terça-feira, 10 de novembro de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 17,11-19 - 11.11.2015 - Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro.

4ª-feira da 32ª Semana Tempo Comum
S. Martinho de Tours B, memória
Cor: Branco

Evangelho - Lc 17,11-19

Não houve quem voltasse para dar glória
a Deus, a não ser este estrangeiro.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 17,11-19

11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém,
Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia.
12Quando estava para entrar num povoado,
dez leprosos vieram ao seu encontro.
Pararam à distância,
13e gritaram: 'Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!'
14Ao vê-los, Jesus disse:
'Ide apresentar-vos aos sacerdotes.'
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados.
15Um deles, ao perceber que estava curado,
voltou glorificando a Deus em alta voz;
16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra,
e lhe agradeceu.
E este era um samaritano.
17Então Jesus lhe perguntou:
'Não foram dez os curados?
E os outro nove, onde estão?
18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus,
a não ser este estrangeiro?'
19E disse-lhe: 'Levanta-te e vai! Tua fé te salvou.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 17, 11-19
Jesus não quer simplesmente realizar a cura das pessoas, ele quer a libertação integral e a reinserção social de todos os que são por ele curados. Quando Jesus manda que os dez leprosos se apresentem diante dos sacerdotes, ele está realizando a cura deles e quer que eles tenham autorização para voltar a participar ativamente da vida comunitária, o que não era permitido aos leprosos, que eram considerados impuros e, por isso, excluídos da sociedade. Somente quando os sacerdotes constatavam a cura da lepra, poderiam voltar ao convívio de todos.
Fonte CNBB


JESUS CURA DEZ LEPROSOS Lc 17,11-19
HOMILIA

A lepra, doença que no decorrer do tempo, deformava as pessoas que naquela época em que Jesus andava pela terra, causava a morte de muita gente. Doença silenciosa; ainda existe neste nosso mundo. Atinge as pessoas sem que estas percebam. Ela causa uma insensibilidade na pele no início e, por não sentir no contato, nem calor e nem frio, mesmo muito quente ou muito gelado. Devido a isso, quando a pessoa se machuca, não percebe e, começa aí, um processo infeccioso que vai apodrecendo o tecido, causando muitas deformações, deixando um mau aspecto para quem o observa. Por isso, naquele tempo, os leprosos (como os chamavam), eram terrivelmente discriminados e colocados à margem do meio em que viviam, existindo para tanto locais bem distantes, onde eles eram execrados, aguardando a morte e, lá mesmo, se consumindo. Quando tinham necessidade de ir à cidade, eram obrigados a passar por locais pré-determinados, a fim de não contaminarem as outras pessoas e, levando consigo um sino que iam tocando e gritando: – “está passando um leproso”.

Hoje esse mal, embora ainda exista, graças a Deus e a ciência está controlado e chama-se “hanseníase” ou mal de Hansen. Esperamos que Deus ilumine os nossos cientistas a fim de que consigam tratamentos capazes de erradicar, acabar de vez com esse mal na sociedade mundial. A passagem do Evangelho, nos fala que Jesus caminhava para Jerusalém e, dez leprosos que passavam à distância, começaram a gritar : “Senhor, Senhor, cura-nos da lepra que nos está consumindo.” (imaginemos o que eles deviam ter sofrido para chegarem até ali, se tudo lhes era proibido e negado até o direito de viver?) E, Jesus, volta-se para eles e diz: – “Ide apresentar-vos ao sacerdote”. E eis que ao crerem na palavra de Jesus, começaram a caminhar e ficaram totalmente curados, com a pele do corpo totalmente limpa da doença e a saúde perfeita. Quando Jesus lhes disse para irem ao sacerdote, é porque só ele poderia liberá-los para que fossem reintegrados à vida em sociedade, estando totalmente curados. Jesus ia continuar a caminhada, quando um daqueles que foram curados, justamente um samaritano (povo que não aceitava Jesus), volta correndo, gritando e glorificando o Senhor pelo milagre conseguido e  joga-se aos pés de Jesus, com o rosto em terra.  Jesus olha para ele e, voltando-se para os que o seguiam, diz: – “Não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? Só este estrangeiro voltou para agradecer? Levanta-se, vai pelo teu caminho, a tua fé te salvou.”

Quantas vezes nós, cada um com as suas doenças e problemas, imitamos esses homens cheios de defeitos e erros; cheios de orgulho e vaidades; vivendo brigados dentro das nossas próprias famílias, com raiva e até ódio às vezes, criando na nossa vida “uma lepra” que destrói a alma e, quando nos encontramos com a Verdade e queremos retomar a vida normal, a vida que nos realiza como filhos e filhas do Criador; rogamos e imploramos que Ele nos salve e. . . Ele salva! Voltamos para agradecer como fez aquele leproso? Ou fazemos como os nove que foram embora sem agradecer? Acostumemo-nos a fazer, sempre que estivermos à beira de falarmos ou fazermos coisas que nos afastam dos caminhos do Senhor, uma revisão de vida e percebermos o quanto somos felizes, mesmo com as dificuldades que todos temos. É importante observarmos em cada reflexão, que não é Deus que nos dá as doenças, os problemas e tantas outras coisas que nos afligem durante a nossa caminhada na terra. Ele só quer o nosso bem; Ele nos criou para sermos infinitamente felizes. Nós é que criamos ou outros nos criam tudo aquilo que nos afligem.

Deus é Amor e o Amor é a essência do bem e, portanto, jamais comungará com a maldade, com o erro, com a desgraça, com o castigo ou qualquer ato que contradiga as suas qualidades.

Pai, que o meu coração, repleto de fé, reconheça Jesus como a mediação de todas as graças e favores que recebo de ti.
Canção Nova

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