quinta-feira, 17 de março de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 1,16.18-21.24 - 19.03.2022

Liturgia Diária


19 – SÁBADO  

SÃO JOSÉ


ESPOSO DE MARIA E PADROEIRO DA IGREJA


(branco, glória, creio, pref. de São José – ofício da solenidade)



Eis o servo fiel e prudente a quem o Senhor confiou a sua casa (Lc 12,42).


Homem justo e carpinteiro em Nazaré, José foi escolhido por Deus para ser esposo de Maria e pai de Jesus segundo a Lei. De profunda vida interior e pai amoroso, ele agiu com prudência e determinação nos momentos graves da vida da Sagrada Família. Em comunhão com toda a Igreja, celebremos nosso padroeiro universal e peçamos sua proteção para as famílias do mundo inteiro.


Evangelho: Mateus 1,16.18-21.24


Louvor e glória a ti, Senhor, / Cristo, Palavra de Deus!


Felizes os que habitam vossa casa, / para sempre eles hão de vos louvar! (Sl 83,5) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 24Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 1,16.18-21.24

«Sua mãe, María, estava comprometida com José»


P. Marc VAILLOT

(París, França)

Hoje, a igreja nos convida a contemplar a amável figura do santo Patriarca. Escolhido por Deus e por Maria, José viveu como todos nós entre tristezas e alegrias. Temos que olhar para qualquer uma de suas ações com interesse especial. Sempre aprenderemos com ele. É conveniente que nos coloquemos no lugar dele para imitá-lo, porque assim poderemos responder, como ele, à vontade divina.


Tudo em sua vida —modesta, humilde, simples— é luminoso. Por isso, místicos famosos (Teresa de Ávila, Hildegarde de Bingen, Teresinha de Lisieux), grandes Fundadores (Benito, Bruno, Francisco de Assis, Bernardo de Clairvaux, Josemaría Escrivá) e tantos santos de todos os tempos nos encorajam a tratar e ame-o para seguir os passos daquele que é o Padroeiro da Igreja. É o atalho para santificar a privacidade do nosso lar, entrar no seio da Sagrada Família, para levar uma vida de oração e também para santificar o nosso trabalho.


Graças à sua união constante com Jesus e Maria - essa é a chave! - José pode simplesmente experimentar o extraordinário, quando Deus o pede, como na cena evangélica da Missa de hoje, pois costuma realizar tarefas ordinárias sobretudo nunca são irrelevantes porque garantem uma vida feliz e bem-sucedida, que leva à bem-aventurança celestial.


Todos nós podemos, escreve o Papa Francisco, “encontrar em São José - o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana, discreto e escondido - um intercessor, um apoio e um guia nos momentos de dificuldade (...). José nos ensina que ter fé em Deus também inclui acreditar que Ele pode agir mesmo em meio aos nossos medos, nossas fragilidades, nossas fraquezas. E nos ensina que, em meio às tempestades da vida, não devemos ter medo de entregar o leme do nosso barco a Deus.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Fé, amor, esperança: estes são os eixes da vida de São José e os de toda vida Cristiana. A entrega de São José parece tecida desse entrecruza-se de amor fiel, de fé amorosa, de esperança confiada» (São Josemaría)


«Nos evangelhos, são José aparece como um home forte e corajoso, trabalhador, mas na sua alma se percebe uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, se não pelo contrário: denota fortaleza de ânimo. Não devemos ter medo da bondade, da ternura» (Francisco)


«A igreja exorta-nos a prepararmo-nos para a hora da nossa morte (“Duma morte repentina e imprevista, livrai-nos, Senhor”: antiga Ladainha dos Santo), a pedirmos à Mãe de Deus que rogue por nós “na hora da nossa morte” (Oração da Ave-Maria) e a confiarmo-nos a S. José, padroeiro da boa morte» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1014)


Outros comentários

«José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa»


+ Mons. Ramon MALLA i Call Bispo Emérito de Lleida

(Lleida, Espanha)

Hoje, a Igreja celebra a solenidade de São José, esposo de Maria. É como um parêntesis alegre dentro da austeridade da Quaresma. Mas a alegria desta festa não é um obstáculo para continuarmos a avançar no caminho de conversão, próprio do tempo quaresmal.


Bom é aquele que, elevando o seu olhar, faz esforços para que a sua própria vida se adapte ao plano de Deus. E bom é aquele que, olhando para os outros, procura interpretar sempre no bom sentido todas as ações que realizam e defender o seu bom nome. Nestes dois aspectos de bondade se nos apresenta São José no Evangelho de hoje.


