Liturgia Diária
22 – QUARTA-FEIRA
7ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Evangelho: Marcos 9:38-40
"Senhor, ensina-nos a acolher aqueles que fazem o bem em teu nome, reconhecendo que quem não é contra nós é por nós. Que possamos viver em unidade, valorizando a diversidade e promovendo a paz entre todos."
Marcos 9:38-40 (Bíblia de Jerusalém)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 38 João disse-lhe: "Mestre, vimos alguém que expulsava demônios em teu nome, e nós o proibimos, porque ele não nos segue."
39 Mas Jesus disse: "Não o proibais, pois ninguém que faça um milagre em meu nome poderá logo depois falar mal de mim.
40 Pois quem não é contra nós é por nós." - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Quem não é contra nós é por nós." (Marcos 9:40)
Neste breve trecho, Jesus ensina uma lição importante sobre tolerância e cooperação. João, preocupado com a exclusividade do grupo dos discípulos, quer impedir alguém de agir em nome de Jesus. No entanto, Jesus corrige essa visão limitada, destacando que o bem feito em seu nome não deve ser obstruído. Esta passagem nos convida a valorizar e reconhecer o bem onde quer que ele ocorra, independentemente da origem. Enfatiza a importância de unidade e inclusão na fé, lembrando-nos de que o verdadeiro trabalho de Deus pode se manifestar através de diversos canais e pessoas. Esta atitude de abertura e aceitação é crucial para a construção de um mundo mais harmonioso e colaborativo.
HOMILIA
Homilia: O Espírito de Inclusão no Reino de Deus
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje refletimos sobre uma passagem do Evangelho de Marcos que nos desafia a reconsiderar nossa visão de comunidade e serviço no Reino de Deus. Em Marcos 9, 38-40, encontramos João dizendo a Jesus: "Mestre, vimos alguém que expulsava demônios em teu nome, e nós o proibimos, porque ele não nos segue." A resposta de Jesus é surpreendente e profunda: "Não o proibais, pois ninguém que faça um milagre em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós."
Esta breve passagem revela uma mensagem poderosa sobre a inclusão e a abertura no serviço a Deus. Em nossa jornada de fé, é fácil cair na armadilha de querer controlar e definir rigidamente quem faz parte da comunidade e quem está fora dela. João e os discípulos estavam preocupados com a exclusividade de seu grupo, temendo que outros, que não seguiam diretamente a Jesus, pudessem ameaçar sua identidade e autoridade.
No entanto, Jesus nos ensina a ver além dessas barreiras humanas. Ele nos chama a reconhecer e acolher todos aqueles que fazem o bem em Seu nome, independentemente de sua afiliação. A afirmação "quem não é contra nós é por nós" nos desafia a adotar uma visão mais inclusiva e generosa do Reino de Deus. Em vez de nos concentrarmos nas diferenças que nos separam, Jesus nos convida a celebrar a unidade que encontramos no serviço ao bem comum.
Esta mensagem é especialmente relevante em nossos tempos. Vivemos em uma era marcada por divisões, conflitos e uma crescente polarização. Muitas vezes, somos rápidos em julgar e excluir aqueles que não compartilham exatamente das nossas crenças ou práticas. No entanto, Jesus nos chama a superar essas divisões e a buscar a unidade no amor e no serviço.
Jesus reconhece que o bem pode ser realizado de muitas maneiras e por muitas pessoas diferentes. Ele nos ensina que, se uma ação é realizada em Seu nome e promove o bem, deve ser acolhida e valorizada. Esta é uma lição de humildade e abertura, lembrando-nos de que o Espírito Santo opera de maneiras misteriosas e variadas.
Para aplicar esta lição em nossa vida cotidiana, devemos começar com um exame de consciência. Perguntemo-nos: estamos abertos a acolher e colaborar com aqueles que, embora diferentes de nós, trabalham pelo bem em nome de Cristo? Estamos dispostos a ver a presença de Deus nas ações dos outros, mesmo que eles não façam parte do nosso círculo imediato?
Que esta passagem nos inspire a ser mais inclusivos e generosos em nossa fé. Que possamos construir pontes em vez de muros, reconhecendo que todos aqueles que fazem o bem são instrumentos de Deus. E que possamos, como comunidade de fé, ser um testemunho vivo do amor inclusivo e abrangente de Cristo.
Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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