terça-feira, 18 de dezembro de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 1,39-45 - 23.12.2018

Liturgia Diária

DIA 23 – DOMINGO   
4º DO ADVENTO

Graças ao sim da mãe do Senhor, estamos reunidos para a Eucaristia, memorial da paixão, morte e ressurreição de Cristo. Com Isabel proclamamos Maria bendita entre as mulheres e Jesus o bendito fruto do seu ventre. Ela se torna, assim, habitação viva de Deus entre nós. Alegremo-nos com as santas mulheres, celebrando o anúncio da chegada daquele que foi prometido desde toda a eternidade.

Evangelho: Lucas 1,39-45

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 1,39-45
«Feliz aquela que acreditou!»

+ Mons. Ramon MALLA i Call Bispo Emérito de Lleida
(Lleida, Espanha)

Hoje é o último Domingo deste tempo de preparação da chegada —o Advento— de Deus a Belém. Por ser em tudo igual a nós, quis ser concebido —como qualquer homem— no seio de uma mulher, a Virgem Maria, mas pela obra e graça do Espírito Santo, pois era Deus. Brevemente, no dia de Natal, celebraremos com alegria o seu nascimento.

O Evangelho de hoje apresenta-nos duas personagens, Maria e a sua prima Isabel, as quais nos indicam a atitude que devemos ter no nosso espírito para contemplar este acontecimento. Deve ser uma atitude de fé, de uma fé dinâmica.

Isabel com sincera humildade, «ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “(…) Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” (Lc 1,41-43). Ninguém lhe tinha contado; apenas a fé, o Espirito Santo, tinha-lhe mostrado que a sua prima era mãe de seu Senhor, de Deus.

Conhecendo agora a atitude de fé total por parte de Maria, quando o Anjo lhe anunciou que Deus a tinha escolhido para ser a sua mãe terreal Isabel não se recatou de proclamar a alegria que a fé dá. Põe-no em relevo dizendo: «Feliz aquela que acreditou!» (Lc 1,45).

É, pois, numa atitude de fé que devemos viver o Natal. Mas, à imitação de Maria e Isabel, com fé dinâmica. Em conseqüência, como Isabel, se for necessário, não nos devemos conter ao expressar o agradecimento e o gozo de ter fé. E, como Maria, ainda a devemos manifestar com obras. «Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel» (Lc 1,39-40) para felicitá-la e ajudá-la, ficando cerca de três meses com ela (cf. Lc 1,56).

Santo Ambrósio aconselha-nos que, nestas festas, «tenha-mos todos a alma de Maria para glorificar o Senhor». É certo que não nos faltarão ocasiões para partilhar alegrias e ajudar os necessitados.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


A VISITAÇÃO DE MARIA A ISABEL Lc 1,39-45
HOMILIA

Estamos cada vez mais próximos da Festa do Natal. Deixemo-nos iluminar pela luz de Deus e por sua Palavra, pois é ela que nos sustenta e inspira-nos sempre. Por isso, o povo de Sião canta de alegria e se rejubila. Isabel compreendeu que Deus fazia comunhão com o povo pobre e esquecido e entendeu por isso a saudação de Maria.

Alegremo-nos profundamente. Nada de tristeza, porque Deus está conosco. Ele é o Emanuel que sempre está no nosso meio.

As narrativas sobre a infância de Jesus deixam perceber a sua origem humilde, em uma casa pobre em Nazaré, longe de Jerusalém e de qualquer outra grande cidade onde se concentram as elites privilegiadas. Por outro lado, no Evangelho de Lucas, os paralelos feitos entre João Batista e Jesus, desde suas origens, são elaborados de maneira a destacar a primazia deste em relação a João Batista. Na época em que Lucas escreveu, o movimento dos discípulos de João Batista era expressivo e se mantinha à parte do movimento dos discípulos de Jesus. Com este destaque dado a Jesus, procurava-se trazer os discípulos de João para as comunidades cristãs.

Na narrativa de hoje, vemos o encontro de duas mulheres: Maria, esposa de um operário de Nazaré, na Galiléia; e Isabel, esposa de um sacerdote do templo de Jerusalém. Contudo, o critério de “status” social é esvaziado. É a jovem e pobre mulher da Galiléia que é bendita entre as mulheres, trazendo em seu ventre o Senhor, comunicador do Espírito Santo.

Duas mães de idades diferentes encontram-se em um único hino de louvor a Deus. Para Maria, o motivo do encontro é o desejo natural de comunicar o grande acontecimento que ela conhece, prestar auxílio a quem está em necessidade e reconhecer o sinal dado pelo Senhor através de Isabel, inserindo-se, assim, no grande plano de Deus.

Maria compreende e age. Sua adesão à vontade de Deus e sua obediência não traduzem preguiça e dificuldade, mas sim alegria e decisão.

Quem segue Deus e está cheio de Seu espírito caminha de coração alegre, de ânimo aberto, mesmo por estradas fatigantes. Maria nos ensina isso nesta sua viagem em direção à região montanhosa onde Isabel vivia.

Ela entra em casa e, logo que saúda Isabel, fica cheia do Espírito Santo. Imediatamente, dois mistérios acontecem: Deus entra no “cronos” e transforma-o em Kairós. A maternidade de Maria é o mistério de sua grandeza pessoal pela fé, na força e no poder da Palavra de Deus. A fé em Maria contrapõe-se à nossa incredulidade. Deste modo, no início do aparecimento da salvação, mostra-se a fé como uma adesão à Palavra que anima e dá fé, chama e beneficia, gera e cria uma nova vida.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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