domingo, 3 de maio de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 14,27-31a - 05.05.2015 - A minha paz vos dou.

Pai,
confirma em mim o dom da paz recebida de teu Filho Jesus,
de forma que, revestido desta fortaleza,
eu possa caminhar, sem medo, ao teu encontro.
3ª-feira da 5ª Semana da Páscoa
Cor: Branco

Evangelho - Jo 14,27-31a

A minha paz vos dou.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 14,27-31a

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
27Deixo-vos a paz,
a minha paz vos dou;
mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28Ouvistes que eu vos disse:
'Vou, mas voltarei a vós'.
Se me amásseis,
ficaríeis alegres porque vou para o Pai,
pois o Pai é maior do que eu.
29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça,
para que, quando acontecer,
vós acrediteis.
30Já não falarei muito convosco,
pois o chefe deste mundo vem.
Ele não tem poder sobre mim,
31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai,
eu procedo conforme o Pai me ordenou.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 14, 27-31a

No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra um dos aspectos mais importantes do amor que é o desejo do bem maior para o outro. O mundo nos apresenta uma falsa idéia de amor que é o amor possessivo: quando amamos uma pessoa, queremos que ela esteja constantemente ao nosso lado porque assim somos felizes. Na verdade estamos pensando na nossa felicidade e não na da pessoa amada. Jesus diz: "Se me amasseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu". Assim, de fato, somos nós, uma vez que nos entristecemos quando a felicidade maior do outro não é como gostaríamos que fosse. Na verdade, confundimos paixão e sentimentalismo com amor verdadeiro.
Fonte CNBB



É A MINHA PAZ QUE EU VOS DOU Jo 14,27-31a
HOMILIA

Chegou à hora do Príncipe da Paz partir para o seio do Seu Pai. E não querendo deixar seus melhor amigos em conflito, em guerra rompe o silencia provocado pelo medo da solidão que seria provada pela sua ausência. Então se levanta e pronuncia as benditas palavras: Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo.
Trata-se aqui do discurso da despedida. O mestre sabia que tinha chegado a hora de sair deste mundo. E por isso, não queria partir sem dar sossego, calma, segurança, tranqüilidade, amparo, conforto, prosperidade, vitória em fim garantia de vida plena.
O mestre faz uma clara declaração da sua personalidade. Ele é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus é muito mais do que isto! Ele é O Príncipe da Paz.
A paz é um dom de Jesus para seus discípulos, em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa à ação. Por isso, não pode reduzir-se ao nível do sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.
Jesus veio nos dar a paz real e não apenas paz de palavras vazias. A paz que o mundo prega é uma paz que se conhece apenas através de slogans, palavras soltas, discursos políticos, demagogia, mas nem sempre ela acontece. Quando Jesus nos prometeu a paz Ele o fez com a Sua Palavra que é muito diferente das palavras sem consistência dos homens. A Palavra de Jesus tem força e sempre acontece. Jesus nunca enganou a seus discípulos nem os deixava a ver navios: “Vou, mas voltarei a vós.” Sempre lhes dava uma mensagem de otimismo e de esperança. “Se me amásseis ficaríeis alegres porque vou para o Pai.” Quando nós também levamos esperança para o nosso próximo nós estamos fazendo com que a paz de Jesus, que é real, aconteça na sua vida.
Quando você dá a paz à pessoa que está do seu lado na missa, você o faz de coração ou apenas o deseja com palavras? Você tem conseguido viver em paz? Você transmite aos outros a paz que você possui no coração? Você tem transmitido esperança para as pessoas?
O Evangelho nos transmite uma das promessas que nosso Senhor fez a seus apóstolos: a paz. Essa paz que é uma graça que sobrepassa toda a compreensão humana e que recebemos por meio do Espírito Santo. Deus nos confia também a missão de trazer a paz ao mundo. Transformar-se em instrumento de paz não é sinônimo de ser simplesmente uma pessoa tranquila, calma, que não faz mal a nada ou é indiferente diante dos problemas dos outros. Viver a paz é uma forma de manifestar a caridade e o amor ao próximo; viver a paz se traduz em promover a união, em ajudar os demais, é preocupar-se pelos outros, é interessar-se por suas alegrias e penas, é sair em defesa de suas necessidades. A paz da qual Cristo nos fala não brota de um bom caráter, nem de uma boa vontade, nem de nossa capacidade de estabelecer boas relações humanas. Também não se trata de crer na paz, porque a paz é um dom que só vem de Deus. Não somos fontes, mas sim canais da paz. Em outras palavras, quem quer dar paz, tem que encher-se primeiro de Deus e comunicá-lo.
Senhor, encha-me de Tua paz. Não deixes que me perca entre os bens materiais que me distraem de Teu amor. Lança-Te no meu pescoço quando estiver a ponto de perder a paz de consciência e faça-me voltar a Ti. Que Tua paz reine sempre em meu coração.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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