domingo, 8 de janeiro de 2023

LITURGIA E HOMILI DIÁRIA - Evangelho: Mateus 3,13-17 - 09.01.2023

Liturgia Diária


9 – SEGUNDA-FEIRA 

BATISMO DO SENHOR


(branco, glória, prefácio próprio – ofício da festa)



Batizado o Senhor, os céus se abriram e o Espírito Santo pairou sobre ele sob forma de pomba. E a voz do Pai se fez ouvir: Este é o meu Filho muito amado, nele está todo o meu amor! (Mt 3,16s)


Concluindo o ciclo do Natal, a liturgia nos convida a conhecer mais plenamente Jesus. O batismo é o início da sua vida pública e da sua missão no mundo, como enviado pelo Pai para manifestar sua bondade e seu amor pela humanidade. Esse mistério realiza-se em união constante e perfeita com o Pai e o Espírito Santo. Proponhamo-nos, nesta celebração, a viver diariamente nossos compromissos batismais.


Evangelho: Mateus 3,13-17


Aleluia, aleluia, aleluia.


Abriram-se os céus / e fez-se ouvir a voz do Pai: / Eis meu Filho muito amado; / escutai-o, todos vós! (Mc 9,7) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13Jesus veio da Galileia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João e ser batizado por ele. 14Mas João protestou, dizendo: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” 15Jesus, porém, respondeu-lhe: “Por enquanto deixa como está, porque nós devemos cumprir toda a justiça!” E João concordou. 16Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água. Então o céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo pousar sobre ele. 17E do céu veio uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado”. – Palavra da salvação.

Fonte Evangelho: Mateus 3,13-17


Reflexão - Evangelho: Mateus 3,13-17

«Jesus veio da Galileia para o rio Jordão, até junto de João, para ser batizado por ele»


Rev. D. Antoni CAROL i Hostench

(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos o Messias —o Ungido— no Jordão «para ser batizado» (Mt 3,13) por João. E vemos Jesus Cristo como assinalado pela presença na forma visível do Espírito Santo e, na forma audível, do Pai, o qual declara de Jesus: «Este é o meu Filho amado; nele está meu pleno agrado». (Mt 3,17). Temos aqui um motivo maravilhoso e, pela sua vez, motivador para viver uma vida: ser sujeito e objeto do agrado do Pai celestial. Agradar ao Pai!


De alguma maneira já o pedimos na oração coletiva da missa de hoje: «Deus todo-poderoso e eterno (...) concede aos teus filhos adotivos, nascidos da água e do Espírito Santo, levar sempre uma vida que te seja grata». Deus, que é Pai infinitamente bom, sempre nos “quer bem”. Mas, já se o permitimos?; Somos dignos desta benevolência divina?; Correspondemos a esta benevolência?


Para ser digno da benevolência e do agrado divino, Cristo tem outorgado às águas força regeneradora e purificadora, de maneira que quando somos batizados começamos a ser verdadeiramente filhos de Deus. «Talvez haverá alguém que pergunte: ‘Por que quis batizar-se, se era santo?’. Escute-me! Cristo batiza-se não para que as águas o santifiquem, mas para santificá-las Ele» (São Máximo de Turim).


Tudo isto —desmerecidamente— nos situa como num plano de conaturalidade com a divindade. Mas não nos basta a nós com esta primeira regeneração: precisamos reviver de alguma maneira o Batismo por meio de uma espécie de continuo “segundo batismo” que é a conversão. Paralelamente ao primeiro Mistério da Luz do Rosário —O Batismo do Senhor no Jordão— nos convêm contemplar o exemplo de Maria no quarto dos Mistérios de Gozo: a Purificação, Ela, Imaculada, virgem pura, não tem inconveniente em submeter-se ao processo de purificação. Nós lhe imploramos a simplicidade, a sinceridade e a humildade que nos permitirão viver de maneira constante nossa purificação a modo de “segundo batismo”.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Cristo apareceu no mundo e, ao embelezar o mundo e acabar com a sua desordem, transformou-o em brilhante e alegre. Ele tornou seu o pecado do mundo e acabou com o inimigo do mundo. Ele santificou as fontes das águas e iluminou as almas dos homens» (São Proclo de Constantinopla)


