segunda-feira, 16 de setembro de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 7,11-17 - 17.09.2019

Liturgia Diária

Dia 17 – TERÇA-FEIRA   
24ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros (Eclo 36,18).

Quando fiéis, os ministros da Igreja ajudam o povo a sair das situações de sofrimento e morte. Reconhecendo na Eucaristia o Deus que nos visita, peçamos-lhe a graça de sempre trilhar o caminho do bem.

Evangelho: Lucas 7,11-17

Aleluia, aleluia, aleluia.

Um grande profeta surgiu entre nós, / e Deus visitou o seu povo (Lc 7,16). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 11Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 12Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!” 14Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” 15O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo”. 17E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira e por toda a redondeza. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 7,11-17
«Jovem, eu te digo, levanta-te!»

+ Rev. D. Joan SERRA i Fontanet
(Barcelona, Espanha)

Hoje se encontram duas comitivas. Uma comitiva que acompanha à morte e a outra que acompanha à vida. Uma pobre viúva seguida por seus familiares e amigos, levava o seu filho ao cemitério e de repente, vê a multidão que ia com Jesus. As duas comitivas se cruzam e se param, e Jesus lhe diz à mãe que ia enterrar o seu filho: «Não chores» (Lc 7,13). Todos ficam olhando Jesus, que não permanece indiferente a dor e ao sofrimento daquela pobre mãe, mas, pelo contrário, se compadece e lhe devolve a vida ao seu filho. E, é que encontrar a Jesus é encontrar a vida, pois Jesus disse de si mesmo: «Eu sou a ressurreição e a vida» (Jo 11,25). São Bráulio de Saragoça escreve: «A esperança da ressurreição deve-nos confortar, porque voltaremos a ver no céu a quem perdemos aqui».

Com a leitura do fragmento do Evangelho que nos fala da ressurreição do jovem de Naim, poderia salientar a divindade de Jesus e insistir nela, dizendo que somente Deus pode voltar um jovem à vida; mas hoje preferiria salientar a sua humanidade, para não ver Jesus como um ser alheio, como um personagem tão diferente de nós, ou como alguém tão excessivamente importante que não nos inspire a confiança que pode nos inspirar um bom amigo.

Os cristãos devemos saber imitar Jesus. Devemos pedir a Deus a graça de ser Cristo para os demais. Tomara que todo aquele que nos veja, possa contemplar uma imagem viva de Jesus na terra! Quem via São Francisco de Assis, por exemplo, via a imagem viva de Jesus. Os santos são aqueles que levam Jesus nas suas palavras e obras e imitam seu modo de atuar e a sua bondade. A nossa sociedade precisa de santos e você pode ser um deles no seu lugar.

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O ENCONTRO DA MORTE COM A VIDA Lc 7,11-17
HOMILIA

O texto do evangelho de hoje nos mostra Jesus que tem compaixão do povo sofredor – hoje representado pela viúva de Naim e nos recorda a misericórdia de Deus que “caminha” entre o povo. Na entrada da cidade de Naim, dois cortejos se encontram. Dois encontros acontecem: o da Vida e o da morte. De um lado, Jesus acompanhado de seus discípulos e grande multidão que representam o a vida; do outro, seguido de sua triste mãe viúva e também de grande multidão da cidade, vinha carregado um jovem defunto fazendo-nos ver a morte e todos os que fazem parte do seu reino.

O Senhor da Vida depara-se com essa triste realidade humana e sente compaixão; sofre dentro de seu coração as dores que lancinavam no peito ferido daquela pobre viúva e de todos os que lhe seguiam, chorando a própria morte.

Ora, sabemos que a situação de uma viúva no tempo de Jesus não era algo muito fácil; falecido seu marido, a mesma era colocada sob a custódia dos filhos, e não tendo estes, encontrava-se à mercê da própria sorte. O Evangelho nos diz que o jovem falecido era filho único desta viúva, portanto, ela não tinha mais ninguém por si a não ser o próprio Deus. E é este que escuta seus lamentos e vem ao seu encontro! “Mulher, não chore!”

A Palavra criadora do universo, aquele que é o Verbo eterno de Deus, consola a mulher e lhe dá a alegria de ter seu filho vivo novamente. “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” Mal as palavras de Jesus tocam o ouvido congelados do cadáver e este volta à vida e começa a falar. Aquele que jazia nas sombras da morte, recebe novamente o sopro vivificador que emana das palavras de Jesus, Senhor da Vida!

“Eu sou a ressurreição e a Vida. Aquele que crê em mim mesmo que esteja morto viverá” (Jo 11,25). A reanimação do cadáver, causa no povo grande alvoroço, e todos ficaram com muito medo e glorificaram a Deus reconhecendo na pessoa de Jesus a figura de um grande Profeta, pois, viram em sua ação algo muito maior do que fizera Elias em Sarepta (1 Rs 17,17-24) e Eliseu na casa da viúva sunamita (2 Rs 4:35-4:35).

É o próprio Deus que visita seu povo; não mais através de profetas, mas Ele mesmo que assumindo a condição humana vem nos trazer a Salvação e a Vida. Quantas vezes em nossas vidas, não deixamos passar despercebido o toque de Deus em nossos caixões mortuários, que conduzem nossas almas afundadas na miséria e na morte. É Jesus que passa e nos diz: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” e ao toque de sua mão, nossa vida ganha Vida, ganha Luz, ganha Esperança.

Deus visitou o seu povo! Jesus se mostra o profeta através do anúncio dos novos tempos para todas as pessoas, incluídas ou excluídas do povo eleito, ele anuncia através dos gestos concretos da misericórdia. Em seu olhar misericordioso revela a oblação de si mesmo para que o outro tenha vida.

No hoje da história, os discípulos-missionários de Jesus são convidados a experimentarem a força da Palavra e torná-la operante através da oblação de si mesmos ao rosto dos que vivem a pressão da “morte” e são escravizados pelo poder do pecado, vivendo a miséria humana nos atos de injustiça.

Diante das forças contrárias à vida, o discípulo-missionário de Jesus sabe que a sua vida está em relação com a profecia evangélica de Jesus e permanece fiel à missão que lhe foi confiada. Para isso, a Palavra serve para todos: “Eu te ordeno, levanta-te!” Que a meditação deste Evangelho nos ajude a termos sempre Fé e Confiança naquele que é o Senhor de nossas vidas.

Pai, torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa que encontro no meu caminho. Que a minha compaixão se demonstre com gestos concretos.

Fonte http://homiliadopebantu.blogspot.com/


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