segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 6,45-52 - 05.01.2022

Liturgia Diária


5 – QUARTA-FEIRA  

TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA


(branco, pref. da Epifania ou do Natal, – ofício do dia)



O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu (Is 9,2).


Entrar e permanecer no clima do amor de Deus é atitude que alimenta nossa confiança, também no dia do julgamento, pois “no amor não há temor”. Celebremos, renovando nossa plena confiança no Senhor.


Evangelho: Marcos 6,45-52


Aleluia, aleluia, aleluia.


Louvai o Senhor Jesus, todos os povos, / aceito pela fé no mundo inteiro! (1Tm 3,16) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar. 47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles, andando sobre as águas, e queria passar na frente deles. 49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” 51Então subiu com eles na barca. E o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 6,45-52

«Depois de os despedir, subiu a montanha para orar»


Rev. D. Melcior QUEROL i Solà

(Ribes de Freser, Girona, Espanha)

Hoje, contemplamos como Jesus, depois de se despedir dos Apóstolos e das pessoas, retira-se sozinho a rezar. Toda sua vida é um dialogo constante com o Pai e, não obstante, vai-se à montanha a rezar. E nós? Como rezamos? Frequentemente levamos um ritmo de vida atarefado, que termina sendo um obstáculo para o cultivo da vida espiritual e não damo-nos conta que é tão necessário “alimentar” a alma quanto alimentar o corpo. O problema é que, com muita frequencia, Deus ocupa um lugar pouco relevante em nossa ordem de prioridades. Nessa circunstância é muito difícil rezar de verdade. Não podemos dizer que se tenha um espírito de oração quando somente imploramos ajuda nos momentos difíceis.


Achar tempo e espaço para a oração pede um requisito prévio: o desejo de encontro com Deus com a consciência clara de que nada nem ninguém o pode substituir. Se não há sede de comunicação com Deus, facilmente transformaremos a oração num monólogo, porque a utilizamos para tentar solucionar os problemas que nos incomodam. Também é fácil que, nos momentos de oração, nos distraiamos porque nosso coração e nossa mente estão invadidos constantemente por pensamentos e sentimentos de todo tipo. A oração não é charlatanice, senão um simples e sublime encontro com o Amor; é relação com Deus: comunicação silenciosa do “Eu necessitado” com o “Você rico e transcendente”. O prazer da oração é se saber criatura amada diante do Criador.


Oração e vida cristã vão unidas, são inseparáveis. Nesse sentido, Orígenes diz que «reza sem parar aquele que une a oração às obras e as obras à oração. Somente assim podemos considerar realizável o princípio de rezar sem parar». Sim, é necessário rezar sem parar porque as obras que realizamos são fruto da contemplação e, feitas para sua glória. Devemos agir sempre desde o diálogo contínuo que Jesus oferece-nos, no sossego do espírito. A partir dessa certa passividade contemplativa veremos que a oração é o respirar do amor. Se não respiramos morremos, se não rezamos expiramos espiritualmente.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Não quero (…) desconfiar da bondade de Deus, por mais fraco e frágil me sinta. Além disso, se por causa do medo e do espanto visse que estou prestes a ceder, lembrar-me-ei de São Pedro, quando, devido à sua pouca fé, começou a afundarse por causa de uma única rajada de vento, e farei o que ele fez. Clamarei a Cristo: Senhor, salva-me» (Santo Tomás More)


«[Hoje em dia] Deus pode agir na esfera espiritual, mas não na matéria. Isto atrapalha-nos! Se Deus não tem poder também sobre a matéria, entao ele não é Deus» (Bento XVI)


«Nada existe que não deva a sua existência a Deus Criador: O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus: todos os seres existentes, toda a Natureza, toda a história humana radicam neste acontecimento primordial: é a própria génese, pela qual o mundo foi constituído e o tempo começado» (Catecismo da Igreja Católica, nº 338)

Fonte https://evangeli.net/


NÃO TENHAM MEDO! Mc 6,45-52

HOMILIA

 

Completando a narrativa da partilha dos pães, Marcos nos apresenta a narrativa da travessia do mar no estilo de uma teofania. É uma narrativa com cenas supranaturais e conteúdo simbólico.


Após a partilha, Jesus manda os discípulos de barco para Betsaida, despede a multidão e sobe a montanha para orar. Os discípulos no barco, no meio do mar, encontravam dificuldades devido ao vento contrário. O “mar” é o caos ameaçador, que gera pobreza, exclusão e fome, ameaçando a vida, e que deve ser enfrentado pelos discípulos em sua acção missionária. Jesus, andando sobre o mar, afirma-se como aquele que, pela partilha dos pães mostra o caminho da superação deste caos. Porém os discípulos não entendem. É uma característica de Marcos registrar a dificuldade dos discípulos em entenderem a missão de Jesus.


Portanto, Marcos nos quer dirigir uma palavra de conforto e confiança em Deus. Alías, dentro de nós existe uma força fantástica, capaz de nos dirigir para uma saúde perfeita, um bom trabalho e relacionamentos compensadores – ou seja, temos tudo o que precisamos para atingir a prosperidade e o amor. Pois, Deus nos deu a inteligência e a vontade. Não duvido que seja por isso que Santo Agostinho diz: não podemos procurar Deus fora de nós, é no interior que está a verdade.


O ser humano contribui muito para a sua atual condição de vida. O importante é não ter medo de nada e de ninguém. Jesus continua gritando para nós: Coragem sou eu! Não tenham medo! Experimente coisas novas. Se tu pensar no medo, nada de grandioso poderá ocorrer.


Quando tu  disseres constantemente a ti mesmo que és ótimo, ficará mais fácil fazer mudanças na tua vida. Tenha confiança de que Deus irá proteger-te, possibilitando que algo maravilhoso aconteça. Permita que as novas experiências ocorram e estejas aberto para as modificações. Claro que os obstáculos surgirão. Mas não os vejas como impedimentos, mas sim, como diferentes possibilidades para superar novos desafios.


Mentaliza-te sempre que Deus está a orientar a tua vida para o caminho do bem.


De modo geral, culpamos a sociedade pelas conseqüências positivas ou negativas que ocorrem na vida depois que amadurecemos. Mas é preciso reconhecer as influências benéficas de todos os acontecimentos, por piores que possam parecer no instante em que ocorreram. Caso contrário, o novo não acontece apenas o medo.


A frustração, o desamparo, a raiva ou o choro indicam que a pessoa ainda não cresceu. Tu achas que é possível realizar algo grandioso desta forma? Não. Isto só mostra um comportamento imaturo. Por isso, coragem! Não se limite. Goste de ti mesmo e não espere que alguém vá cuidar das tuas carências e problemas a não ser Deus. Exponha-te diante d’Ele, não temas os julgamentos que outros possam fazer de ti. Seu anjo da guarda o ajudará sempre!


Se usares toda sua potencialidade, conseguirás usufruir as graças que vem do alto. Expresse teus talentos e sejas o primeiro a acreditar que tua vida dará certo. Vença teus medos e sejas muito feliz.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

Nenhum comentário:

Postar um comentário