Liturgia Diária
18 – SEXTA-FEIRA
6ª SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Sede o rochedo que me abriga, a casa bem defendida que me salva. Sois minha fortaleza e minha rocha; para honra do vosso nome, vós me conduzis e alimentais (Sl 30,3s).
Se nos proclamamos seguidores de Cristo, mas nossa fé não gera boas obras, então ela não passa de mera ilusão: “a fé sem obras é morta”. Renovemos nossa fé no Senhor e a disposição para traduzi-la em ações benfazejas.
Evangelho: Marcos 8,34-9,1
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos chamo meus amigos, / pois vos dei a conhecer / o que o Pai me revelou (Jo 15,15). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 34chamou Jesus a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la. 36Com efeito, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? 37E o que poderia o homem dar em troca da própria vida? 38Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras diante dessa geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com seus santos anjos”. 9,1Disse-lhes Jesus: “Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão não morrerão sem antes terem visto o Reino de Deus chegar com poder”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Marcos 8,34-9,1
«Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!»
+ Rev. D. Joaquim FONT i Gassol
(Igualada, Barcelona, Espanha)
Hoje o Evangelho nos fala sobre dois temas contemporâneos¬: a nossa cruz de cada dia e o seu fruto, quer dizer, a Vida em maiúscula, sobrenatural e eterna.
Ficamos de pé para escutar o Santo Evangelho, como símbolo de querermos seguir os seus ensinamentos. Jesus diz que nos neguemos a nos mesmos, clara expressão de não seguir o “gosto dos caprichos” —como menciona o salmo— ou de afastar «as riquezas enganadoras», como diz São Paulo. Tomar a própria cruz é aceitar as pequenas mortificações que cada dia encontramos pelo caminho.
Pode-nos ajudar para isso a frase que Jesus disse no sermão sacerdotal, no Cenáculo: «Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda» (Jo 15,1-2).Um lavrador esperançoso, mimando o racimo para que alcance muita qualidade! Sim, queremos seguir ao Senhor! Sim, somos conscientes de que o Pai pode ajudar-nos a dar abundante fruto em nossa vida terrenal e depois gozar na vida eterna.
Santo Inácio guiava a São Francisco Xavier com as palavras do texto de hoje: «De fato, que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?» (Mc 8,36). Assim chegou a ser o patrono das Missões. Com a mesma nuança, lemos o último Cânon do Código de Direito Canônico (n.1752): «Tendo-se diante dos olhos a salvação das almas que, na Igreja, deve ser sempre a lei suprema». São Agostinho tem a famosa lição: «Animam salvasti tuam predestinasti», que o ditado popular traduziu-a assim: «Quem salva uma alma, garante a sua». O convite é evidente.
Maria, Mãe da Divina Graça, nos dá a mão para avançar neste caminho.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Eu, até ao presente momento, sou um escravo. Mas se alcançar sofrer o martírio, serei libertado em Jesus Cristo e ressuscitarei livre, n´Ele» (Santo Inácio de Antioquia)
«A tradição teológica, espiritual e ascética, desde os primeiros tempos, manteve a necessidade de seguir a Cristo na Sua Paixão, não apenas na imitação das suas virtudes, como também na cooperação na redenção universal» (São João Paulo II)
«A Cruz é o único sacrifício de Cristo, mediador único entre Deus e os homens (1Tm 2,5). Mas porque, na sua Pessoa divina encarnada. «Ele Se uniu, de certo modo, a cada homem», «a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal, por um modo só de Deus conhecido» (Concilio Vaticano II). Convida os discípulos a tomarem a sua cruz e a segui-Lo (Mt 16,24) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 618)
Fonte https://evangeli.net/
SEGUIR JESUS IMPLICA TOMAR A CRUZ Mc 8,34-9,1
HOMILIA
Nesta passagem do Evangelho Jesus indica o caminho para nossa felicidade terrena e eterna. Se alguém me quer seguir, tome sua cruz, renuncie a si mesmo e me siga. Com esse ensinamento podemos perceber que o sofrimento nem sempre causa a infelicidade. Sobretudo quando é visto como um completar na carne o que falta a Paixão de Cristo, como nos ensina São Paulo.
Seguir a Jesus significa vivenciar seus ensinamentos, tornar prática a fé que temos na sua pessoa, porém, tudo isso feito conscientemente e não levados apenas pelas circunstâncias e com resignação. Já que não tenho outra saída então que seja assim.
É necessário termos plena consciência de que Jesus não veio para organizar o mundo pelo exercício do poder, mas para transformar o mundo pela prática do amor humilde e solidário. Isto implica sacrifício, jejum, penitência, partilha e despojamento. Por isso, Jesus, retoma a instrução aos discípulos quanto ao despojamento de si mesmos e à disponibilidade a serem assumidos por eles.
Perder a vida por causa de Jesus é desprezar os sedutores projetos de sucesso de enriquecimento e consumismo, oferecidos pelos poderosos deste mundo. Perder sua vida é ser para o outro, estar a serviço dos mais necessitados e excluídos, como Jesus. É viver o amor, comprometendo-se com a luta em vista da restauração da vida e da conquista da Paz.
Senhor Jesus Cristo, muitas vezes eu e os da minha família estamos bem agarrados à nossa vida. Não queremos abandoná-la mas guardá-la totalmente para nós. Queremos possuí-la, não oferecê-la. Mas tu nos precedes e mostras-nos que é apenas dando a vida que a podemos tê-la em plenitude e eternamente. Tu nos ensinas: o caminho para que isto aconteça é a cruz.
Tu nos dizes que a cruz é a oferenda de nós mesmos. Todavia, isto nos pesa bastante. Dai-me a graça de entender que na Tua Via Sacra, tu levaste também a minha cruz e não a levaste apenas num momento qualquer do passado, uma vez que o Teu amor é contemporâneo à minha existência. Leva-la hoje, comigo e por mim, e, de maneira admirável, queres que também eu, hoje, como outrora Simão de Cirene, leve contigo a Tua cruz e, acompanhando-Te, me ponha contigo ao serviço da redenção do mundo.
Ajuda-me não só a acompanhar-Te com nobres pensamentos, mas a caminhar pelo Teu caminho com o coração, mais ainda com os passos concretos da vida do meu dia-a-dia. Liberta-me da vergonha, do medo da cruz, do medo diante do que as pessoas possam dizer de mim até mesmo os da minha casa, da minha família, da troça dos outros, do medo que a minha vida possa escapar-me se não aproveitar tudo o que ela me oferece.
Ajuda-me a desmascarar as tentações que me prometem a vida, mas cujas consequências me deixam, no fim, sem objectivo e desiludido.
Ajuda-me a não me fazer senhor da minha vida nem da dos outros. Pois a Ti pertence. Dai-me força e coragem para renunciar-me a mim mesmo e a tomar a minha cruz todos os dias e Te seguir.
Acompanhando-Te pelo caminho do grão de trigo que cai na terra para dar muito fruto (Jo12,24), ajuda-me a encontrar, “perdendo a minha vida”, o caminho do amor, o caminho que me dá verdadeiramente a vida, a vida em abundância.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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