quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 2,13-17 - 14.01.2023

Liturgia Diária


14 – SÁBADO 

1ª SEMANA DO TEMPO COMUM*


(verde – ofício do dia)



Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo poder é eterno.


“Temos um sumo sacerdote eminente que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus.” Por isso – nós, pecadores chamados e redimidos por Cristo -, cheios de confiança,  nos aproximemos “do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno”.


Fonte https://www.paulus.com.br/


Evangelho: Marcos 2,13-17


Aleluia, aleluia, aleluia.


O Espírito do Senhor repousa sobre mim / e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 13Jesus saiu de novo para a beira do mar. Toda a multidão ia ao seu encontro e Jesus os ensinava. 14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu. 15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. 16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com os cobradores de impostos e pecadores?” 17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 2,13-17

«Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores»


Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart

(Tarragona, Espanha)

Hoje, na cena que nos relata São Marcos, vemos como Jesus ensinava e como todos vinham para O escutar. A fome de doutrina é patente, então e também agora, porque a ignorância é o pior inimigo. Tanto assim é, que se tornou clássica a expressão: «Deixarão de odiar, quando deixarem de ignorar».


Passando por ali, Jesus viu Levi, filho de Alfeu, sentado na banca de cobrança dos impostos e, ao dizer-lhe «segue-me», deixando tudo, foi com Ele. Com esta prontidão e generosidade ele fez o grande “negócio”. Não somente o “negócio do século”, mas também o da eternidade.


Devemos pensar há quanto tempo acabou o negócio de recolha de impostos para os romanos e, pelo contrário, Mateus — hoje mais conhecido pelo seu novo nome do que por Levi — não deixa de acumular benefícios com os seus escritos, ao ser uma das doze colunas da Igreja. É o que acontece quando se segue o Senhor com prontidão. Ele disse-lhe: «E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna» (Mt 19,29).


Jesus aceitou o banquete que Mateus lhe ofereceu em sua casa, junto com os outros cobradores de impostos e pecadores, e com os seus apóstolos. Os fariseus —como espectadores dos trabalhos dos outros— comentam aos discípulos que o seu Mestre come com pessoas que eles têm catalogadas como pecadores. O Senhor ouve-os e sai em defesa do seu modo habitual de agir com as almas: «Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores» (Mc 2,17). Toda a Humanidade necessita do Médico divino. Todos somos pecadores e, como dirá S. Paulo, «todos pecaram e estão privados da glória de Deus» (Rom 3,23).


Respondamos com a mesma prontidão com que Maria sempre respondeu à sua vocação de co-redentora.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«¡Ai de mim, Senhor! ¡Tem misericórdia de mim! Eu não te escondo as minhas chagas. Tu és médico, e eu estou doente; tu eres misericordioso, e eu sou miserável» (Santo Agostinho)


«Quem se encontra aparentemente mais longe da santidade, pode converter-se mesmo em um modelo de acolhida da misericórdia de Deus e deixar ver os seus maravilhosos efeitos» (Bento XVI)


«Cristo convidou à fé e à conversão, mas de modo nenhum constrangeu alguém (…)» (Catecismo de la Igreja Católica, nº 160)

Fonte https://evangeli.net/


Reconheçamos os nossos pecados

HOMILIA


“Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores” (Marcos 2,17).


Assim como é uma graça reconhecermos que somos pecadores, é importante que esse reconhecimento seja autêntico e verdadeiro, saber que o pecado está em nós. É muito importante também reconhecer que somos doentes, ainda que a nossa meta seja a santidade, ainda que a nossa meta seja sermos pessoas sadias.


Não seremos sadios nem santos, se não olharmos para a nossa condição do jeito que ela é. A nossa condição de pecador está aí, os nossos pecados estão à nossa frente; e não iremos vencer e combater nenhum pecado se não o reconhecermos.


Às vezes, fazemos vista grossa ao pecado, nós ignoramos ou nos conformamos com ele. E mais do que isso, você pode dizer: “Não cometo aqueles pecados que os outros cometem”, e entramos numa medida comparativa quando, na verdade, precisamos conhecer a nós mesmos, reconhecermos a nossa própria condição, reconhecermos que o pecado está à nossa frente.


Só aquilo que é reconhecido que pode ser tratado, só aquilo que é assumido que pode ser curado e liberto. Se me reconheço como pecador e reconheço o meu pecado, a graça de Deus já está para me libertar, me perdoar, me ajudar a vencer a força que o pecado exerce em mim. Mas se já me considero justo, se considero que meus pecados são pequenos, insignificantes e não têm importância alguma, eles começam a fazer parte de mim, se incorporam a minha vida e não saem porque não dou a devida importância a eles.


Os nossos pecados estão à nossa frente; e não iremos vencer e combater nenhum pecado, se não o reconhecermos

Com a nossa saúde é do mesmo jeito, infelizmente, muitas pessoas deixam para se reconhecerem doentes quando estão num grau elevado de enfermidade, quando a enfermidade já representa uma ameaça à vida da pessoa. Precisamos reconhecer as fragilidades em nossa saúde e comecemos pelas nossas fragilidades emocionais que são tantas.


Como somos frágeis, emocionalmente falando, e como nós precisamos de médico, de cuidado, precisamos dar atenção à nossa saúde como ninguém! Às vezes, olhamo-nos fisicamente no espelho e nos achamos aquela pessoa forte e bonita, nós nos enganos e nos iludimos e não olhamos que, por trás de tudo isso, há verdadeiras fragilidades, sobretudo emocionais, que precisam ser cuidadas e tratadas.


Cada um de nós, a começar por mim, como preciso ser cuidado, como preciso realmente cuidar da minha saúde física, emocional, psíquica, espiritual e psicológica. Se me reconheço doente e pecador, Deus está aqui para cuidar de mim, mas o primeiro passo para a cura é reconhecer a minha enfermidade; o primeiro passo para a graça da santificação é me reconhecer pecador.


Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

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