Deus tem um plano de amor para cada um de nós, já que «Deus é amor» (1Jo 4,8). Porém, a dureza da vida leva a que algumas vezes não o saibamos descobrir. Logicamente, queixamo-nos e resistimos a aceitar as cruzes.


Não deve ter sido fácil para São José ver que Maria «antes de passarem a conviver, se encontrou grávida pela ação do Espírito Santo» (Mt 1,18). Tinha pensado desfazer o acordo matrimonial, mas «secretamente» (Mt 1,19). Contudo, «quando o anjo do Senhor lhe apareceu em sonho» (Mt 1,20) revelando-lhe que tinha de ser pai legal do Menino, aceitou imediatamente «e acolheu sua esposa» (Mt 1,24).


A Quaresma é uma boa ocasião para descobrirmos o que é que Deus espera de nós, e reforçar o nosso desejo de o pôr em prática. Peçamos ao bom Deus «por intercessão do Esposo de Maria», como diremos na Oração Coleta da Missa, que avancemos no nosso caminho de conversão, imitando São José na aceitação da vontade de Deus e no exercício da caridade com o próximo. E, ao mesmo tempo, tenhamos presente que «toda a Santa Igreja está em dívida com a Virgem Mãe, já que por ela recebeu Cristo, assim também, depois dela, São José é o mais digno do nosso agradecimento e reverência (S. Bernardino de Sena).

Fonte https://evangeli.net/


O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS A JOSÉ Mt 1,16.18-21.24

HOMILIA


Toda a vida de Jesus foi orientada ao serviço de Deus, desde a sua mais tenra idade. O Evangelho evidencia este aspecto de sua identidade quando, ainda adolescente, deu a seus pais uma resposta enigmática: “Vocês não sabem que eu devo preocupar-me com as coisas do meu Pai?” Logo, sua atenção estava toda voltada para Deus, ficando, em segundo plano, sua família humana.


A arrogância não teve lugar no coração de Jesus. Em Nazaré, esteve submisso a seus pais. E “crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e daqueles com quem convivia”. Sua condição de Filho de Deus não o dispensou de fazer a penosa experiência de transformar o cotidiano em fonte de sabedoria, nem de estar continuamente atento para discernir a vontade do Pai nos mínimos fatos, aparentemente, sem importância. Esta foi uma exigência do mistério da encarnação. Seria pura incongruência se, tendo assumido nossa condição humana, o Filho de Deus fosse privilegiado por uma condição de vida que o dispensasse da busca cotidiana da vontade divina.


Nesta experiência de crescimento, Jesus contou com a presença solícita de seus pais. O Evangelho sublinha a atitude de Maria, que “guardava todas estas coisas no coração”. Entretanto, o mesmo pode ser dito de José. Afinal, exigia-se dos três a mesma fidelidade ao desígnio do Pai.


Quando a bondade divina escolhe alguém para uma graça singular, dá-lhe todos os carismas necessários, o que aumenta fortemente a sua beleza espiritual. Foi isso mesmo o que aconteceu em S. José, pai de nosso Senhor Jesus Cristo segundo a lei e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Soberana dos anjos.


O Pai eterno escolheu-o para ser o sustento e o fiel guardião dos seus principais tesouros, isto é, do seu Filho e da sua esposa; função que ele cumpriu com toda a fidelidade. Por isso, o Senhor lhe disse: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu senhor” (Mt 25,21).


Se comparares José a todo o resto da Igreja de Cristo, não vês que ele foi o homem particularmente escolhido, pelo qual Cristo entrou no mundo de uma maneira regular e honrosa? Se toda a Santa Igreja é devedora para com a Virgem Maria porque foi ela que lhe permitiu receber Cristo, após ela é a S. José que devemos um reconhecimento e um respeito sem igual.


Ele é, na verdade, a conclusão do Antigo Testamento: é nele que a dignidade dos patriarcas e dos profetas recebe o fruto prometido. Só ele possuiu na realidade o que a bondade divina lhes havia prometido. Não podemos certamente duvidar: a intimidade e o respeito que Cristo prestava a José ao longo da sua vida, como um filho para com seu pai, Ele não o pôde renegar no Céu; pelo contrário, enriqueceu-o e completou-o. Por isso o Senhor acrescenta: “Entra na alegria do teu Senhor”.


Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Salmo

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