sexta-feira, 22 de julho de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 11,1-13 - 24.07.2022

Liturgia Diária


24 – DOMINGO  

17º DO TEMPO COMUM


(verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)



Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6s.36).


Na Eucaristia descobrimos o rosto amoroso de Deus, nosso Pai, sempre inclinado a nos acolher e socorrer. Ele nos reúne como filhos e filhas para a oração, a escuta da Palavra e a partilha do Pão. Celebremos o mistério pascal de Jesus, que nos alcançou a ressurreição e é o Mestre que nos ensina a rezar com confiança e perseverança.


Evangelho: Lucas 11,1-13


Aleluia, aleluia, aleluia.


Recebestes o Espírito de adoção; / é por ele que clamamos: Abá, Pai! (Rm 8,15) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”. 2Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação'”. 5E Jesus acrescentou: “Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’, 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. 11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!” – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 11,1-13

«Jesus estava orando num certo lugar… ‘Senhor, ensina-nos a orar’»


Abbé Jean GOTTIGNY

(Bruxelles, Blgica)

Hoje, Jesus em oração nos ensina a orar. Prestemos atenção no que sua atitude nos ensina. Jesus Cristo experimenta em muitas ocasiões a necessidade de encontrar-se cara a cara com seu Pai. Lucas, em seu Evangelho, insiste sobre este ponto.


Sobre que falavam naquele dia? Não sabemos. No entanto, em outra ocasião, nos chegou um fragmento de conversação entre seu Pai e Ele. No momento em que foi batizado no rio Jordão, quando estava orando, «E do céu veio uma voz: ‘Tu és o meu filho amado; em ti está meu pleno agrado’» (Lc 3,22). No parêntese de um diálogo ternamente afetuoso.


Quando, no Evangelho de hoje, um dos discípulos, ao observar seu recolhimento, lhe implora que lhes ensine a falar com Deus, Jesus responde: «Quando ores, diga: ‘Pai, santificado seja teu nome…’» (Lc 11,2). A oração consiste em uma conversação filial com esse Pai que nos ama com loucura. Não definia Teresa de Ávila a oração como “uma íntima relação de amizade”: «estando muitas vezes tratando a sós com quem sabemos que nos ama»?


Bento XVI encontra «significativo que Lucas situe o Pai-nosso no contexto da oração pessoal do próprio Jesus. Desta forma, Ele nos faz participar de sua oração; conduz-nos ao interior do diálogo íntimo do amor trinitário; ou seja, levanta nossas misérias humanas até o coração de Deus».


É significativo que, na linguagem cotidiana, a oração que Jesus Cristo nos ensinou se resume nestas duas únicas palavras: «Pai Nosso». A oração cristã é eminentemente filial.


A liturgia católica põe esta oração nos nossos lábios no momento em que nos preparamos para receber o Corpo e o Sangre de Jesus Cristo. As sete petições que permite e a ordem em que estão formuladas nos dão uma ideia da conduta que devemos de manter quando recebamos a Comunhão Eucarística.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Ele quer que eu lhe ame porque me há perdoado, não muito, senão tudo. Não tem esperado a que eu lhe ame muito, senão que tem querido que eu saiba até que ponto Ele me tem amado, para que eu lhe ame a Ele com loucura!» (Santa Teresa de Lisieux)


«O Senhor disse-nos como temos de orar. Lucas põe o “Pai Nosso” em relação com a oração pessoal em Jesus mesmo. Ele nos faz participes de sua própria oração, nos introduz no diálogo interior do Amor trinitário» (Bento XVI)


«Tal oração, que nos vem de Jesus, é verdadeiramente única: é “do Senhor”. Efetivamente, por um lado, nas palavras desta oração o Filho Único dá-nos as palavras que o Pai Lhe deu: Ele é o mestre da nossa oração. Por outro lado, sendo o Verbo encarnado, Ele conhece no seu coração de homem as necessidades dos seus irmão e irmãs humanos e nos as revela: Ele é o modelo da nossa oração.» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2765)

Fonte https://evangeli.net/


JESUS ENSINA A REZAR Lc 11,5-13

HOMILIA


No evangelho de ontem, Jesus responde ao pedido: “Senhor, ensina-nos a orar”, instruindo seus discípulos nos elementos da oração apropriada, pelo modelo de oração que ele dá. Hoje ele dá ênfase na importância da fé na oração feita com persistência conforme aparece claramente na parábola do amigo a meia-noite.


Nesta parábola, um homem é surpreendido na calada da noite por um hóspede inesperado e está embaraçado por não ter nada para alimentá-lo. Para cumprir esta exigência da hospitalidade do Oriente Médio, ele vai ao seu amigo vizinho, à meia-noite, pedindo três pães. A resposta é abrupta e insensível: “Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para dá-los.”


A reação do suplicante, contudo, é insistir, sem se acanhar, até que seu “amigo” veja que há menos inconveniência em honrar o pedido do que continuar uma discussão a essa hora da noite. A moral da história, indicada no versículo oito, é que a “persistência” ou a “falta de acanhamento” do hospedeiro embaraçado conseguiu seu objetivo numa situação em que os laços de amizade e de afinidade mostraram-se ineficazes. Portanto, a aplicação da parábola é para encorajar a persistência e a fé esperançosa na oração.


Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á.


É importante reconhecer que esta parábola é simplesmente ilustrativa, e não simbólica, pois Deus não é certamente um amigo insensível e de má vontade e Ele não nos vê como vizinhos importunos, desavergonhados. O argumento, então, raciocina do menor para o maior, do pior para o melhor. Se verdadeiramente somos amados de Deus em vez de desprezados e se Ele está ansioso antes que hesitante para ouvir nossos pedidos, por que a fidelidade na oração não produziria, não somente um ouvido atento, mas uma boa vontade em dar tudo o que pedimos que for consistente com sua sabedoria divina?


Jesus completa suas instruções em Lucas 11 sobre a fidelidade na oração indo além da certeza de que Deus ouve a oração de seu filho, a uma concentração no objeto da súplica. Enquanto há, certamente, exemplos de abusos cometidos contra crianças em volta de nós, a maioria das pessoas, não importa se são más, não dão intencionalmente aos seus filhos presentes perigosos. Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? De novo, o argumento é feito contrastando o pior com o melhor. Se pudermos confiar nos humanos para fazerem a coisa certa pela razão errada ou por causa da “afeição natural” por seus filhos, não podemos ser absolutamente confiantes em que Deus, que é mais do que apenas um amigo e pai, tanto ouvirá como dará suas melhores dádivas (seu Filho e a influência de seu Espírito) àqueles que lhe imploram persistente e fielmente?


Esta mensagem de Lucas 11 deve fazer do teu coração o lugar da acolhida do projeto de Deus na tua vida. Com fé, esperança e confiança, bate a porta, suplique, chore apresentando todas as preocupações. Tenho plena certeza de que o Todo-Poderoso ouvirá, atenderá, e responderá abundantemente de acordo com o tamanho da nossa oração. O desafio se chama: persistência, disciplina e fidelidade na oração. Portanto, como disse Paulo aos novos convertidos de Tessalônica também digo a ti: reze sem cessar, ou seja: Não pare de rezar!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Segunda Leitura

Salmo

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Santo do dia

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