Evangelho (Mateus 19,13-15)
Sábado, 18 de Agosto de 2012
19ª Semana Comum
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 13levaram crianças a Jesus, para que
impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as
repreendiam. 14Então Jesus disse: “Deixai as crianças e não as proibais de vir
a mim, porque delas é o Reino dos Céus”. 15E depois de impor as mãos sobre
elas, Jesus partiu dali.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
HOMILIA
Todos são iguais e
filhos aos olhos de Deus
agosto 18th, 2012
A atitude dos discípulos, que impedem os pequeninos de se
aproximarem de Jesus, significa incompreensão do ministério de Cristo.
O relevância das crianças do Evangelho de hoje é diferente
do Evangelho da terça-feira passada, que se tratava da conversão. Se tornar
“pequeno como uma criança” para aqueles adultos que buscavam o poder e não a
dependência de Deus tratava-se de conversão: “Em verdade vos digo, se não vos
converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos
Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior do Reino dos Céus”
(cf. Mt 18, 3-4).
Na antiguidade, as crianças não eram consideradas seres
significativos na sociedade. Jesus, porém, faz delas as privilegiadas do Reino
de Deus. Admite-as de bom grado na vida da comunidade cristã. E, com elas,
admite e ama com predileção os marginalizados, os desconhecidos, os
desprezados, as viúvas, os leprosos e os excluídos da convivência humana. Pelo
que podemos notar, os tempos de hoje não são tão diferentes do tempo de Jesus.
“Porque deles é o Reino dos Céus”.
Existem, hoje, códigos de direito e defesa das crianças mas,
mesmo assim, elas ainda são “violentadas” de muitas formas pela nossa
sociedade, que cada vez mais longe de Cristo se torna pagã e desumana. Além das
crianças, deixamos de fora dos direitos do Reino adultos drogados, pobres
marginalizados, idosos, que não “produzem” mais e, por isso, são um peso para o
mundo comercial e competitivo e “aqueles que não compreendemos porque são
assim”. Sem falar na mãe solteira, nas crianças que não tiveram nem o direito
de nascer. As crianças estão no centro da família e são um sinal de esperança,
de tempos melhores, de um futuro mais justo e humano.
Portanto, toda espécie de “pré”-conceito contra quem quer
que seja é contrário ao Reino de Deus ensinado por Jesus. É necessário
evangelizar nossa sociedade, mas também nosso interior engessado com uma mentalidade
de direitos exclusivos para determinado grupo ou classe social. Onde uns são
melhores do que os outros. Todos são filhos e iguais aos olhos de Deus. Vejamos
também o modo como nos julgamos e julgamos os outros.
Ide, pois, aprender o que significa: “Eu quero amor e
misericórdia mais do que sacrifícios e holocaustos” (cf. Mt 9,13).
Padre Luizinho
Fonte: Canção Nova
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