terça-feira, 21 de agosto de 2012

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - 22.08.2012 - Peçamos a Deus um coração obediente como o de Maria


Evangelho (Lucas 1,26-38)
Quarta-Feira, 22 de Agosto de 2012
Nossa Senhora Rainha


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”.
38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




HOMILIA
Peçamos a Deus um coração obediente como o de Maria
agosto 22nd, 2012

Aos pastores que guardavam os rebanhos de seu patrão é anunciado o nascimento de Jesus. Eles vão às pressas ao encontro do recém-nascido. Lucas, com suas narrativas da infância de João Batista e de Jesus, no início de seu Evangelho, já apresenta um de seus temas fundamentais: em Jesus, Deus se revela como o Deus dos pobres, fracos e excluídos.
Pois a escolha de Maria – uma jovem da periferia da Galileia – para ser a mãe de Jesus, Filho de Deus, nos revela que o projeto de Deus difere dos projetos humanos.
O poder e o prestígio tão ansiosamente buscados nada significam para Deus. Maria viveu a humildade e o serviço e, nisto, identifica-se com seu filho Jesus. O título de “rainha” aplicado a Maria não indica poder e superioridade, mas sim amor que se doa, cativa  e se comunica. Maria está presente em nossos lares, nas alegrias e nos sofrimentos, nos confortando como mãe e companheira de caminhada no seguimento de Jesus.
Seu amor misericordioso é universal e a fonte da paz a ser consolidada pelos laços de fraternidade e justiça entre todos, homens e mulheres.
Unindo o Filho que se encarna e a Mãe que O acolhe, aparece misteriosamente a obediência, o “sim” de total disponibilidade ao Pai. O “sim” eterno do Filho, que ecoa no tempo através do “sim” da Virgem Maria. Assim, aparece o quanto a salvação do mundo e da humanidade manifesta-se na atitude de obediência, o contrário da atitude do pecado original: a humanidade voltará pela obediência Àquele de quem se afastou pela covardia da desobediência. O Criador e a criatura, de modo admirável e incompreensível, comungam nessa obediência ao plano amoroso de salvação.
Somos convidados a contemplar a atitude crente, madura e disponível de Nossa Senhora: crente porque se confia totalmente ao Senhor, como Abraão, que partiu sem saber para onde ia (cf. Hb 12,8). Casamento, futuro, filhos… Tudo isso a Virgem Mãe deixou nas mãos de Deus, sem pedir explicações, sem pedir provas, sem pedir garantias. Atitude madura porque humildemente procurou compreender – o quanto possível – o plano de Deus a seu respeito para melhor aderir a ele.
Atitude disponível pela sua insuperável resposta ao convite do Senhor: “Eis a Serva!” – Não se pertence a si própria, não considera sua vida e seu destino a partir de seus interesses e projetos; ela se confia total e absolutamente ao seu Senhor e Deus.
Concluindo, diremos que a Anunciação do Anjo mostra a dinâmica da fé e de Maria: sendo virgem, descobre-se grávida; perturba-se e tem medo; descobre a mão de Deus ao Espírito Santo; toma consciência que o que cresce em seu seio é Divino; não duvida desta iluminação interior; apenas pergunta como se fará isso. Aceita realidades que não se veem. Ela creu, pois para Deus nada é impossível.
A fé consiste exatamente nisso: “a fé é a antecipação das coisas que se esperam, a prova das realidades que não se veem”. (Hb 11,1). Com Maria digamos “sim” à voz de Deus, pois Jesus quer continuar nascendo em mim e em você todos os dias.
Padre Bantu Mendonça


Fonte Canção Nova

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