terça-feira, 15 de março de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 20,17-28 - 16.03.2022

Liturgia Diária


16 – QUARTA-FEIRA  

2ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo – ofício do dia)



Não me abandoneis jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação (Sl 37,22s).


Todo aquele que se põe a serviço da Palavra de Deus acaba por provocar a rejeição dos adversários. Então, recorre ao Senhor com toda confiança: “Eu entrego em vossas mãos o meu destino”.


Evangelho: Mateus 20,17-28


Salve, Cristo, luz da vida, / companheiro na partilha!


Eu sou a luz do mundo; / aquele que me segue / não caminha entre as trevas, / mas terá a luz da vida (Jo 8,12). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 17enquanto Jesus subia para Jerusalém, ele tomou os doze discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: 18“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte 19e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia ressuscitará”. 20A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. 22Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”. 24Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro seja vosso servo. 28Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 20,17-28

«Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve»


Rev. D. Francesc JORDANA i Soler

(Mirasol, Barcelona, Espanha)

Hoje, a Igreja — inspirada pelo Espírito Santo— nos propõe neste tempo de Quaresma um texto onde Jesus sugere aos seus discípulos —e, portanto, também a nós— uma mudança de mentalidade. Jesus hoje inverte as visões humanas e terrenas de seus discípulos e lhes abre um novo horizonte de compreensão sobre qual deve ser o estilo de vida de seus seguidores.


Nossas inclinações naturais nos movem ao desejo de dominar as coisas e as pessoas, mandar e dar ordens, que seja feito o que nós gostamos, que as pessoas nos reconheçam um status, uma posição. Pois bem, o caminho que Jesus nos propõe é o oposto: «Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo» (Mt 20,26-27). “Servidor”, “escravo”: não podemos ficar no enunciado das palavras! As escutamos centena de vezes, e devemos ser capazes de entrar em contacto com a realidade, saber o que significa, e confrontar tal realidade com nossas atitudes e comportamentos.


O Concilio Vaticano II afirma que «o homem adquire sua plenitude através do serviço e a entrega aos demais». Neste caso, nos parece que damos a vida, quando realmente a estamos encontrando. O homem que não vive para servir não serve para viver. E nesta atitude, nosso modelo é o próprio Cristo — o homem plenamente homem— pois «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mt 20,28).


Ser servidor, ser escravo, tal e como Jesus nos pede é impossível para nós. Está fora do alcance de nossa pobre vontade: devemos implorar; esperar e desejar intensamente que nos concedam esses dons. A Quaresma e suas práticas quaresmais —jejum, esmola e oração— nos lembram que para receber esses dons nós devemos dispor adequadamente.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Oh exuberante amor para com os homens! Cristo foi quem recebeu os cravos nas Suas imaculadas mãos e pés, sofrendo grandes dores, e a mim, sem sequer experimentar nenhuma dessas dores ou angustia, deu-se-me a salvação pela comunhão das Suas dores» (São Cirilo de Jerusalém)


«Ao que arrisca o Senhor não o defrauda» (Francisco)


«Jesus aceitou a profissão de fé de Pedro, que O reconhecia como o Messias, anunciando a paixão próxima do Filho do Homem. Revelou o conteúdo autêntico da sua realeza messiânica, ao mesmo tempo na identidade transcendente do Filho do Homem «que desceu do céu» (Jo 3, 13) e na sua missão redentora como Servo sofredor: «O Filho do Homem [...] não veio para ser servido, veio para servir e dar a vida como resgate pela multidão» (Mt 20, 28). Foi por isso que o verdadeiro sentido da sua realeza só se manifestou do cimo da Cruz» (Catecismo da Igreja Católica, nº 440)

Fonte https://evangeli.net/


O LUGAR DE DESTAQUE NO REINO DE JESUS Mt 20,17-28

HOMILIA


Deus educa-nos à prática do bem e da humildade. Entregando sua vida ao Pai, Jesus preparava os discípulos para o anúncio do Reino: “Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte”.


O mestre toma a decisão livre e também responsável. Digo livre e responsável por que só os homens livres é que são responsáveis dos seus atos. E O viver de Jesus entre os nós foi uma liberdade total na obediência à vontade de Deus seu Pai. E chegada à hora crucial, decide dirigir-se para Jerusalém para aí fazer seu anúncio libertador e consumar os mistérios pascais. E para tanto, Jesus se empenha em esclarecer seus discípulos sobre os riscos que lá o aguardam, pois sabia que os chefes judeus haviam decidido a Sua morte.


Por outro lado vemos os discípulos como que desconhecendo tudo o que Jesus fala e o mais grave é que pensavam que Ele dirigindo-se para Jerusalém consolidaria o poder político anunciado pelos profetas, o que também não passava de um mal entendido sobre o real messianismo do ungido do Senhor. É o que eles esperavam e expressavam nos bastidores como sendo a gloria.


Portanto, pensavam tomar parte do poder político de Jesus e talvez até serem nomeado ministros, senadores, governadores em fim.


Jesus, porém, descarta o poder político, caracterizado como opressor e tirânico. No reino dos céus o maior tem de ser aquele que serve a todos. O primeiro tem de ser o último. Renova nos discípulos a proposta de consagrarem sua vida ao serviço aos mais necessitados, pelo que os excluídos são reintegrados na vida e Deus é glorificado. Pois o seu ministério é um mistério de comunhão, é partilha e serviço, é vida e compromisso.


De outra parte, a mãe dos filhos de Zebedeu faz-lhe um pedido de privilégio, de destaque para seus filhos. Porque também ela pensava: se fizer um pedido àquele que em breve terá a faca e o queijo na mão, os meus filhos terão um cargo importantíssimo no seu governo. Todavia, Jesus mostra-lhe como eles podem conseguir. Será à custa de muito sacrifício. O cálice de fel, de mortificação, de jejum, de penitência e oração.


 Estando nós no tempo da quaresma não podemos e nem devemos ansear outro cálice senão o de conversão e de misericórdia.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

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