povo no templo, alguns admiram a magnificência da construção. O templo, reconstruído depois do exílio, parece que foi realmente modesto se comparado com o primeiro, construído por Salomão. Contudo, para a época de Jesus, aquele modesto templo do pós-exílio era outra coisa totalmente diferente.
Herodes o Grande, com mania de grandeza por natureza, buscando reconciliar-se com os judeus, havia-se encarregado de remodelá-lo, com ampliações e com soluções que ainda surpreendem a engenharia moderna. Isto para entender por que os visitantes se maravilhavam tanto com aquela obra. Exceto a magnificência do edifício e a pompa da obra como tal, sabemos que o templo significava tudo para Israel, não somente por sua convicção de que era o lugar da Presença, lugar onde habitava o Nome de Deus ou sua Glória (Ezequiel 43, 4), mas porque, como estrutura institucional, determinava todos os destinos políticos, econômicos, sociais e religiosos da nação.
Consideremos só o religioso: o templo, como habitação do Nome, do lugar específico do Santo dos Santos irradiava sua santidade para os demais lugares do templo: primeiramente para o que estava mais perto do lugar da Santidade: o altar, em seguida as casas e o pátio dos sacerdotes de Israel, depois as casas e os pátios dos levitas, pátio dos israelitas legalmente puros, pátio dos impuros, pátio das israelitas e das crianças, pátio dos estrangeiros, palácios próximos, o resto da cidade, o país e o mundo; de modo que a santidade se deduzia pela proximidade ou distância do lugar da Santidade divina. Nessa medida, o templo era a réplica em miniatura da sociedade israelita estratificada por razões sociais, econômicas e contraditoriamente, por razões religiosas.
Aqueles que observam a maravilha arquitetônica não estão em condições de pôr em questão tudo o que há por trás daquela estrutura de pedra; unicamente Jesus, que como já vimos se orienta por outros critérios, com outros parâmetros, é capaz de questionar e até se atreve a predizer sua destruição: o da ruína material pôde tê-lo dito pela simples constatação histórica porque já havia ocorrido em 587, mas também porque era um fato que os detentores do poder procuravam arruinar as construções religiosas dos súditos para submetê-los com maior crueza. Destruindo os templos, saqueando-os e, especialmente, retirando deles as estátuas das divindades e demais símbolos religiosos, os invasores davam por submetidos também os deuses dos povos conquistados, e estes tinham a obrigação de submeter-se à religião do conquistador.
Já o templo de Jerusalém tinha sido saqueado pelos babilônios, pelos gregos, e faltavam os romanos, mas não tardariam. Contudo, a realidade da destruição do templo Lucas já a devia conhecer e aproveita aquela imagem para pô-la na boca de Jesus como profecia e como introdução a seu discurso escatológico que se abre precisamente aqui a propósito das palavras de uns aterrorizados fiéis diante daquela fortíssima construção.
Não é necessário, portanto, insistir se Jesus predisse a destruição de Jerusalém e seu templo em termos literais. O mais importante é que com a clareza de uma consciência totalmente liberta e desprovida da alienação religiosa, própria de seu tempo, Jesus manifesta sua mais profunda convicção e fé na queda de todo o sistema montado ao redor do templo como estrutura geradora de injustiça institucional. Não seria algo pacífico nem fácil, com a mesma violência e injustiça com que se tinha levantado tudo aquilo, seria derrubado também. Não porque Deus interviesse para que as coisas assim acontecessem, senão como uma espécie de lei da vida.
Pai, teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha segurança.
Fonte Canção Nova
Sto. André Dung-Lac Presb e Comps. Mts, memória
Cor: Vermelho
Evangelho - Lc 21,5-11
Não ficará pedra sobre pedra.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21,5-11
Naquele tempo:
5Algumas pessoas comentavam a respeito do Templo
que era enfeitado com belas pedras
e com ofertas votivas.
Jesus disse:
6'Vós admirais estas coisas?
Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra.
Tudo será destruído.'
7Mas eles perguntaram:
'Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal
de que estas coisas estão para acontecer?
8Jesus respondeu: 'Cuidado para não serdes enganados,
porque muitos virão em meu nome, dizendo:
'Sou eu!' - e ainda: 'O tempo está próximo.'
Não sigais essa gente!
9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções,
não fiqueis apavorados.
É preciso que estas coisas aconteçam primeiro,
mas não será logo o fim.'
