Liturgia Diária
6 – QUINTA-FEIRA
TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA
(branco, pref. da Epifania ou do Natal, – ofício do dia)
No princípio e antes dos séculos, o Verbo era Deus, e dignou-se nascer para salvar o mundo (Jo 1,1).
O verdadeiro amor a Deus se manifesta no amor aos seus filhos e filhas. Abramos o coração à força do Espírito, com vistas a libertar nossos irmãos e irmãs de toda forma de escravidão.
Evangelho: Lucas 4,14-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim / e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 14Jesus voltou para a Galileia com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. 15Ele ensinava nas suas sinagogas, e todos o elogiavam. E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”. 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Lucas 4,14-22
«O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção»
Rev. D. Jordi POU i Sabater
(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
Hoje lembramos que «quem ama a Deus, ame também seu irmão» (1Jo 4,21). Como poderíamos amar a Deus a quem não vemos, se não amamos a quem vemos, imagem de Deus? Depois que São Pedro renegara, Jesus lhe perguntou se o amava: «Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo» (Jo 21,17), respondeu. Como a São Pedro, também Jesus nos pergunta: «Tu me amas?»;e queremos lhe responder agora mesmo: «Tu o sabes tudo, Senhor, tu sabes que te amo apesar de minhas deficiências; mas, ajuda-me a demonstrar-te; ajuda-me a descobrir as necessidades de meus irmãos, a me entregar de verdade aos outros, a aceita-los tal como são, a valorizá-los».
A vocação do homem é o amor, é vocação a se entregar, procurando a felicidade do outro e, assim encontrar a própria felicidade. Como diz São João da Cruz, «No crepúsculo da vida, seremos julgados no amor». Vale a pena que nos perguntemos ao terminar cada jornada, cada dia, num breve exame de consciência, com foi este amor e, pontualizar algum aspecto a melhorar para o dia seguinte.
«O Espírito do Senhor está sobre mim» (Lc 4,18), dirá Jesus, fazendo seu este texto messiânico. É o Espírito do Amor que assim como fez o do Messias a «que consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres» (cf. Lc 4,18), também “repousa” sobre nós e nos conduz até o amor perfeito: Como diz o Concilio Vaticano II: «Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade». O Espírito Santo nos transformará como fez com os Apóstolos, para que possamos agir sob sua moção, nos outorgando seus frutos e, assim levá-los a todos os corações: «O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio» (Gal 5,22-23).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Nosso Salvador foi verdadeiramente homem, e Ele conseguiu a salvação do homem inteiro. Porque de forma nenhuma nossa salvação é fictícia nem afeta só o corpo, se não que a salvação de todo o homem foi realizada naquele que é o Verbo» (Santo Atanásio)
«Tem muitos cristãos com uma esperança com demasiada água. Para ser “cristãos vencedores” devemos crer confessando a fé, e custodiando a fé, e encomendando-nos a Deus, ao Senhor. E esta é a vitória que venceu o mundo: nossa fé» (Francisco)
«Cremos e confessamos que Jesus de Nazaré, nascido judeu de uma filha de Israel, (..) é o Filho eterno de Deus feito homem; “vindo de Deus” (Jn 13,3), “decido do céu” (Jn 3,13; 6,33), “veio na carne”, (1Jn 4,2) (...). De sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça” (Jn 1,14.16)» (Catecismo da Igreja Católica, n°423)
Fonte https://evangeli.net/
INÍCIO DA MISSÃO DE JESUS Lc 4,14-22a
HOMILIA
Cada evangelista destaca uma cena especial para o início do ministério de Jesus. Em Marcos, temos a expulsão de um espírito impuro na sinagoga; em Mateus, a proclamação das bem-aventuranças; em João, as bodas de Caná; e, no texto de hoje, Lucas apresenta a inauguração do ministério de Jesus em uma sinagoga de Nazaré, com a leitura do texto de Isaías que fala da evangelização dos pobres e da libertação dos oprimidos. Assim, o Evangelho de hoje nos fala do início da vida pública de Jesus, quando Ele começou a pregar nas sinagogas da região da Galiléia, e particularmente em Nazaré, cidade onde Ele foi criado.
Observe que o Evangelho já começa dizendo que “Jesus voltou para a Galiléia”. O que significa dizer que Ele estava em outro lugar. Particularmente, eu não duvido que Jesus tenha viajado bastante, e conhecido vários lugares, culturas e pessoas diferentes. Acredito que em sua vida terrena, nos anos não-narrados pelos evangelistas, Ele tenha aprendido muito mais do que ensinou. Afinal, para falar tão bem como Ele falava, era necessário conhecer tudo sobre o Reino dos Céus, sobre o Deus Pai, e sobre o ser humano em si, seus sentimentos, suas limitações, suas imperfeições…
Outro ponto que torna Jesus tão especial como pregador é que Ele foi o primeiro profeta a trazer a imagem do Deus Pai, e não daquele Deus vingativo, que pune o pecador e a sua descendência com doenças e desventuras. Você já assistiu alguma pregação em que a pessoa só falava nos pecados, castigos, no inferno, no inimigo e de coisas ruins? Certamente deve ter saído desta palestra bem “pesado”… Com medo de fazer qualquer coisa que Deus desaprovasse…
Nestas primeiras pregações de Jesus, quando Ele ainda nem tinha discípulos, Ele deve ter falado muito sobre a verdadeira felicidade, que consiste em fazer a vontade do Pai, mas não por ser obrigado a fazê-la, e sim por se sentir bem em fazê-la. Por que as pessoas gostavam tanto de ouvi-lo falar? Provavelmente porque Ele ensinava as pessoas a serem felizes! Não ficava impondo vários “nãos”, mas falava de Amor, e quem ama, tudo pode.
Jesus identifica-se com esta missão. Tudo poder para que o homem viva e viva para sempre.
Um outro pormenor de Lucas é sua sensibilidade ao escândalo da divisão da sociedade em ricos e pobres. Ele realça como Jesus vem ao encontro dos pobres para resgatar-lhes a vida e a dignidade. A Boa-Nova é a chegada do Reino de Justiça, com a libertação dos pobres oprimidos.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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