«Antes de subir aos Céus, Jesus pediu-nos que fôssemos por todo o mundo batizar. E desde esse dia esta tem sido uma corrente ininterrupta: batizámos os nossos filhos, e depois os nossos filhos aos seus filhos, e os seus filhos... E ainda hoje esta corrente continua» (Francisco)


«O início da vida pública de Jesus é o seu batismo por João, no rio Jordão. João pregava um batismo de penitência, em ordem à remissão dos pecados´ (...).Então aparece Jesus´(...) e recebe o batismo. Então o Espírito Santo, sob a forma de pomba, desce sobre Jesus e uma voz do céu proclama: `Este é o meu Filho muito amado´ (Mt 3,13-17). Tal foi a manifestação (“epifania”) de Jesus como Messias de Israel e Filho de Deus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 535)

Fonte https://evangeli.net/


CONVERTEI-VOS Mt 3,1-12

HOMILIA


Estamos a celebrar o segundo domingo do Advento. A liturgia de hoje nos propõe o convite que João Baptista, aparecendo no deserto fez a beira do rio Jordão: Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus. Durante toda a sua vida ele pregou aos homens e mulheres o arrependimento, preparando assim o caminho do Senhor que estava por chegar, Aquele que vinha trazer a Salvação. Suas palavras ressoavam para romper todas as barreiras injustas e, sobretudo àquelas que nos impediam de enxergar o Cristo que nos faz verdadeiramente coherdeiros com Ele da glória do Céu.


Após as suas narrativas de infância de Jesus, com acentuado caráter teológico, Mateus apresenta João Batista com seu anúncio e seu batismo como marcos iniciais do ministério de Jesus. João Batista era filho de Zacarias, sacerdote do Templo de Jerusalém. Este sacerdócio era hereditário, porém João rompe com tal tradição. Ele se afasta de Jerusalém e do Templo e, como profeta, faz seu anúncio nas regiões desérticas da Judéia. Com sua pregação ele atrai a si o povo, esvaziando assim o Templo e o sacerdócio de Jerusalém. Aos líderes religiosos, saduceus e fariseus que vêm a ele para espioná-lo, adverte que não se sintam justificados por se considerarem filhos de Abraão.


A primeira leitura é tirada do livro de Isaías 11,1-10. É um pouco difícil datar este oráculo, mas a alusão ao tronco e à raiz de Jessé faz supor o estado de destruição da dinastia davídica. Nesse sentido, o oráculo assegura, na continuidade da dinastia, a fidelidade divina às promessas. O que Deus espera é os bons frutos, os frutos da justiça, é a restauração da primeira criação, onde a Paz reinará eternamente.


Já na segunda leitura, são os bons frutos que Paulo propõe a seus discípulos. As comunidades unidas em um só coração, no acolhimento, na compaixão e na misericórdia, são as sementes do projeto do mundo novo querido por Deus. Elas deverão eliminar do seu meio todas as barreiras discriminatórias no meio dela.


No Evangelho segundo Mt 3,4-12, Mateus apresenta João Batista como um dos antigos profetas e oferece estrutura ordenada, pedagógica e eclesial. Estabelece três etapas fundamentais do processo evangelizador: a pregação, a conversão e depois o baptismo.


Só o homem que perante a palavra pregada se converter, tomando a consciência da nova realidade dada pela presença do Reino e a faz sua pode ser batizado. Diante do Reino não há privilêncios de raça, porque a vinda do Senhor é também um juízo do mundo e cada um será julgado segundo tiver escutado acolhida a palavra de Deus. Os que a aceitam serão purificados com o espírito e o fogo. Os que não se convertem são destinados a um fogo exterminador.


A pregação de João continua a realizar-se nos dias de hoje em nossas comunidades, no mundo e em cada um de nós afim de que sejamos acolhedores da Redenção de Cristo. Diante dele precisamos tomar nossa decisão e para isso, é preciso à conversão.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Segunda Leitura

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