sexta-feira, 14 de março de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 23,1-12 - 18.03.2014 - Eles falam mas não praticam.

Pai,
que os maus exemplos
jamais me influenciem,
fazendo-me desviar de teu caminho.
Seja teu Filho Jesus
meu único modelo de vida.
Roxo. 3ª-feira da 2ª Semana Quaresma

Evangelho - Mt 23,1-12

Eles falam mas não praticam.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 23,1-12

Naquele tempo:
1Jesus falou às multidões e a seus discípulos:
2'Os mestres da Lei e os fariseus
têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés.
3Por isso,
deveis fazer e observar tudo o que eles dizem.
Mas não imiteis suas ações!
Pois eles falam e não praticam.
4Amarram pesados fardos
e os colocam nos ombros dos outros,
mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los,
nem sequer com um dedo.
5Fazem todas as suas ações
só para serem vistos pelos outros.
Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura,
na testa e nos braços,
e põem na roupa longas franjas.
6Gostam de lugar de honra nos banquetes
e dos primeiros lugares nas sinagogas;
7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas
e de serem chamados de Mestre.
8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre,
pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos.
9Na terra, não chameis a ninguém de pai,
pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10Não deixeis que vos chamem de guias,
pois um só é o vosso Guia, Cristo.
11Pelo contrário, o maior dentre vós
deve ser aquele que vos serve.
12Quem se exaltar será humilhado,
e quem se humilhar será exaltado.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB




Reflexão - Mt 23, 1-12

Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço.
Fonte CNBB

  

QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO Mt 23,1-12
HOMILIA

O evangelho de Mateus apresenta no capítulo 23, de maneira contundente, as últimas críticas de Jesus aos escribas e fariseus. No trecho de hoje, o evangelista conta uma história curiosa. Trata-se da crítica de Jesus ao poder reinante do espírito do mundo. Ele começou a pregar completamente diferente do que se vivia. Não estava preocupado com o poder político dominante. Uma única vez que tentaram colocá-lo à prova numa difícil situação política, Ele respondeu: "Hipócritas! (…) Pois dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." É um ensinamento para todos, mas também uma advertência àqueles que detêm o poder neste mundo.
            Jesus fala em cátedra de Moisés, a doutrina tradicional que receberam de Moisés, chamada Lei Mosaica, contida na Torá, que ainda trazia o que falaram os profetas, Abraão e outros grandes patriarcas. Dominados pelos romanos, os judeus, sem muita alternativa, tomaram uma posição de fazer valer aquelas tradições. Mas, ao longo do tempo, a elas foram acrescentadas interpretações pessoais a impor tanta coisa, que eles mesmos não podiam cumprir. Aqueles mestres faziam questão de assim serem chamados. Isto fazia com que se sentissem mais poderosos. Quem não os chamava de Mestre estava perdido.
            Meu irmão, esta critica é também para nós. Pois em nossos dias vemos muitas vezes padres novos, catequistas e lideres meio tímidos, e à medida que a comunidade coloca muitas coisas à sua disposição, que o bajula demais, ele vai se transformando num poderoso, transferindo para dentro da Igreja aquele espírito pomposo que impõe obrigações e sacrifícios aos outros e paroquianos, como quase condição para que o tenham. Se suas atividades deveriam ser levadas pelo Espírito de Deus, trata-se de uma pessoa espiritualizada que revela um demasiado zelo. Percebe-se, porém, cerimônias realizadas e quando se faz pelo espírito da vaidade e da soberba. Somente para aparecer.
            Jesus observou isto muito bem. Ele sabia que naquela sinagoga acontecia a mesma coisa. E alertou aos Apóstolos: vocês devem entender a Lei e cumpri-la, mas não imitem esses homens, "pois dizem o que não fazem"; impõem a vocês coisas que eles mesmos não cumprem, fardos que não carregam, porque não aguentam. Isto é hipocrisia. E termina dizendo uma coisa desconcertante, para a época, ao olhar dos judeus. Os mestres das sinagogas ensinavam: Se eu tenho este copo é porque tenho a graça de Deus. Se o tenho cheio d’água é porque estou repleto da graça de Deus. Se tenho o copo, água e posso bebê-la, estou plenamente na graça de Deus.
            Eles faziam uma divisão. Queriam convencer as pessoas de que estavam bem, eram ricos, cheios de franjas e frases do Torá na testa e nas roupas, finas por sinal, porque estavam cheios da graça de Deus. Aqueles que não pudessem fazer isto, é porque não tinham a graça de Deus. Esta era a mentalidade da época.    
Jesus vem com uma proposta contrária a tudo isso: "Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado." Hoje, entendemos essa máxima do Evangelho, mas naquela época isto foi de difícil compreensão: ter de se humilhar para ser exaltado? Se somos pobres diante dos homens, seremos ricos diante de Deus. Essa pobreza é um dom de Deus.
Senhor, ensina-me a ser humilde, quebre a minha vaidade, orgulho e soberba, para que eu possa entender a máxima: Deus humilha os que se exaltam e exalta os que se humilham.
Fonte Homilia Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla



LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Preparo-me para a Leitura Orante, cumprimentando,
com todos os internautas,
a Jesus, como Mestre:
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé.
Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola.
Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis e das trevas eternas.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante dos homens.

Jesus vida, fazei que minha presença contagie a todos com o vosso amor e a vossa alegria.
Bem-aventurado Tiago Alberione

1- LEITURA (VERDADE)

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio com atenção, na Bíblia, o texto de hoje em Mt 23,1-12.
Jesus se apresenta como um Mestre diferente. A maior preocupação de um cristão autêntico é levar todos a Cristo Mestre, viver integralmente o Evangelho, e anunciar o Divino Mestre Caminho, Verdade e Vida.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

- O que a Palavra diz para mim?
Considero, como refletem os bispos na Conferência de Aparecida, Jesus como único Mestre que tem palavras de vida eterna: "O chamado que Jesus, o Mestre faz, implica numa grande novidade. Na antiguidade, os mestres convidavam seus discípulos a se vincular com algo transcendente e os mestres da Lei propunham a adesão à Lei de Moisés. Jesus convida a nos encontrar com Ele e a que nos vinculemos estreitamente a Ele porque é a fonte da vida (cf. Jo 15,1-5) e só Ele tem palavra de vida eterna (cf. Jo 6,68). Na convivência cotidiana com Jesus e na confrontação com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincular intimamente a sua pessoa (cf. Mc 1,17; 2,14). Jesus os escolheu para “que estivessem com Ele e para enviá-los a pregar” (Mc 3,14), para que o seguissem com a finalidade de “ser d’Ele” e fazer parte “dos seus” e participar de sua missão. O discípulo experimenta que a vinculação íntima com Jesus no grupo dos seus é participação da Vida saída das entranhas do Pai, é se formar para assumir seu estilo de vida e suas motivações (cf. Lc 6,40b), viver seu destino e assumir sua missão de fazer novas todas as coisas." (DAp 131).

3- ORAÇÃO (VIDA)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo a
Oração da Campanha da Fraternidade de 2014
Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo
e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.
Fazei que experimentem a libertação da cruz
e a ressurreição de Jesus.
Nós vos pedimos pelos que sofrem
o flagelo do tráfico humano.
Convertei-nos pela força do vosso Espírito,
e tornai-nos sensíveis às dores
destes nossos irmãos.
Comprometidos na superação deste mal,
vivamos como vossos filhos e filhas,
na liberdade e na paz.
Por Cristo nosso Senhor.
Amém!

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou vivenciar o meu ser discípulo de Jesus Mestre vivendo a fraternidade. E colocarei no cume de todas as minhas «referências» Jesus Mestre.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Fonte Leitura Orante Ir. Patrícia Silva, fsp – Paulinas 

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