sábado, 30 de maio de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Mc 12,1-12 - 01.06.2015 - Agarraram o filho querido, o mataram, e o jogaram fora da vinha.

2ª-feira da 9ª Semana Tempo Comum
S. Justino Mt, memóriaCor: Vermelho

Evangelho - Mc 12,1-12

Agarraram o filho querido, o mataram, e o jogaram fora da vinha.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,1-12

Naquele tempo:
1Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes,
mestres da Lei e anciãos, usando parábolas:
'Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar
e construiu uma torre de guarda.
Depois arrendou a vinha a alguns agricultores,
e viajou para longe.
2Na época da colheita,
ele mandou um empregado aos agricultores
para receber a sua parte dos frutos da vinha.
3Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele,
e o mandaram de volta sem nada.
4Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado.
Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram.
5Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram.
Trataram da mesma maneira muitos outros,
batendo em uns e matando outros.
6Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido.
Por último, ele mandou o filho até aos agricultores,
pensando: 'Eles respeitarão meu filho'.
7Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros:
'Esse é o herdeiro.
Vamos matá-lo, e a herança será nossa'.
8Então agarraram o filho, o mataram,
e o jogaram fora da vinha.
9Que fará o dono da vinha?
Ele virá, destruirá os agricultores,
e entregará a vinha a outros.
10Por acaso, não lestes na Escritura:
'A pedra que os construtores deixaram de lado,
tornou-se a pedra mais importante;
11isso foi feito pelo Senhor
e é admirável aos nossos olhos'?'
12Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus,
pois compreenderam que havia contado a parábola para eles.
Porém, ficaram com medo da multidão
e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mc 12, 1 12
O que aconteceu com os vinhateiros apresentadas na parábola do evangelho de hoje pode acontecer a todos nós principalmente quando nos deixamos levar pelo desejo de ter poder e de ter riquezas, que nos leva à tentação de nos apossarmos de tudo, inclusive das coisas de Deus e até mesmo do próprio Deus e a queremos usar de tudo isso em nosso próprio benefício. Quando fazemos isso, estamos na verdade rejeitando a presença do próprio Cristo em nossas vidas, que se dá também por meio dos pobres e necessitados que procuram a misericórdia do nosso coração e não o nosso autoritarismo e a nossa prepotência em relação a eles.
Fonte CNBB



A FÉ QUE SUPERA TUDO Mc 2,1-12
HOMILIA

O centro da cura hoje é novamente a cidade de Cafarnaum e dentro de uma casa, lar, lugar de paz, de alegria, de harmonia, de conforto, de partilha, de misericórdia, de diálogo, de comunhão, de perdão, de amor e de vida! E Jesus sabendo a multidão estava precisando do acima referido, dirige-se voluntariamente para aí, começa diante de tudo e de todos, a anunciar os valores que estão por debaixo do conceito casa, ou seja, lar que também pode significar família. Alias, eles são o conteúdo da Sua mensagem salvífica. E porque a Sua palavra cura, transforma, constroe, edifica, liberta, reconcilia, e salva, muita gente se reúne à Sua volta.

Feliz ou infelizmente o público é diversificado. Existem aqueles que acorrem para Ele como meros telespectadores, vão para se divertir, passar tempo; uns, que vão por curiosidade; outros que vão por que seguem o movimento dos demais; alguns que o procuram para encontrarem motivos para o acusarem de blasfemo, e o entregarem à morte; Porém existem também os que preocupados com o bem estar de todos, com a saúde, com a situação injusta e sobretudo com a presença do pecado que provoca a morte espiritual e com a alma o corpo, procuram e vêem em Jesus a solução de todos os seus problemas e como se não bastasse aquele que pode perdoar os pecados dos homens e não só, Ele é o Salvador do mundo.

Independente dos motivos, Jesus simplesmente os recebe, com Sua humildade e simplicidade esmagadoras, e revela-lhes as realidades do Reino de Deus. O que é o Reino de Deus para Jesus senão o momento onde todos são incluídos, com suas diferenças, em um só rebanho! Onde todos são filhos do mesmo pai e da mesma mãe! Jesus fala de um Reino onde não há grandes e pequenos. Onde não há sábios e ignorantes! Onde todos ensinam e todos aprendem! Onde o diálogo é possível! O a razão fala mais do que a força! Onde todos são um só n’Ele e por Ele todos chegam a saborear da beleza da vida!

É neste ambiente em que aprecem os amigos do miserável paralítico. Seus amigos, que pelo simples fato de serem amigos de um doente já mostravam que não se viam melhores ou piores que o pobre paralítico. Dentre tantos obstáculos do seu dia-a-dia se deparam com maior do que poderiam imaginar. Uma enorme multidão a ponto de não terem espaço para fazerem chegar o paralítico diante de Jesus. Apenas o levaram movidos por essa fé. E é graças a ela e só por ela. Eles conseguiram encontrar uma solução para a doença do seu amigo. A fé supera tudo. A fé em Jesus faz da pessoa mais do que vencedora. Pois como vimos, não obstante a casa cheia e por isso o paralítico não podia entrar, eles perseverantes, confiantes e esperançosos lutaram até ao fim. E o fim foi encontrar um furo e por ele fazê-lo descer.

Graças a ousadia daqueles homens onde não havia lugar para os excluídos se tornou o lugar da cura e da libertação de todos os pecados. É assim que Deus vem ao encontro dos que n’Ele esperam e confiam! Os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mudos falam, os coxos andam, a boa nova é anunciada aos pobres. Quer dizer os céus se abrem para acolher todos aqueles que renunciando a vida do pecado se entregam à Deus.

É fundamental nesta luta não desistir! Lutar até ao fim. Como aqueles amigos do paralítico, que acreditavam que Jesus era diferente, porque a mensagem d’Ele era diferente da dos demais mestres da lei e fariseus, e portanto aquele “pobre paralítico” tinha que ouvi-la.

Convido-te meu irmão e minha irmã: Então vamos fazer o impossível para que os doentes da nossa família, da nossa casa, da nossa sociedade e do nosso País e do nosso mundo ouçam a esse Jesus de cuja mensagem é a Boa Nova da Salvação. Corramos o risco. Visto que a única saída para que os nossos sejam atendidos é o buraco do teto. Vamos e subamos esse Jesus é inigualável. Essa é a atitude de fé de quem entende que Jesus é único, inigualável este é um momento único na tua e na minha vida e principalmente na vida do meu e do teu paralítico.

Saiba que, fé que faz com que Jesus se admire não é a fé no milagre da cura, mas a fé no milagre do Reino, a fé no milagre de que, no Reino, eu posso me aproximar com ousadia na presença de Deus sem intermediários. A fé que causa espanto em Cristo é a fé daqueles que entendem que a mensagem do Reino é inigualável, e quebra com todas as barreiras que separam. A fé que move a mão de Jesus é a fé de que no Reino todos, somos realmente o próximo do outro. E, portanto nos preocupamos uns com os outros. E ao nos preocuparmos com bem estar dos outros, também Cristo nos dá o necessário. Pois é dando que se recebe, é amando que se é amado, é perdoando que se é perdoando, é morrendo que se ressuscita para a vida eterna, nos ensina São Francisco de Assis.

Por mais que naquele momento eles desejassem ver o amigo deles curado, a fé deles já os havia curado, pois eles entenderam a importância da mensagem do Reino.

Nessas condições não há mais pecados, os pecados foram perdoados, e somente aquele paralítico podia entender a profundidade daquela afirmação de Jesus em sua vida. Se ele entendeu que em Jesus nada mais o separava de Deus, então ele foi alvo ali do perdão de Deus, pois ninguém se aproxima com tamanha fé diante de Deus se antes o próprio Deus não o tivesse perdoado.

Fazer o paralítico andar foi um sinal não para o paralítico, mas para mim e para ti quando que ainda não enxergamos a realidade do Reino. A cura física do paralítico é a representação terrena, carnal, física, daquilo que Deus, através da Sua Palavra pode fazer em mim e em ti todas as vezes que abrindo o coração a acolhemos com fé, esperança e confiança.
Fonte Canção Nova

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