domingo, 15 de março de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 4,24-30 - 16.03.2020

Liturgia Diária

DIA 16 – SEGUNDA-FEIRA
3ª SEMANA DA QUARESMA

(roxo – ofício do dia)

Minha alma anseia, até desfalecer, pelos átrios do Senhor; meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo! (Sl 83,3)

O Deus de toda a terra nos convida nesta liturgia a superar preconceitos e acolher a universalidade da salvação, prefigurada pelo profeta Eliseu e realizada por Jesus.

Evangelho: Lucas 4,24-30

Jesus Cristo, sois bendito, / sois o ungido de Deus Pai!

No Senhor ponho a minha esperança, / espero em sua palavra. / Pois no Senhor se encontra toda graça / e copiosa redenção (Sl 129,5.7). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 4,24-30
«Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»

Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN IVE
(Cobourg, Ontario, canad)

Hoje, no Evangelho, Jesus nos diz «que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria» (Lc 4,24). Jesus, ao usar este provérbio, está se apresentando como profeta.

“Profeta” é o que fala em nome de outro, o que leva a mensagem de outro. Entre os hebreus, os profetas eram homens enviados por Deus para anunciar, já com palavras, já com signos, a presença de Deus, a vinda do Messias, a mensagem de salvação, de paz e de esperança.

Jesus é o Profeta por excelência, o Salvador esperado; Nele todas as profecias têm cumprimento. Mas, igual como sucedeu nos tempos de Elias E Eliseu, Jesus não é “bem recebido” entre os seus, pois são estes quem cheios de ira «o joga fora da cidade» (Lc 4,29).

Cada um de nós, por motivo de seu batismo, também está chamado a ser profeta. Por isso:

1º. Devemos anunciar a Boa Nova. Para eles, como disse o Papa Francisco, temos que escutar a Palavra com abertura sincera, deixar que toque nossa própria vida, que nos reclame que nos exorte que nos mobilize, pois se não dedicamos um tempo para orar com essa Palavra, então se seremos um “falso profeta”, um “contraventor” ou um “charlatão vazio”.

2º Viver o Evangelho. Novamente o Papa Francisco: «Não nos pedem que sejamos imaculados, mas sim que estejamos sempre em crescimento, que vivamos o desejo profundo de crescer no caminho do Evangelho, e não baixemos os braços». É indispensável ter a segurança de que Deus nos ama, de que Jesus Cristo nos salvou, de que seu amor é para sempre.

3º Como discípulos de Jesus, ser conscientes de que assim como Jesus experimentou a rejeição, a ira, o ser jogado fora, também isto vai estar presente no horizonte de nossa vida cotidiana.

Que Maria, Rainha dos profetas, nos guie em nosso caminho.

«Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»

Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre
(La Garriga, Barcelona, Espanha)

Hoje escutamos do Senhor que «nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra» (Lc 4,24). Esta frase —na boca de Jesus— tem sido para muitos e muitas —em mais de uma ocasião— justificação e desculpa para não complicar-nos a vida. Jesus Cristo só quer advertir aos seus discípulos que as coisas não serão fáceis e que freqüentemente, entre aqueles que pensamos que nos conhecem melhor, ainda será mais complicado.

A afirmação de Jesus é o preâmbulo da lição que quer dar à gente reunida na sinagoga e assim, abrir os seus olhos à evidencia de que pelo simples feito de serem membros do “Povo escolhido” não têm nenhuma garantia de salvação, cura, purificação (isso o confirmará com os dados da história da salvação).

Mas, dizia que a afirmação de Jesus, para muitas e muitos é, com excessiva freqüência, motivo de desculpa para não “comprometer-nos evangelicamente” no nosso ambiente cotidiano. Sim, é uma daquelas frases que todos aprendemos de memória e, que efeito faz!

Parece como gravada na nossa consciência de maneira particular e quando no escritório, no trabalho, com a família, no circulo de amigos, no nosso meio social quando devemos de tomar decisões compreensíveis à luz do Evangelho, esta “frase mágica” tira-nos para trás como dizendo-nos: —Não vale a pena esforçar-te, nenhum profeta é bem recebido na sua terra! Temos a desculpa prefeita, a melhor das justificações para não ter que dar testemunho, para não apoiar a aquele companheiro que é vitima da gestão da empresa, ou ignorar e não ajudar à reconciliação daquele casal conhecido.

São Paulo dirigiu-se em primeiro lugar aos seus: foi à sinagoga onde «Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda liberdade, discutindo e persuadindo os ouvintes acerca do Reino de Deus» (At 19,8). Não acredita que isso é o que Jesus queria dizer-nos?

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JESUS EM NAZARÉ Lc 4,24-30
HOMILIA

Depois de Jesus ter andado pelas aldeias da redondeza, toma o firme propósito de ir à sua terra natal. Ele que curara os cegos, fizera andar os coxos e aleijados, fizera falar os mudos, ressuscitará os mortos, pregara a boa nova, a libertação aos oprimidos e anunciara um ano novo da graça do Senhor, vemo-lo interrogado pelos seus conterrâneos.

À estas perguntas Ele responde com firmeza, enfrentando a todos. Sua maior preocupação não é granjear simpatias ou privilégios, como estavam habituados os mestres dos templos e sinagogas dos fariseus que visitava. 

Ao citar Elias e a viúva de sarepta, Eliseu e Naamá, Jesus, antes desejava se fazer compreender e entender por todos pregando a verdade que as Escrituras continham. Alías, Ele é o novo Elias, é o novo Eliseu em cuja a Lei e os Profetas encontram o pleno cumprimento.

Suas palavras são incisivas e firmes, e até certo ponto rudes. Recorrendo ao que diz a Sagrada Escritura afirmando diz aos que o menosprezavam: nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. E diante deles estava quem é maior do que Jonas, o conhecido como profeta. Portanto, Jesus desafia tudo e todos. Ele é o sinal de contradição entre os que estão na sinagoga. Pois aí a religião era levada de modo tardio. Muitas vezes ao invés de salvar, libertar o homem, escravizava-o. A nova religião trazida por Jesus tem como fundamento o amor, a misericórdia. O que desencadeia no ódio e na perseguição não só contra as Suas palavras, mas também na Sua própria vida.

Todos desejavam mata-lo, mesmo os que alguns momentos antes o louvavam pela sua sabedoria. Jesus, porém, passando por meio deles, retirou-se seguindo o seu caminho porque ainda não tinha chegado a sua hora de partir deste mundo para o Pai.

O que podemos tirar e ver na atitude de Jesus? Primeiro é que é impossível agradar a todos. Segundo, não importam as contrariedades. O importante é  fidelidade e firmeza nas posições que agradem a Deus, mesmo que muitas vezes desagradem aos homens. O Cristão deve ser firme em suas posições como Jesus é o seu Mestre. Pois Ele mesmo nos disse: ao discípulo, basta ser como o seu mestre. E se o nosso mestre é o Mestre da Glória, um dia com Ele seremos glorificados.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/



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