10E Jesus continuou:
'Um povo se levantará contra outro povo,
um país atacará outro país.
11Haverá grandes terremotos,
fomes e pestes em muitos lugares;
acontecerão coisas pavorosas
e grandes sinais serão vistos no céu.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Lc 21, 5-11
Não podemos por na realidade material o sentido final da nossa vida e a causa da nossa felicidade, pois o mundo material é transitório e só encontra o seu verdadeiro sentido enquanto é relacionado com o definitivo, ou seja, o mundo espiritual, e contribui para que a pessoa encontre nos valores que não são transitórios a causa da sua vida e da sua felicidade. Assim, devemos ser capazes de submeter os valores transitórios aos valores definitivos, pois somente eles podem nos garantir a nossa plena realização.
Fonte CNBB
NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA Lc 21,5-11
HOMILIA
Em meio ao barulho do povo no templo, alguns admiram a magnificência da construção. O templo, reconstruído depois do exílio, parece que foi realmente modesto se comparado com o primeiro, construído por Salomão. Contudo, para a época de Jesus, aquele modesto templo do pós-exílio era outra coisa totalmente diferente.
Herodes o Grande, com mania de grandeza por natureza, buscando reconciliar-se com os judeus, havia-se encarregado de remodelá-lo, com ampliações e com soluções que ainda surpreendem a engenharia moderna. Isto para entender por que os visitantes se maravilhavam tanto com aquela obra. Exceto a magnificência do edifício e a pompa da obra como tal, sabemos que o templo significava tudo para Israel, não somente por sua convicção de que era o lugar da Presença, lugar onde habitava o Nome de Deus ou sua Glória (Ezequiel 43, 4), mas porque, como estrutura institucional, determinava todos os destinos políticos, econômicos, sociais e religiosos da nação.
Consideremos só o religioso: o templo, como habitação do Nome, do lugar específico do Santo dos Santos irradiava sua santidade para os demais lugares do templo: primeiramente para o que estava mais perto do lugar da Santidade: o altar, em seguida as casas e o pátio dos sacerdotes de Israel, depois as casas e os pátios dos levitas, pátio dos israelitas legalmente puros, pátio dos impuros, pátio das israelitas e das crianças, pátio dos estrangeiros, palácios próximos, o resto da cidade, o país e o mundo; de modo que a santidade se deduzia pela proximidade ou distância do lugar da Santidade divina. Nessa medida, o templo era a réplica em miniatura da sociedade israelita estratificada por razões sociais, econômicas e contraditoriamente, por razões religiosas.
Aqueles que observam a maravilha arquitetônica não estão em condições de pôr em questão tudo o que há por trás daquela estrutura de pedra; unicamente Jesus, que como já vimos se orienta por outros critérios, com outros parâmetros, é capaz de questionar e até se atreve a predizer sua destruição: o da ruína material pôde tê-lo dito pela simples constatação histórica porque já havia ocorrido em 587, mas também porque era um fato que os detentores do poder procuravam arruinar as construções religiosas dos súditos para submetê-los com maior crueza. Destruindo os templos, saqueando-os e, especialmente, retirando deles as estátuas das divindades e demais símbolos religiosos, os invasores davam por submetidos também os deuses dos povos conquistados, e estes tinham a obrigação de submeter-se à religião do conquistador.
Já o templo de Jerusalém tinha sido saqueado pelos babilônios, pelos gregos, e faltavam os romanos, mas não tardariam. Contudo, a realidade da destruição do templo Lucas já a devia conhecer e aproveita aquela imagem para pô-la na boca de Jesus como profecia e como introdução a seu discurso escatológico que se abre precisamente aqui a propósito das palavras de uns aterrorizados fiéis diante daquela fortíssima construção.
Não é necessário, portanto, insistir se Jesus predisse a destruição de Jerusalém e seu templo em termos literais. O mais importante é que com a clareza de uma consciência totalmente liberta e desprovida da alienação religiosa, própria de seu tempo, Jesus manifesta sua mais profunda convicção e fé na queda de todo o sistema montado ao redor do templo como estrutura geradora de injustiça institucional. Não seria algo pacífico nem fácil, com a mesma violência e injustiça com que se tinha levantado tudo aquilo, seria derrubado também. Não porque Deus interviesse para que as coisas assim acontecessem, senão como uma espécie de lei da vida.
Pai, teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha segurança.
Fonte Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário